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Transposição do Rio São Francisco

Por:   •  1/11/2018  •  3.346 Palavras (14 Páginas)  •  387 Visualizações

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O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e, depois de passar por cinco Estados brasileiros e cerca de 2,7 mil km de extensão, deságua no Oceano Atlântico na divisa entre Sergipe e Alagoas.

Segundo o projeto, serão atendidas cerca de 325 comunidades que residem a uma distância de cinco quilômetros da margem dos canais dos Eixos Norte e Leste. Dos 21 municípios beneficiados nesta iniciativa, 11 estão em Pernambuco, cinco no Ceará e os outros cinco na Paraíba. E também, para que as populações rurais tenham o abastecimento de água potável a partir dos canais.

O projeto também contribui positivamente na economia desses municípios na geração de empregos e outras atividades econômicas, desenvolve programas sociais como o programa de controle de saúde pública capacitando agentes comunitários de saúde, e de combate às endemias e lideranças comunitárias em 17 municípios nos Estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba, para atuarem como multiplicadores de abordagens educativas para prevenção de possíveis riscos à saúde em suas comunidades. Além de monitorar as condições de saúde de cada lugar, os agentes ensinam a população a controlar a qualidade da água que consomem. O empreendimento também investirá em ações voltadas a conservação, preservação e recuperação dos recursos naturais do semiárido, principalmente nas regiões por onde foram implantadas as obras da transposição do rio São Francisco.

Contudo, o projeto ainda é alvo de muitas críticas, e sendo alvo de constante polêmica, visto que os opositores do projeto alegam que a água será retirada de regiões onde a demanda por água para uso humano e animal é maior que a demanda na região de destino. Em complemento, o projeto da transposição do Rio São Francisco tem sido criticado por ambientalistas e representantes de outros setores da sociedade. Outra crítica que se faz é em relação à duração da obra, uma vez que a previsão para sua conclusão era para 2012. A obra foi iniciada em 2007, mas diante de vários atrasos, essa data ficou não definida.

I. Bacia hidrográfica do São Francisco

O rio São Francisco possui sua nascente na Serra da Canastra no estado de Minas Gerais e sua foz na fronteira entre os estados de Alagoas e de Sergipe, desembocando suas águas no Oceano Atlântico. Para Christofidis 2001:

A bacia hidrográfica do rio São Francisco abrange os Estados da Bahia, Goiás, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Minas Gerais, Goiás, além do Distrito Federal. A área total é de 639.219,4 km², o equivalente a 7,56% do território brasileiro abrangendo 503 municípios (p. 196)

A Bacia Hidrográfica do rio São Francisco tem como principal rio, o São Francisco e os seus afluentes, Rio Grande, rio das Velhas, Corrente, Paracatú e Jiquitaí, seguindo seu curso por regiões com condições climáticas bem distintas, sendo que o clima que prevalece é o úmido e o semiárido.

O clima apresenta uma variabilidade associada à transição do úmido para o árido, com temperatura média anual variando de 18°c à 27°c com baixo índice de nebulosidade e grande incidência de radiação solar a pluviosidade da Bacia do São Francisco também varia do úmido chegando a 1.096 mm, para o árido com 350mm.

As margens do Velho Chico são formadas por matas ciliares que acompanham o curso do rio, seus córregos e ribeirões. Sua bacia possui uma rica diversidade em vários aspectos; são reconhecidas mais de 1600 espécies nativas específicas daquela região.

A bacia hidrográfica do rio São Francisco é dividida em quatro regiões fisiográficas: Alto São Francisco, Médio São Francisco, Submédio São Francisco e Baixo São Francisco, nessas subdivisões existem os diferentes biomas, sendo eles: no Alto e no Médio predomina o Cerrado, no Médio e Submédio a Caatinga e Mata atlântica no Alto São Francisco.

Os tipos de solos que compõem as regiões da Bacia são formados por: Latossolos, Argilossolo vermelho, Alissolo crômico, Cambissolos háplico, Areias quartzosas e Litossolos. Lembrando que, esses tipos de solos são classificados de acordo com as regiões fisiográficas.

O São Francisco é considerado o “Rio da Integração Nacional”, por escoar a produção nordestina para outros centros consumidores nacionais e internacionais, além de contribuir para a renda familiar dos ribeirinhos como, criação de animais, produção de diversas agriculturas irrigadas.

Figura01: Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

[pic 1]

Fonte: Google.com

A bacia do São Francisco é rica em recursos naturais, abrigando uma diversidade de culturas locais e históricos sítios arqueológicos, tendo importantes centros urbanos ao seu entorno, que, associados à imensidão do rio e às belezas naturais da região, oferecem um grande potencial para o desenvolvimento de atividades turísticas pouco exploradas.

II. Transposição do rio São Francisco

O Governo Federal é o executor do projeto de transposição do rio São Francisco, sua construção é um tema bastante polêmico, pois engloba a tentativa de garantir acesso regular de água potável para muitas pessoas e solucionar um problema que há muito afeta a população do semiárido brasileiro. Todavia, irá afetar um dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extensão e importância na conservação da biodiversidade, quanto pela sua utilização para navegabilidade, produção de energia e abastecimento de água para as cidades ribeirinhas.

O projeto prevê a retirada de 26,4m³/s de água (1,4% da vazão da barragem de Sobradinho) que será destinada ao consumo da população de 390 municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. O projeto de transposição do rio São Francisco é um empreendimento do Governo Federal que está sob a responsabilidade do Ministério de Integração Nacional.

A transposição do rio São Francisco consiste na construção de dois novos canais: O Eixo Norte do projeto, que levará água para os sertões de Pernambuco, Paraíba, Ceará e rio Grande do Norte, terá 400 km de extensão alimentando quatro rios, três sub-bacias do São Francisco e o Eixo Leste que abastecerá parte do sertão e as regiões do agreste de Pernambuco e da Paraíba com 220 km aproximadamente até o Rio Paraíba, depois de passar nas bacias do Pajeú, Moxotó e da região agreste de Pernambuco. Ambos os eixos em construção irão levar água para os rios de drenagem intermitente

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