FORMAÇÃO DE PROFESSORES: DESAFIOS DA CAPACITAÇÃO DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO CETEP DO PIEMONTE DA DIAMANTINA
Por: YdecRupolo • 4/6/2018 • 4.988 Palavras (20 Páginas) • 394 Visualizações
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Os professores participarão de 12 (doze) encontros de reflexão e formação continuada, com carga horária de 08 (oito) horas diárias, sendo realizado aos sábados, perfazendo um total de 96 (noventa e seis) horas. As atividades planejadas para formação dos (as) professores (as) apresentam a seguinte composição: momentos de reflexão com questionamentos a serem debatidos pelos professores, apresentação de filme sobre experiências profissionais pedagógicas, textos sobre Educação e Educação Profissional e Tecnológica na Bahia e em outros Estados do Brasil, analise de dados sobre o desempenho dos alunos em avaliações nacionais, além de um estudo mais aprofundado nas reuniões de ACs que acontecem semanalmente na escola.
Na execução do projeto na escola, utilizaremos os seguintes recursos didático-pedagógicos: filmes sobre o tema, questionários para alunos e professores, palestras, seminários, work shops sobre a temática e leituras e produções de textos a serem debatidos nos encontros do projeto. Todas as semanas os professores participantes desta Oficina de Aperfeiçoamento da prática pedagógica ministrarão em suas salas de aulas de acordo com suas disciplinas atividades com os alunos que desenvolvam a criatividade, o senso crítico, a competência para resolver e solucionar problemas do dia a dia, como também serão capazes de produzir em suas comunidades projetos de intervenção que melhorem ou modifiquem uma situação adversa pela qual essa comunidade esteja enfrentando.
Feito isso, será elaborado um documento, ao final do trabalho, que será utilizado como referencia sobre a formação profissional dos professores do CETEP do Piemonte da Diamantina e posteriormente esse será incorporado na elaboração do projeto de intervenção do PDE. Essa tarefa será realizada no ano letivo de 2015, conforme atividades descritas no cronograma.
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CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Ao longo dos processos históricos de evolução da educação tem se observado que nos quadros do magistério tem um grande número de profissionais de diversas áreas, sem formação pedagógica, que estão atuando em nossas escolas particulares e públicas regulares e de educação profissional o que mostra ser necessário e urgente um debate sobre essa temática, visto que essa situação é mais um dos componentes que contribui para a queda e a desvalorização da carreira do magistério.
A ação docente nos dias de hoje enfatiza o ensino por competências e habilidades que ultrapasse a concepção puramente técnica voltada apenas para o mundo do trabalho para atender exclusivamente a demanda da sociedade capitalista. Uma formação que privilegie cultura e produção, conhecimento cientifico a tecnologia, a arte, o saber filosófico, para que dessa forma todos esses conhecimentos ultrapassem os muros da escola e cumpra o seu papel de transformador da sociedade. [j]
Esse enfoque estimula o professor a se preparar, a se envolver na comunidade escolar, numa nova postura profissional que favoreça a troca de experiências, e exige um maior conhecimento do mundo do trabalho para dar conta dessa preparação profissional desejada. O professor continuará obedecendo aos novos princípios que regem essa concepção por competências: flexibilidade, interdisciplinaridade e contextualização. (Gomes & Marins, 2004: 61).
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Com o surgimento dessa modalidade de ensino, Educação Profissional, em 1909 com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices, ela sempre foi marcada pela forte presença de professores leigos e que persiste até os dias de hoje. O que no inicio do século XX tinha como característica desses profissionais o saber fazer, atualmente, nota-se que houve pouco avanço desde então, as mudanças ocorridas vem se constituindo em ritmo crescente, porém sem o rigor, intensidade e a sistematização necessária para a importância da questão.
Instalaram-se em várias unidades da Federação dezenove escolas de aprendizes e artífices, custeadas pelo próprio Estado, encarregadas basicamente do ensino profissional aos mais desfavorecidos, e algumas escolas-oficinas destinadas à formação profissional de ferroviários. (Gomes & Marins, 2004: 34).
Desde o ano de 2006 quando surge a proposta de modificação organizacional da educação profissional por força da criação do Decreto nº 5.773/2006, e são criados os eixos tecnológicos onde se estabelece as normas que darão base para a regulamentação dessa modalidade de ensino tanto a nível médio quanto em instituições de nível superior verifica-se que por parte de alguns estudiosos que houve apenas uma modificação na rotulação no ensino tecnológico, mas para outros especialistas essa alteração significou mudanças não só pedagógicas como também mudanças políticas profundas na educação básica e educação profissionalizante do Brasil.
Por meio desse decreto, foi instituído o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, com a diretriz de ser mais do que um simples fichário de denominação de cursos. (...) esse catálogo foi apresentado pelo MEC como um guia referencial de orientação para estudantes, educadores, sistemas e instituições de ensino, (...) como um necessário e importante instrumento de organização e de regulação da qualidade educacional. (Machado, 2010: 90).
A modalidade de educação profissional desde os seus primórdios foi marcada pelo fazer juntamente com a ação dos professores leigos que se perpetua atualmente. Com as ações que verificamos acontecer nesses últimos anos no intuito de haver consideráveis mudanças na prática efetiva da formação profissional, onde o conhecimento e a rapidez das informações se tornam ultrapassada faz-se necessário que o cidadão pense e repensem seus saberes, sua forma de agir no mundo, e nesse caminho a escola e o professor faz uma substancial diferença. “ainda se recrutam professores para a EPT fiando-se apenas em formação específica e experiência prática, crendo que o ato da docência se dará pelo autodidatismo.” (MACHADO, 2011, 691).
O papel da educação tem se ampliando cada vez mais no contexto de nossa sociedade e aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos capacitados para a cidadania plena e para o mundo do trabalho, trabalho que é a essência do homem. Isso implica em novas demandas por uma Educação Profissional, que se destacam os conteúdos que façam sentido para o momento de vida presente e que ao mesmo tempo favoreçam o aprendizado de que o processo de aprender é permanente.
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