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Fichamento - A MESO AMÉRICA ANTES DE 1519

Por:   •  13/9/2018  •  1.774 Palavras (8 Páginas)  •  906 Visualizações

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“Uma das principais características do legado clássico foi o urbanismo. Nenhuma cidade, por exemplo, podia ser construída sem um núcleo político-religioso estreitamente interligado. […] Uma outra instituição era a praça do mercado, um local onde não só se comerciava mas também onde as pessoas se encontravam. […] Os mesoamericanos gostavam de todos os tipos de planta. Assim, muitas de suas cidades, vistas de uma certa distância, pareciam uma mistura de pequenas florestas e jardins, com telhados cobertos de palha visíveis aqui e ali e os templos e palácios pintados emergindo por entre o verde em volta. Essa forma de urbanismo permaneceu típica na Mesoamérica” (p. 33)

- A perseverança da Alta Cultura clássica e o legado do urbanismo.

“A penetração asteca […] precisou superar diversos obstáculos. Muitas foram as adversidades, perseguições, ataques, etc. Que tiveram de enfrentar antes de finalmente se fixarem na ilha de Tenochtitlán. […] Uma das realizações dos mexicas no apogeu de seu desenvolvimento político e cultural […] foi o forjamento de uma imagem de suas próprias origens, desenvolvimento e identidade.” (p.37)

- O surgimento dos Astecas.

“Os mexicas contam como eram extremamente pobres em Aztlan Chicomoztoc e durante sua peregrinação em busca do lugar prometido. Em Aaztlan praticaram a agricultura em benefício dos outros. Mais tarde, viveram como coletores e caçadores. Só ocasionalmente interromperam sua jornada para cultivar alguma terra. […] Uma das crônicas nativas relata que originalmente havia sete calpulli mexicas. Uma outra afirma que todas juntas perfaziam um total de dez mil pessoas.” (p. 38)

- Práticas de subsistência originárias e densidade populacional originária.

“A sólida estrutura econômica da organização política dos mexicas, que já estava basicamente formada ao fim do governo de Moteuczoma 1 (por volta de 1469), foi objeto de muitas interpretações divergentes. A maioria dos cronistas espanhóis haviam reconhecido que a sociedade mexica era, em muitos aspectos, semelhante à dos reinos feudais da Europa. Assim, para descrevê-la, não hesitaram em empregar termos semelhantes aos de reis e princípes; corte real, hidalgos e cortesãos; magistrados, senadores, cónsules, sacerdotes e pontífices; membros da aristocracia, nobres de alta e baixa posição, proprietários rurais, plebeus, servos e escravos.” (p.41)

“Dentros do grupo dominante, vários eram os níveis de hierarquia, posições e títulos: os tlazo-pipiltin, ”nobres ilustres”, eram descendentes dos que haviam sido os governantes supremos. Dentro desse grupo seleto é que se escolhia o huey tlatoani. Os pipiltin […] eram aqueles que estavam vinculados de outras formas […] ao mesmo grupo dirigente. Pretextavam também uma linhagem de origem tolteca. Os cuauh-pipiltin, “nobres-águia”, eram indivíduos assimilados de algum modo pelo grupo dominante […] em virtude de seus feitos, especialmente em combate. Os tequehuaque […] eram filhos daqueles que exerciam importantes funções administrativas, como os teteuctin (senhores), alguns deles pipiltin e outros membros ilustres de um calpulli. Os pipiltin tinham extrema conscienência dessas diferenças de hierarquia entre eles e das possíveis posições que lhes estavam abertas na administração política e econômica do estado mexica. (p. 43)

- Das hierarquias nas estruturas políticas e econômicas.

“Todas as cidades, quer as dos mexicas e de seus aliados (Tezcoco e Tlacopan), quer aqueles que foram conquistadas por eles, eram governadas por indivíduos nomeados pelo governante supremo. Esses governantes eram os tlatoque (plural de tlatoani). Em algumas circunstâncias, o governante supremo enviava um dos pipiltin da metrópole asteca para governar um domínio subjugado. Em outros casos, era permitido que os membros do antigo grupo governante das cidades conquistadas permanecessem no cargo após um novo juramento de obediência.” (p. 44-45)

“Nessa perspectiva, a edificação e a restauração dos templos (especialmente o grande conjunto de edifícios sagrados em Tenochtitlan)e a organização e a eficiência do exército, sustentadas por uma ideologia complexa, eram as realizações mais impressionantes do grupo dominante dos mexicas. Outras realizações compreenderam a urbanização e o embelezamento de sua metrópole, a organização administrativa, o estabelecimento de rotas comerciais de longa distância, o funcionamento de mercados locais, a produção de produtos manufaturados (artes e ofícios), a manutenção de um sistema escolar e a propagação do náhualt como língua franca por toda a Mesoamérica.” (p. 49).

“Sua organização era estruturada de modo a facilitar a cobrança de tributos e a requisição de serviços pessoais diretamente dos calpulli, em vez de fazê-lo simplesmente através da senhoria conquistada a cuja jurisdição pertenciam esses calpulli.” […] Esses dois calpulleque […] além de serem responsáveis pela subsistência de sua própria comunidade, tinham de agir como intermediários junto aos teteuctin. Os calpulli […] tinham suas próprias instituições locais. (p. 50-51).

“Para resumir: é evidente que o modo de vida dos macehualtin diferia radicalmente do dos pipiltin. A relação desses últimos com os recursos naturais disponíveis, sua participação na produção e nos frutos obtidos dela, sua função na administração pública e seus privilégios contrastavam fortemente com a posição social do povo, dos plebeus, descritos frequentemente como os ‘pobres e miseráveis’ macehualtin.” (p. 51 e 52).

“Uma vez que foi um sacrifício primevo dos deuses que criou e colocou o sol em movimento, somente mediante o sacrifício dos homens é que a era atual poderia ser preservada. O ‘povo do sol’ assumiu por si mesmo a missão de supri-lo com a energia vital encontrada no líquido precioso que mantém o homem vivo. O sacrifício e a guerra cerimonial para prear vítimas para os ritos sacrificiais eram suas atividades centrais, o próprio núcleo de sua vida pessoal, social, militar e política.” (p. 57).

“As vésperas da invasão espanhola, Tenochtitlán-México, a metrópole asteca, era o centro administrativo de um vasto e complexo conglomerado político e socioeconômico.” (p. 59).

“De

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