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O Desenvolvimento Psicossocial na Infância

Por:   •  5/12/2018  •  1.835 Palavras (8 Páginas)  •  356 Visualizações

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Bebês de apego seguro aprenderam a apego evitativo, padrão em que o bebê raramente chora quando separado do cuidador principal. O apego ambivalente (resistente) é o padrão em que o bebê se torna ansioso antes da ausência do cuidador principal, fica extremamente perturbado com sua ausência. O apego desorganizado-desorientado, refere-se ao padrão em que o bebê, após a ausência do principal cuidador, demonstra comportamentos contraditórios, repetitivos ou mal direcionados. (PAPALIA E FELDMAN, 2013, p. 220, 221)

A criança que consegue estabelecer um apego seguro com o cuidador, tem mais chances de desenvolver relacionamentos saudáveis com as pessoas ao seu redor. Se a criança, assim como o bebê, tiver uma base segura e puder contar com a responsividade dos pais e dos cuidadores, ela terá confiança suficiente para se envolver ativamente em seu mundo (Jacobsen e Hofmann, 1997 apud Papalia e Feldman, 2013). A relação do bebê com o cuidador é muito intensa, é possível interagir com a criança de diversas formas, sendo que essa interação deve ser feita adequadamente e com afeto, a sensibilidade aos estados mentais e emocionais de ambos é definida como regulação mutua. (Papalia e Feldman, 2013). Os bebês conseguem se comunicar efetivamente através da regulação mutua, enviando sorrisos e outros sinais para os cuidadores, é esperado que o cuidador responda aos sinais da criança de forma apropriada afim de buscar uma sincronia interacional. Se o cuidador não responde aos sinais da criança, ela s sentirá frustrada e magoada. A criança busca constantemente informações emocionais para moldar seu comportamento, através de sinais vindos do cuidador. O cuidador é sua referência social, visto que é nele em que está depositada sua confiança, por esse motivo a criança diante de situações adversas buscará interpretar a percepção que o cuidador tem sobre a situação.

“Quando, diante de um desconhecido ou de um novo brinquedo, o bebê olhar para o seu cuidador, isso significa que ele estará estabelecendo uma referenciação social. ” (PAPALIA E FELDMAN, 2013, p. 225)

Conforme a criança vai se desenvolvendo, sua referenciação também evolui, visto que ela já faz uso da linguagem. A partir daí então as informações recebidas de seus cuidadores são mais confiáveis do que as informações vindas de um desconhecido. A partir dos primeiros aniversários o bebê torna-se criança, conseguindo então mais autonomia e desenvolvendo sua personalidade, a linguagem e o andar já fazem parte do seu repertório de habilidades. Com o desenvolvimento das crianças os cuidadores conseguem compreender mais claramente as mensagens emitidas por elas.

Com o crescimento da criança, ela irá começar a ter noção de que é um ser único, separado do resto do mundo, a criança começa a perceber que tem a capacidade de controlar eventos externos. Esse autoconceito é alcançado a partir da interação com seus cuidadores, diferenciando a sua pessoa dos outros. O amadurecimento da criança é visível com o passar dos anos, seja físico, cognitivo ou emocionalmente, a partir do momento em que ela descobre suas habilidades, ela começa a buscar sua autonomia diante das tarefas do dia-a-dia. Essa etapa é marcada pela passagem do controle externo para o autocontrole. A medida em que descobre sua autonomia a criança começa a substituir conceitos vindos de seus cuidadores pelos seus próprios conceitos, por isso é necessário que haja limites impostos pelos cuidadores sobre as crianças afim de que reconheçam a própria necessidade do limite. Segundo Papalia e Feldman (2013) a partir do momento em que a criança desenvolve habilidades, valores e motivações, começa o processo de socialização. A socialização depende da internalização dos padrões sociais. A autorregulação é a base da socialização e vincula todos os domínios do desenvolvimento – físico, cognitivo, emocional e social. Para aprender os padrões sociais a criança toma como base sua referência, que são seus cuidadores, ela absorve a informação sobre a conduta que seus cuidadores aprovam, a partir daí ela começa a internalizar os padrões morais. Com o medo de fazer algo errado, algo em que ela acredita que não está certo, não porque alguém lhe disse isso, como na autorregulação, a criança desenvolve sua consciência moral. A consciência moral serve como um controle do comportamento da criança e quando ela não segue essa consciência geralmente há um desconforto emocional. A consciência moral é extremamente importante para se viver em sociedade. A partir do momento em que a criança começa a viver em sociedade, entrando em contanto com outras crianças, o aprendizado é ainda maior. As brincadeiras na escola ou com amigos próximos, as atividades cooperativas auxiliam para que estabeleçam um vínculo saudável. De acordo com Papalia e Feldman (2013) algumas crianças são mais sociáveis que outras, refletindo traços de temperamento como o seu humor habitual. A sociabilidade também é influenciada pela experiência, crianças mais “livres” que consequentemente tem mais contato com outras crianças, são mais sociáveis.

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