ÉTICA PROFISSIONAL
Por: Rodrigo.Claudino • 13/3/2018 • 1.790 Palavras (8 Páginas) • 448 Visualizações
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Contudo, existe uma tendência em primeiro atendermos as nossas necessidades e só depois pensar nos terceiros e posteriormente na sociedade, porem no exercício profissional a reflexão para o coletivo merece maior ênfase, visto que trabalhamos sempre em prol de outros, por isso a profissão justifica-se. Ser egoísta na atuação profissional é estar fadado ao fracasso.
A presença da filosofia e da ética no contexto profissional
A fim de busca uma sociedade mais justa e digna atualmente as empresas têm se preocupado cada vez mais em resgatar valores éticos, tanto internamente quanto nas relações com a sociedade em que estão inseridas. Contudo, muitas vezes a suplica pela ética existe apenas nas palavras e não na prática do dia a dia. A possibilidade de uma real presença da ética origina-se da reflexão filosófica. Entende-se por reflexão um retorno, olhar de um jeito de diferente, tomar distancia e olhar o todo.
A filosofia se expressa como uma busca permanente e amorosa de saber cada vez maior. O tipo de reflexão que a filosofia propõe está ligada a buscar pela sabedoria, ir além do que todos pensam e acreditam, adotar uma postura critica, refletir sobre o pensamento e comportamento coletivos, buscar uma visão tridimensional; ver claro, ver fundo e ver largo. Para isso é preciso enxergar os diferentes pontos de vista, pois a realidade é multifacetada e só é contemplada quando assumimos uma atitude critica, em tal postura encontra-se um anseio de ampliar o nosso conhecimento.
As concepções de reflexão e da critica também se apresentam no conhecimento cientifico, uma distinção entre a atitude filosófica e a atitude cientifica é que enquanto a ciência pretende explicar, descrever e analisar a realidade, a filosofia procura compreende-la ir além da explicação, busca o seu sentido, o seu valor. Configura-se um saber inteiro com vontade de conhecer mais e melhor.
A reflexão filosófica é caracterizada pela prática de perguntar de questionar o mundo, o conhecimento, o sentido do ser humano assim como os seus valores, essa última se detém a ética. Também no mundo dos negócios é a ética como caráter da filosofia que procura mostrar os princípios que orientam as ações e competência dos profissionais e que garante o sucesso da empresa.
A ética tem sido assunto recorrente, porem, geralmente, é usada sem a real exploração do seu sentido e muitas vezes confundida com a moral. Façamos uma distinção entre os termos; a moral é conceituada como o conjunto de valores que norteiam o indivíduo em sociedade, ela é normativa. Já a ética é uma reflexão filosófica sobre essa moralidade, é refletir sobre a consistência e coerência dos valores que servem como bússola das ações e comportamentos do coletivo de modo que se fomente um processo de construção para uma sociedade mais justa e solidária.
As ações morais por terem suas origens fundadas nos costumes se tornam perigoso, pois algo que é costumeiro pode se confundido com o que é certo e bom. Isso se dá em muitos casos no meio organizacional, empregam-se comportamentos já enraizados na cultura da empresa apenas por sempre ter sido feito assim; não há questionamento. Nesse sentido a ética surge como solução e salvação de equívocos dessa natureza.
No âmbito empresarial a ética tem o papel de interpelar se os comportamentos e relacionamentos profissionais estão embasados em princípios que promovem a dignidade humana e o bem comum, favorecendo a democracia e consequentemente a felicidade, pois essa ganha seu sentido mais pleno na coletividade.
A ética também atua como dimensão da competência profissional, a dimensão ética se apresenta como dimensão essencial da competência, dado que as dimensões técnica, estética e política só fariam sentido se forem guiadas pelos princípios éticos- o respeito, a justiça e a solidariedade. A competência na sua totalidade está ligada ao profissional, a suas características individuais, ao seu comprometimento no desenvolvimento no trabalho e com as relações implicadas nesse contexto. Assim a competência se apresenta como um ideal possível e desejável de ser realizado.
Conclusão
O profissional contábil se envolve com diversas obrigações e deveres tanto no meio empresarial quanto na sociedade como o todo, tem como finalidade principal registrar e controlar as riquezas patrimoniais, e está vinculado a área das ciências sócias aplicadas. Com tamanha abrangência pode-se dizer que nas relações sociais nas quais se envolvem valores a contabilidade se faz presente. Assim sempre haverá uma relação justa do comportamento ético dos contadores frente a inúmeras áreas da atividade publica e privada.
A confiança nesse profissional se da na realidade de uma conduta moral e ética no desempenho de suas atividades embasada nas virtudes definidas como sendo as qualidades que a sociedade pleiteia do profissional como; competência na realização do seu oficio, honestidade, zelo e responsabilidade. A essência da responsabilidade social é a ética, dessa forma o profissional contábil precisa estar consciente acerca dos possíveis impactos negativos por se assumir uma conduta antiética dentro de um contexto social, visto que esse profissional tem uma serie de chances e riscos de desviar seus trabalhos para interesse próprio ou da organização para a qual presta serviços, ferindo os interesses da nação e prejudicando diretamente o seu desenvolvimento.
O contador muitas vezes se vê tentando e/ou coagido a decidir entre duas situações; uma em que não favorece a empresa em que trabalha porem é correta; e a outra a beneficia financeiramente, entretanto, de forma errada. É nesses momentos em que o profissional contábil é tentado a agir de maneira antiética. Nesse contexto ainda que a empresa em questão adotara uma cultura de “conduta duvidosa” a reflexão filosófica, definida como ética, estabelece
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