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Teoria Interpessoal de Sullivan

Por:   •  22/3/2018  •  1.605 Palavras (7 Páginas)  •  1.219 Visualizações

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DINÂMICA DA PERSONALIDADE

Sullivan concebia a personalidade como um sistema de energia cujo trabalho é reduzir a tensão. Essa tensão varia entre relaxamento ou euforia e tensão absoluta.

Existem duas fontes de tensão: 1- A tensão que surge das necessidades do organismo como: falta de alimento, água ou oxigênio que produzirá desequilíbrio no organismo e também pode ter um caráter geral, como a fome ou a necessidade de sugar do bebê. As tensões podem ser vistas como necessidade de transformação de energia que acabará com a tensão e produzirá satisfação. 2- Tensão que resultam de uma ansiedade. Sullivan acreditava que a ansiedade é a primeira grande influência educativa na vida e é transmitido ao bebê pela mãe, ao expressar ansiedade em seu jeito, tom de voz e comportamento e essa transmissão provavelmente se realizaria através de um processo empático. Em conseqüência da ansiedade transmitida pela mãe, outros objetos do ambiente ficam carregados de ansiedade pelo modo de associar experiências contíguas o que leva o bebê a aprender a afastar-se de atividades ou objetos que aumentem a ansiedade. Quando o bebê não pode escapar da ansiedade, ele tende a adormecer – dinamismo do desligamento sonolento. Para Sullivan uma das grandes tarefas da psicologia é descobrir as vulnerabilidades básicas á ansiedade nas relações interpessoais.

Transformação da energia: A energia é transformada pelo trabalho, que pode ser uma ação dos músculos ou uma ação mental (pensar, perceber, lembrar) essas atividades têm como meta aliviar a tensão. Os padrões de tensões e de transformação de energia que se constituem na vida são reflexos da educação de uma determinada sociedade. Sullivan não aceitava a teoria de Freud da libido, pois não acreditava que os instintos fossem fontes de motivação humana, ele dizia que o indivíduo tende a se comportar de determinada maneira como o resultados das interações com as pessoas.

DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE

Sullivan considerava a personalidade de uma perspectiva de estágios definidos do desenvolvimento. Embora Sullivan não rejeitasse os fatores biológicos como condicionantes do desenvolvimento da personalidade, ele os subordinava aos determinantes sociais do desenvolvimento psicológico. Delineou seis estágios no desenvolvimento da personalidade antes do estágio final da maturidade. Esses seis estágios são típicos das culturas europeias ocidentais e podem ser diferentes em outras sociedades. São eles: infância, meninice, idade juvenil, pré-adolescência, adolescência inicial, adolescência final.

A infância se estende do nascimento ao aparecimento da fala articulada. Nesse período a zona oral é a zona primária de interação entre o bebê e seu ambiente. A amamentação oferece ao bebê sua primeira experiência interpessoal. O bebê desenvolve várias concepções do mamilo, dependendo das experiências que tem com ele. São elas: - O mamilo bom, que sinaliza a amamentação e é um sinal de que a satisfação está chegando.

- O mamilo bom, mas insatisfatório, porque o bebê não está com fome.

- O mamilo errado, porque não dá leite e é um sinal de rejeição e a subsequente busca de outro mamilo.

- O mamilo mau da mãe ansiosa, que é um sinal para a esquiva.

Os outros aspectos característicos da infância são: 1- o aparecimento dos dinamismos de apatia e desligamento sonolento; 2- a transição de um modo de cognição prototáxico para um paratáxico; 3- a organização de personificações, como a mãe má, ansiosa, que rejeita e frustra, e a mãe boa, tranquila, que aceita e satisfaz; 4- a organização da experiência por meio da aprendizagem e a emergência dos rudimentos do auto-sistema; 5- a diferenciação do corpo do bebê, de modo que ele aprende a satisfazer suas tensões independentemente da pessoa que faz a maternagem, sugando o polegar, por exemplo; 6- a aprendizagem de movimentos coordenados, envolvendo mão e olho, mão e boca e ouvido e voz.

A transição da infância para a meninice é possibilitada pela aprendizagem da linguagem e pela organização da experiência no modo sintáxico. A meninice se estende da emergência da fala articulada ao aparecimento da necessidade de companheiros para brincar.

O desenvolvimento da capacidade simbólica permite que a criança brinque de ser adulta. Sullivan chamou de dramatizações esses desempenhos “como se”. Isso também permite que a criança se dedique a várias atividades, manifestas e ocultas. Que tem o propósito de evitar a punição e a ansiedade. Sullivan as chama de preocupações. Um evento dramático da meninice é a transformação malevolente, o sentimento de que vivemos entre inimigos. A transformação malevolente distorce as relações interpessoais da criança, levando-a ao isolamento.

A sublimação aparece durante a meninice. O excesso de tensão que não é descarregado pela sublimação é gasto em desempenhos simbólicos, por exemplo, em sonhos noturnos.

O estágio juvenil se estende pela maioria dos aos iniciais do ensino fundamental. É um período para socializar-se, adquirir experiências de subordinação social a figuras de autoridade fora da família, tornar-se competitivo e cooperativo, aprender o significado do ostracismo, desprezo e sentimento grupal.

O período relativamente breve da pré-adolescência é marcado

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