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Fichamento: A História Da Riqueza Do Homem – Leo Huberman

Por:   •  26/12/2018  •  2.335 Palavras (10 Páginas)  •  800 Visualizações

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doutrina do pecado da usura iria limitar os processos do novo grupo de comerciantes que desejava negociar... Que aconteceu então, quando a doutrina da Igreja, destinada a uma economia antiga, chocou-se com a força histórica representada pelo aparecimento da classe de comerciantes? Foi a doutrina quem cedeu. Não de uma só vez, evidentemente” (p.50) E depois fica explicito que aos poucos foi desaparecendo a doutrina da usura da Igreja, e a prática comercial diária passou a predominar.

Capítulo V: O camponês rompe amarras

Esse capítulo se mostra um pouco extenso, pois é quando Huberman explica como o papel do camponês se alterou. Ele relata que: “O mercado crescera tanto que qualquer colheita superior às necessidades do camponês e do senhor poderia ser vendida. Em troca, o camponês podia obter dinheiro” (p.55) E se esse trabalhasse mais e fizesse colheitas superiores às suas necessidades, poderia reunir algum dinheiro com o qual — talvez — lhe fosse possível pagar em dinheiro os serviços que devia ao senhor... O senhor realmente não tinha alternativa, pois se não aliviasse as obrigações dos servos, era muito possível que alguns deles fugissem, deixando-o sem dinheiro e trabalho. Também foi nesse período que a camada camponesa organizou-se e uniu-se para melhor assegurar as concessões conquistadas. Foi uma demonstração que organização feudal, aos poucos, foi se depreciando sob a pressão de forças econômicas que não eram controláveis.

Capítulo VI: E nenhum estrangeiro trabalhará

Surgem as corporações de oficio. É demonstrado que no feudalismo, não havia uma especialização industrial dessa forma toda a produção manufatureira era caseira, doméstica ou artesanal, que se destinava o abastecimento das necessidades do lar ou de um pequeno contingente. Com as corporações de oficio começou a se esquematizar a produção de um determinado bem ou conjunto de bens. O preço se torna o preço de mercado. Há a formação de jovens num meio de capacitação profissionalizante. As profissões variavam em: sapateiros, padeiros, ferreiros, etc. Mostra-se também que havia uma forma de organização segundo graus de subordinação entre jornaleiros, aprendizes e mestres. Posteriormente é demonstrado que os mesmo oprimidos pelas

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novas relações dentro das corporações, fundaram os predecessores dos sindicatos modernos, que foram suprimidos pela nova nobreza do dinheiro.

Capítulo VII: Aí vem o rei

Aqui é mostrada a necessidade de compreender o processo de centralização política e como se formou os dos estados nacionais modernos mediante os processos econômicos daquele período Ele relata que m pleno século XV, foi o momento em que surgiram as nações e com elas as divisões. “Necessitava-se de uma autoridade central, um Estado nacional. Um poder supremo que pudesse colocar em ordem o caos feudal”

p. 71. E que o rei era um na luta contra os senhores feudais. E que os mesmo se sustentavam com o dinheiro que recolhido da burguesia Tudo que reduzia a força dos barões fortalecia o poder real. Com o dinheiro dos comerciantes, o REI passou a sustentar um exército paralelo aos dos senhores feudais. Com o fortalecimento central, o rei passou a derrubar os monopólios locais. B) O estado substituiu a cidade como unidade de vida econômica. C) A fundação de igrejas nacionais – ao defender o rompimento com Roma, alimentaram o sentimento nacional. “Os reis sustentavam-se com o dinheiro recolhido da burguesia” p. 75. Ainda é abordada a igreja que antes sempre se negava a pagar impostos ao governo. “A igreja teria perdido seu poder mesmo que a Reforma Protestante não tivesse ocorrido... a igreja defendia a ordem feudal” p. 82. “Antes que a classe média pudesse apagar o feudalismo em cada país, tinha de atacar a organização central – a igreja. E foi o que fez” p. 83.

Capítulo VIII: “Homem rico...”.

Neste capítulo, Huberman descreve a seguinte mostra que existem três modos, em minha opinião, pelos quais é possível obter lucros com dinheiro, além de seu uso natural. “O primeiro é a arte da troca, a guarda ou movimentação do dinheiro; a segunda é a usura; e o terceiro é a alteração do dinheiro” p. 86. É relatado que através da política mercantilista ocorreu a depreciação da desvalorização da moeda, pois a cunhagem passou a ter um numero menor de metais valiosos. Também é uma afirmativa nesse capitulo o intuito de destruir os benefícios do comércio com Veneza e a criação de outra rotas. O objetivo desse capitulo era fixar que o sistema de organização financeira foi

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instaurado por mercadores e banqueiros e esteve presente em todo o processo de expansão comercial.

Capítulo IX: “... homem pobre, mendigo, ladrão.”

Nesse capítulo fica demonstrada a situação de miséria que se encontrava as massas nesse período. A justificativa para essa situação se constituía na forma das guerras presentes em todo o continente europeu e o aumento da inflação. Essa inflação teria sido derivada pela alta emissão de moedas que eram fabricadas com os metais que vinham das Américas. O ponto é que esse processo inflacionário era favorável aos comerciantes e totalmente desfavorável a classe pobre, pois com aumento geral nos preços de produtos básicos e o crescimento não existente nos salários desencadeava uma situação de extrema dificuldade. Outros movimentos que contribuíram para essa situação foram os cerceamentos e arrendamentos. O cerceamento era uma forma de cercar uma parte das terras do feudo para dedicá-la à criação de ovelhas. Como a criação de ovelhas não requeria uma grande quantidade de mão de obra esse cerceamento desencadeou o êxodo rural. Já os arredamentos era uma forma de contrato onde o proprietário entregava sua terra a outro para ser explorada, mediante determinada remuneração. Ou seja, havia a possibilidade de alugar a terra para quem pudesse pagar mais, o que acaba por expulsar o servo das terras senhoriais, por não poder arcar com os custos impostos pelo locador. Ou seja, a única coisa restante desses camponeses era sua força de trabalho como forma de capital produtivo.

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