PATRIMÔNIO HISTÓRICO E TECNOLOGIA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE OS MORADORES DO CENTRO HISTÓRICO DE PORTO NACIONAL E O ACESSO À INTERNET
Por: Juliana2017 • 28/8/2018 • 2.277 Palavras (10 Páginas) • 625 Visualizações
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Os avanços tecnológicos são conhecidos atualmente como a era da informação. Esse conceito diz respeito ao atual momento de evolução das técnicas e dos objetos técnicos que compõem o processo e transformação do espaço geográfico, assim como o modo de viver na sociedade. A informação tem sido um dos mais importantes recursos das pessoas e organizações, influenciando a vida humana e a economia em um grau que torna essencial e crucial sua utilização.
A era da informação está diretamente ligada aos avanços técnicos que permitiram o avanço e a consolidação do processo de globalização pelo mundo, no qual as distâncias foram encurtadas e a velocidade das transformações tecnológicas foi acelerada. O acesso rápido e fácil às diferentes formas de saberes nunca foi tão amplo, embora se manifeste de maneira desigual nas diferentes regiões do planeta.
Quando se fala em globalização, em geral o senso comum cria a imagem de um mundo com bases não só políticas e econômicas, mas também culturais. Segundo Lomnitz (1994) o termo globalização é perigoso porque se refere, acima de tudo, a interconexões no nível da economia e das comunicações, mas não necessariamente envolve a constituição de uma ideologia global de comunidade.
Diante dessa definição percebe-se que falar de globalização envolve vários fenômenos de caráter político, social, econômico e cultural que vêm acontecendo ao longo dos anos e têm sido percebidos mais fortemente nas últimas décadas, em escala mundial. Percebe-se, que a globalização deve ser vista como processo, como algo inter-relacionado e, por conseguinte, muito complexo.
Para Santos (2008) a globalização constitui-se numa revolução que se projeta como fator de discriminação e de aprofundamento das diferenças sociais. Desse modo,
“...marca a ruptura nesse processo de evolução social e moral que se vinha fazendo nos séculos precedentes. É irônico recordar que o progresso técnico aparecia, desde os séculos anteriores, como uma condição para realizar essa sonhada globalização com a mais completa humanização da vida do planeta. Finalmente, quando esse processo técnico alcança um nível superior, a globalização se realiza, mas não a serviço da humanidade”. ( SANTOS, 2008 p.65)
A existência de uma sociedade globalizada não ocorre de maneira uniforme, até porque o mundo é composto de grupos sociais vivendo diferentes estágios de desenvolvimento. Nesse sentido, à globalização não deve ser vista como progresso aonde chega a todos, que levaria à expansão e à uniformização em todas as sociedades. Ao contrário, o que se tem é o processo de desenvolvimento social bastante descontínuo, seletivo e excludente.
As tecnologias da comunicação e informação geram mudanças na relação do homem com o mundo.
Para Santos (2000):
também relativiza a ideia de velocidade, difundida no imaginário evocado pela globalização e suas técnicas, mostrando que somente algumas pessoas, firmas e instituições podem ser caracterizadas como velozes, aliando-se ao fato de que são também poucas aquelas que utilizam todas as "virtualidades técnicas das máquinas". De modo que grande maioria da sociedade vive hoje à margem desse mundo veloz e, erroneamente, a minoria acaba sendo representativa da ideia de totalidade.
De certa forma, ainda alheio a isso tudo, o é homem conectado e interligado globalmente, na ótica do imaginário coletivo, tende a sentir-se cada vez mais atraído pelas modernas tecnologias da informação, acessadas de qualquer ponto do planeta.
A palavra informação por um lado, é o termo geral para um tipo fundamental de substância, que é armazenada, processada, transmitida e pode ter diferentes graus de estruturação. Computadores e telecomunicações são os instrumentos básicos para processar e fornece comunicação. Nesse campo, são decisivos o poder e a capacidade desses instrumentos.
INTERNET
Hoje em dia através da internet a informação é produzida, circula instantaneamente, poder ser recebida, tratada e incorporada. A internet é uma ferramenta estratégica em meio de relevantes possibilidades.
A origem da Internet, como a conhecemos hoje, remonta aos anos 60 do século XX. Era a época da Guerra Fria entre as duas potências mundiais, os EUA e a União Soviética. As inovações na manipulação de dados eletrônicos provinham principalmente de iniciativas militares (NEGROPONTE, 1995).
O uso da Internet, de acordo com Celebrian (1999, p.88), representa um apoio ao processo de construção do conhecimento, é algo que está sempre em evolução, que depende de atores envolvidos, que, por sua vez, representam vários centros decisórios em estado de constante interatividade, interconectividade e mobilidades.
Através da internet se abre importantes fronteiras, cujas possibilidades e limites ainda não são plenamente conhecidos. A universalização das comunicações é o feito que definitivamente transcende a todos os demais processos desta tecnologia, quebrando barreiras, fronteiras, distâncias e mesmo o tempo, são capazes de instigar a capacidade e a inteligência dos homens próximos ou distantes entre si.
De fato, a Internet tanto ao nível científico, como de divulgação ou recriação, é sem dúvida o espaço planetário mais importante pelo volume de informação disponível e pela facilidade de acesso (Azevedo, 1998).
Todos os dias a internet recebe milhares de novas informações nas mais diversas areas como lazer, noticias, comportamento. Sendo bem utilizada a internet chegou para facilitar a vida das pessoas, tendo como função primordial manter as pessoas devidamente informadas, com maior facilidade na comunicação, possibilitando cada vez mais melhorias.
A internet possibilita uma rápida infusão através das novas tecnologias de informação permitindo as pessoas e organizações melhorar sua comunicação. Este é um ponto muito positivo, pois não só barateou o custo da comunicação como tornou as pessoas mais próximas. Mas há um lado negativo que é a exclusão digital, ou seja, muitas pessoas estão sem acesso à internet e do ponto de vista tecnológico estão excluídas digitalmente.
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- RESULTADOS
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)[1],
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