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A ORIGEM DOS TOPÔNIMOS DO CENTRO DA CIDADE DE GRAJAÚ

Por:   •  28/11/2018  •  1.256 Palavras (6 Páginas)  •  309 Visualizações

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Nosso interesse pelo tema partiu por sermos oriundas da área central de Grajaú e com base na vivência cotidiana, percebeu-se a importância de levar à comunidade acadêmica e a sociedade grajauense, informações importantes sobre os aspectos que envolvem a formação do centro da cidade.

Considerando a carência de fontes bibliográficas que revelem a formação do centro da cidade de Grajaú, é notória nossa preocupação para que essa história não se perca no tempo, levando-nos a propor a organização de um levantamento acadêmico sobre esses aspectos, tornando-se de importância significativa para o entendimento sobre a construção histórica da cidade a partir do seu centro histórico e econômico.

3 QUESTÕES NORTEADORAS

O trabalho será pautado a partir das seguintes questões norteadoras:

- Como a memória e oralidade dos moradores locais promovem o resgate da história do centro histórico de Grajaú e de seus lugares?

- Quais as origens dos topônimos existentes no Centro da cidade de Grajaú?

- De que forma os topônimos foram determinantes para as manifestações sociais e culturais realizadas na área central de Grajaú-Ma?

4 OBJETIVOS

4.1. Objetivo Geral

Registrar ou resgatar a história de formação do centro histórico de Grajaú e dos seus lugares a partir dos topônimos;

4.2. Objetivos Específicos:

- Identificar os topônimos dos lugares do centro de Grajaú, relacionando-os com a história de sua formação/constituição;

- Analisar o sentimento de pertencimento a estes lugares partir dos relatos e da memória dos moradores do centro;

- Identificar as manifestações culturais e/ou sociais realizados na área central onde os topônimos surgiram.

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para se entender sobre os aspectos que envolvem a história de formação de cidades ou bairros a partir da memória dos moradores locais, deve-se recorrer a alguns conceitos relevantes, principalmente no que se refere à História Oral, considerada como um trabalho de pesquisa que faz uso de fontes orais, coletadas por meio de entrevistas gravadas, em diferentes modalidades.

[...] a história oral pode dar grande contribuição para o resgate da memória nacional, mostrando-se um método bastante promissor para a realização de pesquisa em diferentes áreas. É preciso preservar a memória física e espacial, como também descobrir e valorizar a memória do homem. A memória de um pode ser a memória de muitos, possibilitando a evidência dos fatos coletivos (THOMPSON, 1992,p. 17).

A história oral está intimamente relacionada com a memória, no sentido de buscar entender o passado a partir de testemunhas do vivido, dessa forma, a memória enquanto construção psíquica traz a partir de fragmentos, aspectos representativos desse espaço.

A memória se constitui como um processo de experiências individuais e coletivas, na perspectiva de resgatar um passado, a memória seria então um instrumento de definição do ser humano enquanto ser histórico, tendo em vista que “a evidência oral pode conseguir algo mais penetrante e mais fundamental para a história. [...] transformando os “objetos” de estudo em “sujeitos”” (THOMPSON, 1992, p. 137).

Nesse sentido, o topônimo existe como resultante destas memórias, considerando que este na linguagem científica denomina-se como estudo dos nomes dos lugares, na perspectiva de que o significativo dos mesmos são resultantes de um amplo processo identitário, haja vista que “reforçam fortemente as sugestões de identidade ou de estrutura que podem estar latentes na própria forma física” (LYNCH, 1997, p. 120). Os topônimos reforçam a memória, a identidade e as especificidades de um dado povo ou continente.

Cavalinhos (2007, p.2463) afirma que:

(...) o topônimo, como unidade terminológica, carrega em sua estrutura interna elementos sêmicos referentes aos fatores motivacionais, que apresentam uma dupla natureza: os fatores de natureza ambiental (naturais ou físicos) e de natureza cultural ou antropocultural.

O batismo dos nomes dos lugares, entre outras palavras, dos topônimos, permite a criação de identidades, pertencimentos e territorialidades, que gradualmente são incorporadas à rotina da comunidade, garantindo assim uma pluralidade de simbolismos que moldam os valores individuais e coletivos de um dado território e lugar.

Dessa forma, evidencia-se a relevância dos topônimos no processo de formação dos bairros e ruas, trazendo importantes contribuições para o fortalecimento das identidades da comunidade e de todos que estão nela inseridos.

Nesse aspecto, é relevante a perspectiva de que a História se faz presente em todo o nosso cotidiano, em conversas do dia-a-dia ou mesmo em fotografias antigas, dessa forma o historiador possui uma infinidade de recursos que podem ajudá-lo a entender determinado fato histórico, no sentido de que o processo historiográfico está sempre em constante mudança.

REFERÊNCIAS

ALBERTI, V. História oral: a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1990.

CARVALHINHOS, Patrícia de Jesus;ANTUNES, Alessandra Martins. “Princípios teóricos de toponímia e antroponímia: a questão do nome próprio”. Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos. Rio de Janeiro: CIFEFIL, 2007. Disponível em:http://www.filologia.org.br/xicnlf/2/09.htm. Acesso em: 12 de fevereiro de 2016.

LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História. São Paulo: PUC, n. 10, p. 7-28, dez. 1993. Historiæ, Rio Grande, 2 (1): 95-108, 2011. 108.

PORTELLI, A. Tentando aprender um pouquinho.

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