Métodos Para Prova de Teoremas
Por: Essays.club • 15/9/2019 • Projeto de pesquisa • 1.727 Palavras (7 Páginas) • 565 Visualizações
Métodos de Provas de Teoremas
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Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC
Disciplina: Fundamentos Matemáticos para Informática
Professor: Ricardo Custódio
Aluno: GABRIEL DONADEL DALL´AGNOL
Matricula: 18100853 - Sistemas de Informação
Métodos para Prova de Teoremas
1. Prova Direta
O método da Prova direta consiste no desenvolvimento direto do teorema, ou seja, consiste em supor que a hipótese está correta e a partir dela tentamos chegar a uma tese.
Teorema:
Se a é um inteiro ímpar então a² é um inteiro impar
Demonstração:
Supondo que a seja um inteiro ímpar, necessariamente existe algum inteiro k tal que a = 2k + 1. Logo,
a² = (2k + 1)² = 4k² + 4k + 1 = 2(2k² + 2k) + 1.
Sendo assim, está provado pelo método de prova direta, que a² é um inteiro ímpar.
1. Prova por Contraposição
O método da Prova por Contraposição é formado pelo uso da propriedade Contrapositiva, que mostra a equivalência de p → q e ¬q →¬p, a partir disso tentamos chega a uma tese para ¬q →¬p. Quando provamos que o valor de ¬q →¬p , igualmente provamos o que o valor p → q.
Teorema:
Se n é um inteiro e 3n + 2 é impar, então n é um inteiro impar.
Demonstração:
Assumindo que “Se 3n + 2 é impar, então n é um inteiro impar” seja falso, implicando em n seja par, teremos pela definição de um inteiro par n = 2k, para um inteiro k. Logo,
3n + 2 = 3(2k) + 2 = 6k + 2 = 2(3k + 1)
Sendo assim, fica provado que 3n + 2 é par, já que é múltiplo de 2 e logo não é impar, provando a negação da premissa de nosso teorema. Já que a negação da conclusão da declaração condicional implica que a hipótese seja falsa, então a declaração original é verdadeira, provando assim, que “Se n é um inteiro e 3n + 2 é impar, então n é um inteiro impar”.
Prova Vácuo e Prova trivial:
Podemos provar de maneira rápida que a condicional p → q é verdade quando sabemos que p é falso, porque p → q deve ser verdade, quando p é falso. Consequentemente, se conseguirmos demonstrar que p é falso, então teremos a prova, chamada de prova de vácuo, da declaração condicional p → q.
Outra maneira rápida de provar que a condicional p → q é verdade, será por meio do uso da prova trivial, que consiste em mostrar que q é verdade e sendo assim, p → q também deve ser verdade.
1. Prova por Contradição
O método de Prova por Contradição compõe-se de uma metodologia diferente das demais, ao invés de provar que p então q, admitimos que p é verdade e que q é falso, assim tentamos chegar a uma ideia absurda.
Teorema:
O número é um número irracional.
Demonstração:
Supondo por contradição que seja racional, então existem inteiros p e q sem fatores em comum, tais que = p/q. Logo, elevando os dois lados da equação ao quadrado obtemos:
2 = p² /q² .
Portanto,
2q² = p² .
Isto significa que p² é par e desta maneira p é par. Além disso, como p é par, então existe algum inteiro k tal que p = 2k. Logo, 2q² = 4k² , e assim, q² = 2k². Isto significa que q² é par e portanto q é par. Acabamos de mostrar que tanto p quanto q são divisíveis por 2. Isto contraria nossa hipótese inicial de que = p/q com p e q sem fatores em comum. Consequentemente, é irracional.
1. Prova de Equivalência
O método de Prova por Equivalência consiste em provar que uma declaração bicondicional ( uma declaração na forma p ↔ q) seja verdadeira tanto para
p → q quanto para q → p. A validade dessa abordagem é baseada na tautologia
(p ↔ q) ↔ (p → q ) ∧ (q → p).
Teorema:
Se n é um inteiro, então n é impar; se, e somente se, n² for impar.
Demonstração:
Nesse teorema de formato “p se e somente se q”, onde p é “n é impar” e q é “n² é impar”, precisamos mostrar que p → q e q → p são verdade.
Para provar que p → q é verdade, supomos que n seja um inteiro ímpar. Então existe algum inteiro k tal que n = 2k + 1. Logo,
n² = (2k + 1)² = 4k² + 4k + 1 = 2(2k² + 2k) + 1.
Sendo assim, está provado que n² é um inteiro ímpar e que p → q é verdade.
Agora, para provar que q → p usamos o método de contraposição, supondo que n não seja ímpar, logo n é par, isto implica na existência de um inteiro k tal que n = 2k. Assim, para provar este teorema precisamos mostrar que esta hipótese implica na conclusão de n² não é impar, ou seja, que n² é par. Elevando ao quadrado os dois lados desta equação obtemos,
n² = 4k² = 2(2k²)
resultando em n² também ser par porque n² = 2t, onde t = 2k². Já que a negação da conclusão da declaração condicional
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