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Disciplina História da Arte da Pré-história ao Rococó

Por:   •  11/3/2018  •  3.185 Palavras (13 Páginas)  •  612 Visualizações

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Arte no Brasil

A arte rupestre pode ser denominada como aquela forma de expressão simbólica das populações pré-históricas, englobando pinturas e gravuras executadas sobre um suporte rochoso fixo de qualquer natureza (AZEVEDO NETO, 2001). É uma das primeiras manifestações estéticas da humanidade das quais temos conhecimento. Outros testemunhos que também se conservaram até o presente são ossos entalhados, pequenas esculturas de rocha e objetos cerâmicos. Além destes, é possível identificar, através dos desenhos rupestres, outras formas estéticas produzidas na pré-história, tais como pinturas corporais, adornos para cabeça, braceletes e cintas que devem ter sido feitas em penas ou plumas (VAZ, 2005).

No Brasil a arte rupestre já foi identificada em varias partes do território nacional, algumas áreas como na serra da Capivara, no Piauí, com data de cerca de 13000 a.C. Em Pedra pintada, na Paraíba, foram encontradas pinturas com cerca de 11 mil anos de idade. Em Minas Gerais, chamam atenção os registros de arte rupestre localizados em várias cavernas do vale do Peruaçu, que se distinguem por seus raros desenhos de padrões geométricos, executados entre 2.000 e 10.000 anos atrás. São igualmente dignas de menção as pinturas de animais descobertas em grutas calcárias no vale do rio das Velhas, em Lagoa Santa, Minas Gerais (WIKIPÉDIA, 2012).

Segundo a Wikipédia (2012) a documentação arqueológica brasileira, apresenta o uso de materiais como osso, chifre, pedra e argila, para a confecção de objetos utilitários (recipientes, agulhas, espátulas, pontas de projétil), adornos (pingentes e contas de colar) e cerimoniais, atestando uma preocupação estética observável, sobretudo, na extraordinária variação de formas geométricas e no tratamento das superfícies e dos retoques.

Do período entre 5000 e 1100 a. C há vestígios de culturas amazônicas com alto grau de sofisticação na fabricação e decoração de artefatos de cerâmica, como as da ilha de Marajó e da bacia do rio Tapajós, onde se registra a presença de complexos vasos antropomorfos e zoomorfos, com suportes e apliques ornamentais. Ainda no contexto amazônico, são dignos de nota as estatuetas de terracota, sobretudo com representações femininas e de animais, e os objetos de pedra, como os pingentes representando batráquios (WIKIPÉDIA, 2012).

São igualmente importantes as cerâmicas encontradas na costa maranhense (tradição Mina c. 3200 a.C.) e no litoral baiano (tradição Periperi, c. 880 a.C.), com difusão ampla e diversificada, atingindo certas áreas meridionais já em plena era cristã. Mais simples em sua composição do que as cerâmicas amazônicas, essas peças sobressaem pela diversidade de técnicas decorativas, que vão da pintura, incisão e excisão até o escovamento, corrugação, ungulação, etc (WIKIPÉDIA, 2012).

No entanto a arte plumária indígena e a pintura corporal atingem grande complexidade em termos de cor e desenho, utilizando penas e pigmentos vegetais como matéria prima. Podemos destaca a confecção de adornos peitorais, labiais e auriculares, encontrados em diversas culturas espalhadas por todo o território brasileiro (WIKIPÉDIA, 2012).

As primeiras manifestações artísticas barrocas brasileiras apareceram muitos anos depois de seu descobrimento e foram expressas num primeiro momento nas construções de capelas e igrejas.

“As capelas que se destinavam ao culto semelhavam habitações de particulares, sem caracterização nenhuma. Encimava-se uma cruz: era a designação da piedade e do consolo; algumas vezes num andaime, ao lado, ou num frontão liso, cantava um sino: era o apelo às almas esquecidas de Deus no continuado alarme em que viviam pela bruteza dos aborígines e pelas investidas da natureza hostil. Tais capelas podiam ser graciosas, eram meigas, eram puras, não continham, porém, a preocupação do Belo arquitetônico (...). A igreja primitiva, branquíssima, emoldurada na verdura sombria das colinas, tem apenas uma beleza romântica e enternecida (...). Todas essas igrejas, assim como os templos de maior porte, edificados mais tarde, obedecem a uma certa ordem de tipos arquitetônicos que, tendo-se vulgarizado por todo o Brasil, tomaram uma feição fortemente acentuada, donde muito bem se poderia originar um estilo nacional. O jesuítico, (...) o rococó – que mais não são que um só estilo com mínimas variantes, provenientes de países onde assim se denominou o estilo barroco, - ai domina, porém mais simples (...) os tipos portugueses trazidos para a nossa terra, ainda pobre e sem facilidade de operários e material, simplificaram-se (...). Dessas edificações primitivas um bem nos adveio: deram-nos umfanal, fixaram um estilo, propalaram-lhe a regra; foram simultaneamente exemplo e tradição, incentivo e saudade (...). Na Bahia, o Barroco atinge uma expressão menos sincera, a construção é mais erudita; no Rio de Janeiro a preocupação artística exterior diminui ao passo que a decoração interna atinge ao delírio, produzindo a obra-prima do entalhe que é a igreja de S. Francisco de Penitência; em Minas, vamos deparar com a suprema glorificação da linha curva, o estilo mais característico, duma originalidade excelente (onde) a própria decoração que determina o estilo”.

No campo da arquitetura esta escola floresceu notavelmente no Nordeste, mas com grandes exemplos também no centro do país, em Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. No século XIX a tradição barroca, que teve uma trajetória de enorme vigor no Brasil e foi considerado o estilo nacional por excelência, caiu progressivamente em desuso, mas traços dela seriam encontrados em diversas modalidades de arte até os primeiros anos do século XX (WIKIPÉDIA, 2012).

O Barroco foi um estilo de reação contra o classicismo do Renascimento, cujas bases conceituais giravam em torno da simetria, da proporcionalidade e da contenção, racionalidade e equilíbrio formal. Assim, sua estética primou pela assimetria, pelo excesso, pelo expressivo e pela irregularidade, tanto que o próprio termo "barroco", que nomeou o estilo, designava uma pérola de formato bizarro e irregular.

Além de uma tendência puramente estética, esses traços constituíram uma verdadeira forma de vida e deram o tom a toda a cultura do período, uma cultura que enfatizava o contraste, o conflito, o dinâmico, o dramático, o grandiloquente, a dissolução dos limites, junto com um gosto acentuado pela opulência de formas e materiais, tornando-se um veículo perfeito para a Igreja Católica da Contra-Reforma e as monarquias absolutistas em ascensão expressarem visivelmente seus ideais. As estruturas monumentais

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