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Transtornos de personalidade e de comportamentos em adultos (F60-69)

Por:   •  31/10/2018  •  5.288 Palavras (22 Páginas)  •  473 Visualizações

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Como critérios diagnósticos para o transtorno de personalidade paranóide o DSM­V pontua as seguintes características: Um padrão de desconfiança e suspeita em relação aos outros, de modo que seus motivos são interpretados como malévolos, começando no início da idade adulta e presente em uma variedade de contextos, como indicador por, pelo menos, quatro dos seguintes critérios. (1) suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo explorado, prejudicado ou enganado pelos outros; (2) preocupa­se com dúvidas infundadas acerca da lealdade ou confiabilidade de amigos ou colegas; (3) reluta em confiar nos outros em razão de um medo infundado de que essas informações sejam

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maldosamente usadas contra si; (4) interpreta significados ocultos, de caráter humilhante ou ameaçador, em observações ou eventos benignos; (5) guardar rancores persistentes, isto é, não perdoa insultos, magóas ou deslizes; (6) percebe ataques sobre seu caráter ou reputação que não são visíveis pelos outros e reage rapidamente com raiva ou contra­ataque; (7) tem suspeitas infundadas recorrentes quanto à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.

Não ocorre exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia, um transtorno do humor com aspectos psicóticos ou outro Transtorno Psicótico, nem é decorrente dos efeitos fisiológicos direitos de uma condição médica geral (DSM­V, 2015).

F60.1 Esquizoide

Transtorno da personalidade caracterizado por retiramento dos contatos sociais, afetivos ou outros, preferência pela fantasia, atividades solitárias e as reserva introspectiva, e uma incapacidade de expressar seus sentimentos e experimentar prazer (OMS, 2007). O transtorno de personalidade esquizóide é diagnosticado em pacientes que exibem um padrão vitalício de retiramento social. Seu desconforto com o convívio humano, sua introversão, afeto brando e constrito são dignos de nota.

Os indivíduos com transtorno da personalidade esquizóide são vistos pelos outros como excêntricos, isolados ou solitários (KAPLAN; SADOCK; GREEB, 2003). A característica essencial do transtorno da personalidade esquizoide é um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão de emoções em contextos interpessoais. Esse padrão surge no começo da vida adulta e está presente em vários contextos (DSM­V, 2015).

Indivíduos com transtorno da personalidade esquizoide demonstram não ter desejo de intimidade, parecem indiferentes a oportunidades de desenvolver relações próximas e não parecem encontrar muita satisfação em fazer parte de uma família ou de outro grupo social. Preferem ficar sozinhos em vez de com outras pessoas. Com frequência parecem ser socialmente isolados ou "solitários" e quase sempre optam por atividades ou passatempos solitários que não incluem interação com outros (DSM­V, 2015).

A prevalência do transtorno da personalidade esquizoide não foi claramente estabelecida. O transtorno da personalidade esquizoide pode afetar 7,5% da população em geral. A proporção entre os sexos é desconhecida, embora alguns estudos relatam uma proporção de 2 homens para uma mulher. Os indivíduos com o transtorno tendem a buscar

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empregos solitários que envolvem pouco ou nenhum contato humano. Muitos preferem o trabalho noturno ao diurno, de modo que não tenham que lidar com muitos indivíduos (KAPLAN; SADOCK; GREEB, 2003).

Como critérios diagnósticos para o transtorno de personalidade esquizoide o DSM­V pontua as seguintes características: Um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão de emoções em contextos interpessoais que surgem no início da vida adulta e estão presentes em uma variedade de contextos, como indicado por quatro (ou mais) dos seguintes critérios: (1) Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte de uma família; (2) Quase sempre opta por atividades solitárias; (3) Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa; (4) Tem prazer em poucas atividades, por vezes em nenhuma; (5) Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os familiares de primeiro grau; (6) Mostra­se indiferente ao elogio ou à crítica de outros; (7) Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo (DSM­V, 2015). Como todos os transtornos de personalidade, um transtorno da personalidade esquizoide tem longa duração, mas não perdura necessariamente por toda a vida. A proporção de pacientes que evoluem para a esquizofrenia é desconhecida.

F60.2 Antissocial

O transtorno de personalidade antissocial é caracterizado por atos anti­socias e criminosos contínuos, mas não é sinônimo de criminalidade. Em vez disso, trata­se de uma incapacidade de se conformar com as normas sociais, envolve muitos aspectos de desenvolvimento adolescente e adulto do paciente (KAPLAN; SADOCK; GREEB, 2003).

Transtorno da personalidade caracterizado por um desprezo das obrigações sociais, de empatia para com os outros. Há um desvio considerável para entre o comportamento e as normas sociais estabelecidas. Existe uma baixa tolerância à frustrações e um baixo limiar da descarga da agressividade, inclusive da violência. Existe uma tendências em culpar os outros ou a fornecer uma racionalização plausível para explicar um comportamento que seja sujeito a entrar em conflito com a sociedade (BALDAÇARA, 2015).

Os pacientes com transtorno da personalidade antissocial apresentam um exterior normal e até mesmo agradável e cativante. Suas histórias, entretanto revelam áreas de funcionamento vital desordenado. Mentiras, faltas à escola, fugas de casa, furtos, brigas, abuso de drogas e atividades ilegais são experiências típicas que, conforme o relato do

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paciente, começaram durante infância (KAPLAN; SADOCK; GREEB, 2003). São altamente manipuladores e frequentemente capazes de convencer outros indivíduos a participarem de esquemas que envolvam modos fáceis de obter dinheiro ou de adquirir fama e notoriedade, o que pode eventualmente levar os incautos à ruína financeira, embaraço social ou ambos (KAPLAN; SADOCK; GREEB, 2003).

A prevalência do transtorno é de 3% nos homens e 1% nas mulheres. É mais comum nas áreas urbanas pobres e entre

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