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Hidrovia são Francisco

Por:   •  7/9/2017  •  5.311 Palavras (22 Páginas)  •  346 Visualizações

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Hoje a região do Vale do São Francisco, vem apresentando valores significativos de crescimento, que aliadas às grandes dimensões do Brasil e a distância entre centros produtores e consumidores implica na necessidade do uso de um modal de transporte mais barato para o aumento da competitividade da região. É nesse contexto que surge o modal hidroviário como uma alternativa para o transporte de cargas.

Além do fator econômico as variáveis operacionais, principalmente as que dizem respeito à infraestrutura de uma hidrovia devem ser levadas em consideração já que o transporte hidroviário, principalmente o fluvial, segundo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – 14 CODEVASF - (2013), foi sendo menos demandado, graças, principalmente, ao modelo de desenvolvimento adotado pelo Brasil, estruturado no desenvolvimento da indústria automobilística e da malha rodoviária. Com poucos recursos para manutenção e modernização da frota e para investimentos na via navegável, além da inexistência de política de captação de cargas, os equipamentos passaram por um crescente sucateamento com expressiva redução de cargas.

Segundo a CODEVASF (2013) apesar da sua importância regional, a hidrovia do São Francisco não escapa ilesa do descaso do governo, o rio está assoreado e os portos sucateados.

Segundo dados da CODEVASF (2013), a bacia do São Francisco possui uma área de aproximadamente 640.000 km2 e o curso principal do rio tem uma extensão

de 2.700 km entre as cabeceiras, no município de São Roque de Minas (MG), e a foz, onde se observa uma vazão média anual de 2.980 m3/s, o que corresponde a uma descarga média anual da ordem de 94 bilhões de m3, formando assim, uma das mais importantes Bacias Hidrográficas do Brasil, onde habitam 13 milhões de pessoas, distribuídas em 464 municípios.

De acordo com a CODEVASF (2013), o vale do São Francisco pode ser subdividido em quatro partes: Alto, Médio, Sub-Médio e Baixo São Francisco. O Alto São Francisco estende-se desde as cabeceiras, na Serra da Canastra, município de São Roque de Minas, até a cidade de Pirapora (MG), abrangendo as sub-bacias dos rios das Velhas, Pará e Indaiá, além das sub-bacias dos rios Abaeté a oeste e Jequitaí a leste, que conformam seu limite.

O Médio São Francisco compreende o trecho desde Pirapora até a cidade de Remanso (BA), incluindo as sub-bacias dos afluentes Pilão Arcado a oeste, e do Jacaré a leste e, além dessas, as sub-bacias dos rios Paracatu, Urucuia, Carinhanha, Corrente, Grande, Verde Grande e Paramirim, situando-se nos Estados

de Minas Gerais e Bahia.

O Sub-Médio São Francisco abrange áreas dos Estados da Bahia e Pernambuco, estende-se de Remanso até a cidade de Paulo Afonso (BA), e inclui as sub-bacias dos rios Pajeú, Tourão e Vargem, além da sub-bacia do rio Moxotó, último afluente da margem esquerda.

O Baixo São Francisco estende-se de Paulo Afonso à foz, no Oceano Atlântico, compreendendo as sub-bacias dos rios Ipanema e Capivara.

- A importância da Logística

Com a globalização e a abertura de mercados podemos dizer que o mundo encontra-se em um novo estágio de desenvolvimento. Este fato expõe as empresas Brasileiras a maior concorrência, muitas vezes com países economicamente mais evoluídos. Desta forma os gestores de hoje devem estar atentos às novas práticas do mercado e principalmente as oportunidades de ganho de competitividade.

Segundo Bertaglia (2009), o objetivo da gestão logística é reduzir o tempo e o custo ao longo da cadeia de suprimentos, para atender o cliente com maior eficiência e eficácia, compondo um diferencial perante os mesmo. Desta forma, não podemos lidar com a cadeia de abastecimentos como era feito tradicionalmente, e sim como uma nova abordagem que proporciona competitividade à empresa. Todos os processos da cadeia de suprimentos devem ser analisados, pois podem estar sendo responsáveis por um custo a mais, ou um atraso, ou mesmo ser um procedimento que não esteja agregando valor ao serviço.

Ballou (1993) relata que a logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo, facilitando assim, o fluxo de produtos e informações entre os elos da cadeia de suprimentos. O autor aborda que o propósito da logística é de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável. Desta forma, pode-se entender que o foco deve estar no cliente durante a execução das atividades logísticas para que suas necessidades sejam atendidas e seja alcançado um sistema eficaz.

Conforme Ballou (2006) os compradores percebem a importância dos elementos da logística no serviço oferecido, ponderando-a, muitas vezes, acima do preço, da qualidade dos produtos e de outros fatores relacionados à marketing, finanças e produção. Porém, para ser justificada a relevância desta área em uma organização, é preciso analisar a influência dos serviços logísticos sobre as vendas e a fidelização dos clientes, conforme descrito em seguida.

- Modal

- Transporte hidroviário

Trata-se do mais antigo modal de transporte, tendo como característica marcante a capacidade de transportar quantidades extremamente grandes de materiais em um único frete. Novaes (2004) diz que ele é dividido em transporte fluvial e lacustre e o transporte marítimo.

Para Dias (2005), o transporte hidroviário é feito por navios a motor, de grande porte, entre os mares e oceanos, são divididos e classificados em categorias de acordo com a finalidade, ou seja, transportando cargas entre portos nacionais, atracando em portos de mar e interiores, localizados em rios, dentro de um mesmo país ou de longo curso ou internacionalmente, isto é, atracando em portos de dois ou mais países.

Conforme Arnold (1999) e Chopra e Meindl (2011), a principal vantagem do transporte hidroviário é o custo, sendo que, os custos operacionais são baixos, como os navios têm uma capacidade de carga relativamente grande, os custos fixos podem ser absorvidos pelos grandes volumes.

Hoje o Brasil tem cerca de oito mil quilômetros de costa e mais de 40 mil quilômetros de vias potencialmente navegáveis. Mesmo assim, o transporte hidroviário de cargas corresponde a 13,6% de toda a carga que é transportada no Brasil, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Enquanto isso, as cargas transportadas pelas estradas

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