O PSICÓLOGO NO BRASIL: NOTAS SOBRE SEU PROCESSO DE PROFISSIONALIZAÇÃO
Por: Carolina234 • 23/5/2018 • 5.749 Palavras (23 Páginas) • 556 Visualizações
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Para Pereira e Pereira Neto (2003), segundo o referencial usado por eles, da Sociologia das profissões,
É possível constatar que a Psicologia conseguiu... todos os requisitos necessários para ser considerada uma profissão: conhecimento pouco acessível e institucionalizado, mercado de trabalho formalmente assegurado e autoregulação instituída em Conselhos e códigos de ética. Nesse sentido, o ano 1975 assinala o fim do processo de profissionalização da Psicologia no Brasil. (p. 25)
Com isso identificamos que a psicologia conseguiu por volta de 1970, todos os requisitos necessários para ser considerada uma profissão: conhecimento pouco acessível, mercado de trabalho formalmente assegurado, instituída em conselho e código de ética. Tendo assim como atuação as áreas de educação, organizacional e clínico.[pic 3]
O QUE É OUVIR
Nise da Silveira[pic 4]
Nise da Silveira inicia o seu relato sobre “Ouvir”, pontuando um trexo do texto de Rogers, “O primeiro sentimento básico que gostaria de partilhar com vocês é a minha alegria quando consigo realmente ouvir alguém”. Rogers quer relatar que na comunicação pode ocorrer um equívoco, escutamos a pergunta, respondemos, porém o que é repassado como resposta nem sempre corresponde o que foi questionado. Faltou o significado real da comunicação que foi realizada.
A palavra viva está sob a roupagem contingente do pensamento, é a efetuação desse pensamento. Se ficarmos nesta roupagem, não será possível atingir o algo vivo e presente. Ser ouvida, significa ser plenamente pronunciada.
Um dos relatos de Rogers na escola, foi que “muitas respostas são dadas diferente da pergunta realizada”.
Para Buber a palavra expressa relação, onde o ouvir é sentir a real necessidade.
O ouvir para Rogers é “Sentir o eu em contato com”, onde para Buber é o conhecimento íntimo.
É possível observar no trexo abaixo o quanto Rogers reforça a informação acima:
“Foi ouvindo pessoas que aprendi tudo o que sei sobre personalidade, sobre as relações inter-pessoais. Ouvir verdadeiramente alguém resulta numa outra satisfação especial. É como ouvir músicadas estrelas, pois por trás da mensagem emediata de uma pessoa, qualquer que seja essa mensagem, há o universal. Escondidas sob as comunicações pessoais que eu realmente ouço, parece haver leis psicologicamente ordenadas, aspectos da mesma ordem que encontramos no universo como um todo. Assim, existem ao mesmo tempo a satisfação de ouvir esta pessoa e a satisfação de sentir o próprio eu em contato com algo que é universalmente verdadeiro.”
Ricoeur,comenta Heidegger:
“Minha primeira relação com a palavra não é de produzí-la, mas de recebê-la. Esta prioridade da escuta estabelece a relação fundamental da palavra com abertura ao mundo e ao outro.”
“ Compreender é compreender-se diante do texto. Não se trata de impor ao texto sua própria capacidade finita de compreender, mas de expor-se ao texto e receber dele um si mais amplo, que seria a proposição de existência respondendo, da maneira mais apropriada possivel, á proposição de mundo.”
Filme: Senhora das Imagens
O espetáculo inicia com o personagem “Mariana” ouvindo vozes, que lhe repassa comandos a serem realizados como: Tocar e sentir as notas do piano como se fosse real. Neste momento é possível identificarmos o relacionamento, a afetividade, a beleza e a expressão simbólica que contribui no entendimento inicial do que se deseja relatar.
Por todo o filme nos permite avaliarmos a real necessidade do saber ouvir, como o seu entendimento será repassado para atual situação do seu atendimento. Por isso é necessário a presença por inteiro no antendimento, para que não exista a possibilidade de deixamos passar o relato principal do seu cliente, pois neste relato pode está a resposta que procuramos para iniciarmos o nosso acompanhamento psicologico para com o paciente.
Cartas a um jovem terapeuta
[pic 5]
O autor deste livro, é Dr. Em psicologia, o psicanalista e ensaísta Contardo Calligaris nasceu na Itália e formou-se na França, onde viveu quase 20 anos. Casado com uma brasileira, tem três filhos e se radicou no Brasil no fim da década de 1980.
O livro apresenta uma série de cartas escritas pelo psicanalista Contardo Calligaris a dois terapeutas que estejam iniciando na profissão ou começando sua formação. Instigado pelas perguntas de seus correspondentes, ele compartilha seu conhecimento, narra, discute e revela os bastidores da profissão. Para o autor, é a ocasião de repercorrer seu caminho emedir as escolhas feitas; para o leitor é a ocasião de se deparar com um terapeuta que fala de sua experiência com a granqueza de quem convers com um amigo.
O livro apresenta uma visão crítica e profunda da área e atuação do psicologo. Nos proporciona uma auto avaliação sobre a nossa escolha pelas profissões que rodeiam o curso de psicologia.Pois é bem questionado em algumas cartas, como os iniciantes na profissão de psicoterapeuta possuem uma visão de muita gratidão do seu paciente e ou familiares, contudo essa não é a nossa realidade e se hoje existir pessoas com está visão, por favor, mudem de curso, estão no lugara errado.
Existe uma comparação muito importante relatada em uma das cartas, que é a confiança que o paciente tem pelo médico, que ao prescrever o medicamento, o paciente logo vai em busca de adquirir a medicação. Essa realização de confiança deve existir em todas as profissões da área de sáude, pois a terapia pode ser considerada como uma parte do medicamento que deverá ser consumido.
Entre tantos bilhetes, um dos bilhetes me chamou atenção. O 1º bilhete do 2º quadro – O autor da resposta ao psiquiatra que lhe relata que escolheu um analista travesti e gostaria de saber a opnião dele. Ao relatar esta escolha ele informa que escolheu uma pessoa de confiança para ser o seu analista e não a sua sexualidade. O autor o elogia informando que a sua escolha foi sabia e não preconceituosa, independente da sexualidade existe o profissional e retorno de confiança que deve ser repassado aos nossos clientes é de suma importância.
No 4º quadro “Amores Terapeutico” identificamos
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