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Teoria e técnicas psicossociais

Por:   •  11/4/2018  •  2.655 Palavras (11 Páginas)  •  309 Visualizações

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Quais aspectos positivos e negativos este legado do século XX nos deixou? Positivo: os trabalhos comunitários e a busca de soluções dignas só têm sentido se fortalecerem as dinâmicas comunitárias dentro de uma perspectiva de libertação e transformação social. Negativo: identificam-se armadilhas presentes em análises fragmentadas e a históricas sobre as condições reais de vida da população.

INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL E COMPROMISSO :DESAFIO AS POLÍTICAS PUBLICAS

Com Sílvia Lane, na PUC, de São Paulo, a Psicologia Comunitária começou a adquirir espaço e visibilidade no Brasil, ainda em pleno regime militar. Iniciam-se com ela os primeiros trabalhos de estudantes de psicologia junto às favelas e bairros da periferia, na cidade de São Paulo, na busca de uma aproximação e desenvolvimento de trabalhos comunitários pró-conscientização e transformação. Com Martín-Baró, a Psicologia Social Comunitária e a Psicologia Política incorporam-se a vários outros trabalhos sociais no cenário salvadorenho, em pleno período de guerra civil, atuando junto à população na direção da transformação de suas condições precárias de vida. Ambos formaram gerações de pesquisadores e trabalhadores psicossociais que, hoje, atuam e trabalham seja em projetos comunitários, em políticas públicas, seja dentro das universidades na preparação e formação de novas gerações de psicólogos sociais e comunitários. Sílvia Lane e Martín-Baró constituem-se em dois importantes marcos na construção do Campo da Psicologia Social Comunitária no Brasil e na América Latina, que se distingue, histórica e politicamente, do campo correlato nos EUA e na Europa.

Psicologia Social Comunitária (PSC) passa a compor, efetivamente, os currículos de formação de modo constante e obrigatório, a partir da década de 1990. Ou seja, no Brasil, quase 30 anos após a criação dos cursos de psicologia é que a disciplina —psicologia comunitária ou psicologia social comunitária— sai do ostracismo e marginalidade, passando a integrar oficialmente o processo formativo dos futuros psicólogos.

Marcos de contrução da construção da psi social comunitária entre 1960 a 1990 : A) meados dos século XX, os chamados “trabalhos comunitários”, no Brasil e na América Latina, eram dirigidos aos setores populares e aos grandes contingentes de migrantes, tendo o intuito de adaptá-los, inseri-los ou adequá-los às novas condições de moradia, trabalho e convivência urbanas. B) Os projetos políticos oficiais desta época buscavam a participação de profissionais com a finalidade de que desenvolvessem projetos comunitários voltados para a neutralização das reivindicações dos novos moradores e/ou trabalhadores. C] Mesmo durante a ditadura militar no Brasil e em outros países da América Latina (anos 1960 a 1980), são desenvolvidos trabalhos claramente comprometidos com os setores populares e tendo a participação de psicólogos. D] Aparece a Educação assumindo um papel de compromisso com a transformação social E] Internacionalmente, presenciam-se inúmeras reivindicações contra a fome, miséria, desemprego, analfabetismo e doenças, F] A criação oficial da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), em 1980.

DESAFIOS CONTEMPORANEOS : Deparamo-nos, na atualidade, com inúmeros grupos e entidades cujos trabalhos comunitários defendem necessariamente alguma intervenção — independentemente do caráter ser transformador ou mantenedor — que esteja dirigida (seja numa perspectiva curativa e pontual, ou preventiva e educativa) aos mais ‘pobres, oprimidos, explorados’, aos que estão ‘excluídos da sua condição de cidadãos’ . Nesta linha de reflexão, no quadro atual, pode-se dizer, então, que nos deparamos com inúmeros projetos de intervenção e ação comunitária, que apresentam algumas incoerências e paradoxos. Embora tais trabalhos defendam uma melhora na vida das pessoas e manifestem uma preocupação com as condições sociais delas, os projetos políticos e os seus compromissos efetivos são secundarizados, sobressaindo uma forte preocupação para com a quantidade e eficiência das ações pró-cidadania e pró-inclusão, como se os resultados e os números pudessem substituir os processos de formação, conscientização e participação. Ou seja, como se tais resultados ‘eficientes’ pudessem, por si só, ser sinônimos de projetos e compromissos políticos, em longo prazo, para a construção de uma sociedade mais justa e melhor.

A PSICOLOGIA SOCIAL, COMUNITÁRIA E SOCIAL COMUNITÁRIA: DEFINIÇÕES DOS OBJETOS DE ESTUDO

A psicologia social iniciou os primeiros estudos acerca das multidões, o processo de

comunicação entre os indivíduos e a dinâmica das relações interpessoais representa o principal foco desta área de atuação. A psicologia comunitária enfatiza o estudo dos grupos nas comunidades e instituições sociais. A psicologia social comunitária integra as concepções anteriormente destacadas, fundamenta-se nos princípios éticos e humanitários com as práticas direcionadas para a participação coletiva.

Objeto de estudo da PSI SOCIAL : estuda a maneira pela qual as pessoas se relacionam e produzem formas de pensamentos e comportamentos em um determinado ambiente.

Destaca-se o estudo de Doise sobre os quatro níveis de análise em psicologia social: intraindividual, interpessoal, posicional e ideológico. O nível intraindividual refere-se aos processos psicológicos que são constituídos durante o desenvolvimento do indivíduo. O nível interpessoal enfatiza as relações que são estabelecidas pelo indivíduo na sociedade. Os níveis posicional e ideológico identificam a maneira pela qual as pessoas estabelecem uma relação no grupo e compartilham um conjunto de crenças e normas culturais.

Objeto de estudo da PSI COMUNITARIA : a psicologia comunitária tem o objetivo de promover mudanças em um contexto diante da participação dos indivíduos. O psicólogo identifica as demandas sociais e utiliza estratégias de intervenção para facilitar o diálogo com a comunidade. As práticas da psicologia comunitária são consideradas por diversos autores (como políticas sociais de assistencialismo). Este modelo de atuação direcionado para as famílias de baixa renda provoca uma série de críticas, pelo fato de centralizar a prática da psicologia comunitária as situações de pobreza.

Objeto de estudo da PSI SOCIAL COMUNIT (visão crítica acerca dos problemas

Sociais) a psicologia social comunitária enfatiza

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