Jornalista vs cidadãos quem tem o poder de definir o que é notícia?
Por: SonSolimar • 26/4/2018 • 2.419 Palavras (10 Páginas) • 310 Visualizações
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Imagem 1 – Quadro pontos positivos/negativos
[pic 1]Crédito : Tathyelly Aryel, 2016.
- 5.3.1 Cibercultura
Mauricio Gebran (2009) afirma que “o século XXI apresenta a internet como um novo meio de comunicação, influenciando diretamente a essência da atividade humana”. Ainda de acordo com ele, a cibercultura deriva do conceito de ciberespaço, que é onde as pessoas utilizam um espaço não-físico para uma troca de informações. O que trafega na rede engloba história e cultura, uma vez que:
Além de um espaço de dados, está se configurando um espaço de convivência, de interação social e de comunicação, onde as pessoas formam comunidades virtuais. A internet, entre outras peculiaridades, conecta inteligências e é preciso entender como ela afeta a vida, os negócios, a política e a educação. Seu processo de comunicação distribuída permite algumas ações como acessar informações à distância em caminhos não-lineares; enviar mensagens que ficam disponíveis sem valores hierárquicos; realizar ações colaborativas na rede; coexistir em espaços reais e virtuais; visualizar espaços distantes; viver e agir em espaços remotos; circular em ambientes inteligentes. (GEBRAN, 2009, p. 92-93).
Sendo assim, “as novas tecnologias de comunicação e informação são vetores de agregação social, de vínculo comunicacional e de recombinações de informações” (LEMOS, 2009, p.38). Isso significa que, dentro do ciberespaço, se manifestam diferentes elementos culturais permeáveis, que ganham velocidade e alcance global através das redes.
As tecnologias contemporâneas viabilizam uma comunicação e interação mais ampla. Possibilitam uma crescente troca de compartilhamentos, “provocam e potencializam a conversação e reconduzem a comunicação para uma dinâmica na qual indivíduos e instituições podem agir de forma descentralizada, colaborativa e participativa” (LEMOS, 2009, p. 11). Ainda de acordo com Lemos (2009,p.11), a internet é “alicerçada na troca livre de informação, na produção e distribuição de conteúdo diversos e mesmo sendo planetária, reforça dimensões globais”.
Esse novo cenário ficou caracterizado como Sociedade da Informação, que segundo Othon Jambeiro (2009):
Se caracteriza principalmente por: a) formação e desenvolvimento de redes digitais virtuais, que ligam pessoas e grupos, independentemente de tempo e espaço; b) reorganização interativa dos processos políticos, sociais, econômicos, culturais e institucionais, com base em tecnologias avançadas de informações e comunicações; c) reconfiguração da vida cotidiana dos indivíduos, grupos sociais, governos, empresas e entidades em geral, por efeito da consolidação e crescente expansão de redes digitais. (JAMBEIRO, 2009, p. 21).
Diante dessas características, pode-se definir a cibercultura como sendo um lugar onde as pessoas criam laços sociais através da troca de conhecimento e emprego de suas culturas:
A palavra é derivada e amplia a noção de cultura logo, é importante ressaltar que a cultura digital é evolução natural da cultura produzida pelas sociedades, diferenciada pelo fato dos dados estarem armazenados em um mesmo lugar desterritorializado, acessível à maioria das pessoas e que oferece possibilidade de socialização e comunicação por meio de recursos técnicos diferenciados como: e-mails, chat, fórum, wiki e outros. (CURY; CAPOBIANCO; CYPRIANO, 2009, p. 04).
De acordo com Cury, Capobianco e Cypriano (2009,p.07) “a expansão do uso da Internet em todas as regiões do mundo, assinala para sua importância como principal recurso tecnológico no seio da diversidade cultural”. Sendo assim, a cibercultura se difunde à medida que o uso e o acesso aumentam, propiciando um espaço desenvolvido coletivamente. Para as autoras, existem indicadores da cibercultura:
Imagem 2 – Indicadores da Cibercultura
[pic 2]
Crédito: Tathyelly Aryel, 2016. Informações baseadas no artigo das autoras.
O ciberespaço é o lugar da “nova comunicação” onde todos estão conectados de forma integrada. Cibercultura, portanto, é a comunicação feita através dos meios digitais. A internet é um “recurso especial dessa comunicação globalizada, já que conecta todos com todos” (CURY, CAPOBIANCO E CYPRIANO, 2009, p. 11), e que permite a difusão de informações de maneira aberta e colaborativa, de diversos autores, simultaneamente, que possuem características culturais e que são disseminadas na rede.
- 6 O JORNALISMO COM A POPULARIZAÇÃO DA INTERNET
Este capítulo visa entender o atual formato da disseminação de informações. Nos últimos tempos, devido ao avanço da internet, o jornalismo precisou repensar em um novo modo de produzir notícias. Os meios de seleção e difusão de informações evoluíram conforme o desenvolvimento tecnológico, passando por fases: Jornalismo Online (1.0), Webjornalismo (2.0) e, por último, Jornalismo Colaborativo (3.0). De acordo com André Lemos (2009):
É importante compreender que a nova paisagem comunicacional não aniquila o poder e a força dos meios massivos, mas faz emergir outra esfera, onde a emissão não é controlada, onde a conexão planetária dá um tom a uma reconfiguração da indústria cultural, das formas sociais, da produção e da circulação de informação. (LEMOS, 2009, p. 10).
- 6.1 Jornalismo Online ou 1.0
Segundo Eduardo Vieira (2003,p.11) “o ano de 1995 pode ser considerado o marco-zero da internet comercial no Brasil e no mundo”, ainda de acordo com ele, a venda de computadores, ultrapassou a de aparelhos de televisão. Vieira (2003,p.16) afirma que “jornais, revistas e demais meios de comunicação impressa também acompanharam o fenômeno de perto, inaugurando suas versões digitais a partir de então”. Esse período pode ser caracterizado como a primeira geração do jornalismo digitalizado, que popularmente é conhecida como Jornalismo Online ou 1.0.
Mesmo em 1995, a internet era muito recente, o cidadão não recebia a notícia em tempo real. Klecius Lima (2011,p.22) afirma que a internet na “web 1.0, era caracterizada pela elaboração de conteúdos por especialistas, onde o usuário realizava a leitura, e era ‘passivo’, pouco participativo”. Ele alega também que a web 1.0 apenas direcionava as pessoas para as informações
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