RELATÓRIO EXTINÇÃO DO COMPORTAMENTO
Por: Hugo.bassi • 29/10/2018 • 1.691 Palavras (7 Páginas) • 319 Visualizações
...
---------------------------------------------------------------
Figura 1 – Gráfico das Respostas Acumuladas de Pressão e Contato a Barra
[pic 2]
Fonte: Relatório Extinção do Comportamento (2017)
O gráfico mostra as respostas acumuladas de pressão e de contato a barra. No eixo X, está o tempo em minutos, e no eixo Y estão as respostas acumuladas. De acordo com os dados, pode-se observar que o sujeito pressionava a barra e ia até o bebedouro, mas não havia sido reforçado, por conta disso, permanecia lambendo o bebedouro. Após passar 8 minutos, o sujeito aumentou as frequências de resposta de pressão a barra, em uma tentativa de conseguir a água. A partir do 11º minuto o sujeito experimental começa a apresentar comportamentos diferentes, como morder a barra, bater com suas patas e arranhar a mesma, dando a ideia de que o sujeito ficou raivoso com o reforço que não estava ocorrendo, aumentando a resposta de pressão a barra no 15º minuto. Após várias tentativas no 16º minuto, o sujeito suspende seu comportamento de pressionar a barra e seu último contato com barra foi aos 19 minutos do exercício. Os cálculos das taxas de respostas a pressão e contato a barra estão apresentados na tabela 1.
Tabela 1 – Cálculo das Taxa de Respostas de Pressão e Contato a Barra
RPB
RCB
Tempo (minutos)
TxRPB
TxRCB
40
9
19’
2,1 rs/min
0,47 rs/min
Fonte: Relatório Extinção do Comportamento (2017)
Os cálculos realizados foram da seguinte forma, dividiu-se as respostas de pressão a barra pelos minutos totais do exercício, diminuindo os dez minutos em que o sujeito não teve resposta nenhuma a barra, seguindo o mesmo cálculo para as respostas de contato a barra. Taxa de respostas de pressão a barra (TxRPB) = 40 RPB/19 minutos = 2,1 respostas por minuto. Taxa de respostas de contato a barra (TxRCB) = 9 RCB/19 minutos = 0,47 respostas por minuto. Após os cálculos realizados, foi realizada uma comparação com as equipes 06 e 08, segundo tabela 2.
Tabela 2 – Comparativo de Taxas de Respostas
Equipe
RPB
RCB
Tempo (min)
TxRPB
TxRCB
05
40
9
19’
2,1 rs/min
0,47 rs/min
06
45
26
39’
1,15 rs/min
0,66 rs/min
08
21
14
27’
0,77 rs/min
0,51 rs/min
Fonte: Elaboração da equipe a partir dos dados das equipes 05, 06 e 08 (2017)
É interessante observar que o sujeito com menor taxa de resposta de pressão a barra foi da equipe 08, que teve 0,77 respostas por minuto e o sujeito da equipe 05 teve a maior taxa, sendo 2,1 respostas por minuto. Já a taxa de resposta de contato a barra, o sujeito da equipe 05 teve a menor taxa de 0,47 respostas por minuto, enquanto que o sujeito da equipe 06 teve a maior taxa de 0,66 respostas por minuto. Observa-se também que o tempo variou muito de acordo com os sujeitos, o tempo menor de extinção do comportamento foi do sujeito da equipe 05, com 19 minutos, e o maior tempo para realização do exercício foi do sujeito da equipe 06, com 39 minutos.
DISCUSSÃO
A extinção do comportamento, segundo Keller e Schoenfeld (1968), é o rompimento da relação entre o ato e o efeito do condicionamento operante, em que a repetição das respostas dificulta a probabilidade de ocorrência, em virtude dos reforços não produzidos após as respostas obtidas. Reduzindo assim, a força do operante condicionado pela não presença do reforço. Segundo Skinner (2003), a extinção é um procedimento no qual uma resposta deixa abruptamente de ser reforçada. Como consequência, a resposta diminuirá de frequência e até mesmo poderá deixar de ser omitida. A definição completa de extinção dada por Millenson (1975) é dividida em quatro estágios. O primeiro estágio diz respeito a uma resposta operante que foi fortalecida antes do processo ser realizado. Segundo estágio seria o procedimento, em que o reforço é retirado. O terceiro estágio é o processo, observado como um declínio gradual da taxa marcado por frequências aumentadas progressivamente no período longo de não obter respostas. E por fim, o quarto estágio, chamado de resultado, em que os processos do comportamento se igualam aos dados de nível operante. Observa-se que Keller e Schoenfeld (1968) determinam que um operante só poderá existir se alguma força estar estiver presente antes de ser condicionado, com pelo menos uma emissão para ser reforçado. É chamada de nível operante a frequência não condicionada de emissão da resposta específica, sendo parte do exercício geral. Com a noção de nível operante, observa-se que a resposta extinta não alcançará uma frequência zero, mas retornará ao resultado obtido antes do condicionamento ser realizado. De acordo com Millenson (1975), a interrupção da relação entre a resposta operante e seu reforçador produz um comportamento característico, caracterizando o processo de extinção, como uma importante atribuição para a manutenção e construção dos padrões de comportamento.
Skinner (2003), descreve como extinção operante a resposta que tem sua
...