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DESEMPENHO DO OURO NOS ULTIMOS 10 ANOS

Por:   •  16/12/2018  •  2.668 Palavras (11 Páginas)  •  311 Visualizações

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- Áreas de exploração de ouro no Brasil

O Brasil é um país que teve um grande potencial para a exploração do ouro, especialmente durante o período colonial. A primeira descoberta expressiva de ouro em nosso país se deu nos sertões de Taubaté, em 1697, consistindo em “dezoito a vinte ribeiros de ouro da melhor qualidade”. O metal hoje, é muito valorizado, tanto que possuímos muitos investimentos voltados para realizar a busca pelo mesmo.

A responsável pelo manejo, venda e troca do ouro no Brasil é a nova bolsa, formada a partir da união da BM&F com a Bovespa, em 2008. Estima-se que as transações possam atingir até 67 bilhões de dólares.

Um dos primeiros locais onde aconteceram a extração do ouro em nosso país foi em São Vicente, no final do século XVI, no entanto o processo ainda era escasso. Já no século XVII, especificamente nas regiões de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, houve uma grande migração de pessoas em busca do emprego de garimpeiro.

A exploração do minério em Minas Gerais possui um histórico muito forte, não é à toa que o nome tem ligações relacionadas ao tipo de ação. Hoje, a localidade detém 44% da mineração nacional, sendo que além da extração do ouro, também há uma grande busca por ferro, diamante, fosfato, zinco, alumínio, calcário e rochas ornamentais.

Já Goiás, possui cerca de 23,9% de toda a mineração de ouro do país, o que faz com que o espaço cedido para investimentos nessa área e produção de renda na região seja alto. A classificação segue com o Pará, cujo percentual é de 10,1% e BA com 9,8% da produção de ouro do Brasil.

Não podemos deixar de citar o Mato Grosso, com um potencial de reservas de 1 a 5 toneladas de ouro e o Amazonas, quando levamos em consideração que a região já atraiu mais de 4.000 garimpeiros até o ano de 2008. Juntando todos esses estados, temos uma produção média de 55 toneladas de ouro por ano, classificando o nosso país como um grande produtor nesse setor.

O preço do ouro no Brasil é vinculado as cotações de Nova York e Londres, que pode sofrer as alterações ou então influências diretas nas perspectivas de mercado interno e cotação do dólar. O metal é utilizado especialmente na confecção de moedas, joias, e acessórios, a exemplo de relógios.

- Exploração de Ouro no Brasil – A escassez do Ouro

Especialistas calculam que existe apenas 5kg de ouro para cada 1 milhão de toneladas de terra. Por ser um material mole, normalmente ele é endurecido formando ligas metálicas com metais como prata e cobre.

Muita gente não sabe, mas o quilate (k) é a medida utilizada para indicar a qualidade do ouro. Por exemplo, o 24k é considerado um ouro 100% puro. É muito comum encontrarmos a nomenclatura 18k, ela indica que há uma pureza de 75%. Há também o ouro 14k, cuja pureza está em 58%.

O ouro é o único metal que não oxida. Eles sempre são fundidos em barras, pois a forma retangular e cônica dos lingotes facilita o desmolde do metal.

Desde a nossa pré-história até os dias atuais, encontramos 163 000 toneladas de ouro. Para exemplificar melhor a quantidade, se ele fosse fundido e encaixotado, caberia em um prédio com mais ou menos 20 metros de altura.

Em muitos países, o ouro é utilizado como reserva para o caso de recessões econômicas. Caso a moeda perca valor, o ouro se encarregará de cobrir essa deficiência.

- Valorização do ouro nos últimos 10 anos.

O preço da grama do ouro no Brasil teve uma valorização de quase 30% em 2015 e fez os olhos de alguns investidores brilharem. Além da rentabilidade, em um momento de crise, é uma das formas mais seguras do seu patrimônio.

Diante disso, muita gente perguntar: Vale a pena comprar ouro em 2016? Você já pensou em trocar suas economias que estão na poupança ou outro investimento por ... ouro?

O analista Maurício Gaiote, da Ourominas - empresa que vende ouro no mercado de balcão -, diz que, nos últimos dias, atende mais clientes em busca de segurança, mesmo que não haja previsão de uma alta rentabilidade.

- Aquele investidor que tem capital em CDB e em fundos de ações, em momentos de crise, muitas vezes decidem vender e usar esse dinheiro para comprar ouro, que é tradicionalmente um ativo de aversão ao risco. Não existe, historicamente, de ouro, perder completamente seu valor. Diferente, por exemplo, do que acontece quando você é uma ação e uma empresa quebra.

No começo do ano, o grama do metal era negociado a R $ 108 na bolsa de valores brasileira. No começo deste mês, girava em torno de R $ 140.

O diretor do Banco Privado do Banco Fator, Rodrigo Marcatti, alerta para os riscos de se comprar ouro apostando na alta qualidade em 2015.

- O ouro subiu em real porque o dólar se valorizou. Para se investir em ouro, tem que se ter noção da dinâmica global. O preço do ouro é determinado internacionalmente e não pela oferta e demanda no Brasil. Além disso, não há uma garantia de que o dólar vá se valorizar tanto quanto não há passado.

Gaiote defende que o cenário global ainda pode valorizar o ouro. Ele cita uma desaceleração econômica da China, onde é acumulada por 15% em 2016.

- Temos visto uma desinstalação da economia chinesa, que a princípio levaria para baixo os preços de commodities como minério de ferro e petróleo. Mas o ouro se blinda desse movimento pelo fato de que a China está em uma desaceleração representando um risco internacional. Os investidores passam a comprar e se proteger novamente no ouro.

Porém, não prevê uma remuneração tão expressiva quanto em 2015, especialmente se levado em conta o curto período de tempo.

Claro que uma valorização de 30% é muito relevante. Você imaginar que o investimento vai replicar o movimento do ano anterior e vai valorizar 30%, eu gostaria muito, mas eu não acreditaria. O dólar saiu de R$ 2 e pouco para R$ 4. O ouro pegou esse gancho e teve essa alta. Agora, eu não vejo o dólar fazendo um movimento de valorização tão brusca como foi em 2015.

Apesar da excelente valorização em 2015, não houve uma corrida de investidores atrás de ouro no ano passado. Os contratos na BM&FBovespa apresentaram leve queda em relação a 2014. O volume de negócios, em reais, caiu 3%, totalizando R$ 300,3 milhões.

O Banco do Brasil —

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