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Intervenções e psicoterapia breve no contexto hospitalar

Por:   •  30/4/2018  •  1.405 Palavras (6 Páginas)  •  450 Visualizações

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Há uma diferença entre o sujeito na urgência e o paciente da urgência. O sujeito na urgência pode estar desacordado, em como ou calmo, enquanto o sujeito da urgência pode ser o acompanhante que não se sente em condição de lidar com a situação estressante e difícil.

O tipo de estruturação familiar existente se expressará na forma como a família pode lidar com as doenças crônicas em fase de agudização. Famílias mais estruturadas, são consideradas como terapêuticas, tendem a viver o momento crítico, buscando alternativas e aliando-se a equipe multidisciplinar na resolução de medidas práticas. As famílias disfuncionais, consideradas iatrogênicas, tendem a atritar-se com a equipe, mostrando-se não colaboradoras, agressivas, buscando transferir para a equipe ou para o hospital os seus conflitos e culpas.

Uma outra importante área de atuação hospitalar, concerne as interconsultas, que se constituem em intervenções breve e emergenciais que ocorrem em um momento critico, podendo em muitos casos ser considerados como preventivas. As interconsultas são solicitadas quando a equipe de saúde não consegue mais manejar a situação, sendo essa interconsulta uma intervenção orientada a partir do campo interacional, estruturada a partir da observação do campo que se configura na interação entre a equipe de saúde.

O serviços de interconsulta, é importante na relação médico-paciente, no sentido de capacitar o profissional a ouvir a demanda do paciente, concedendo-lhe o direito de saber o que tem e decidir o que fazer. Com isso o profissional pode lidar com a própria angustia , sem precisar de um terceiro. Nas interconsultas psicológicas, nas internações possibilita uma intervenção de caráter breve emergencial, visando a aliviar os estados de ansiedade ou depressão que possam ser desencadeados ante a necessidade de procedimentos clínicos.

A escolha de uma modalidade de atendimento depende da demanda daquele que busca. No contexto hospitalar podemos pensar em intervenções breve no atendimento de pacientes e pronto-socorro e mais diversas situações e clínicas, no suporte aos cuidadores, sejam eles familiares ou parte da equipe, essas intervenções possuem aspectos preventivos.

Existem situações na quais o atendimento psicológico torna-se essencialmente tanto para a família quanto para o paciente: transplantes, vitimização por violência, acidentes graves, tentativas de suicídio, politraumatismo, internação em UTI, CTI, nos casos de intubação oro-traqueal, em casos em que as manobras de ressuscitação se tornam necessárias, HIV, patologias oncológicas, crianças e adolescentes hospitalizados. Para a família o atendimento preferencial em caso de óbito, coma, morte encefálica, doação de órgãos, e os casos acima citados. A escuta ocorrida durante as intervenções breves, podem abrir a possibilidade de um encaminhamento para um serviço de psicologia e / ou psiquiatria.

A psicoterapia breve em geral ocorre no contexto do ambulatório de um serviços de saúde mental ou de um hospital geral. Em alguns casos, a intervenção em crise também pode ocorrer no contexto de uma psicoterapia breve, quando a vida em sua intensa e constante fluxa altera a vida do sujeito, tais situações podem levar a uma redefinição dos objetivos previamente estabelecidos. A psicoterapia breve nas situações emergenciais visa a avaliar os sentimentos predominantes, o nível de estresse pró-traumático, a desorganização da vida pessoal. Alguns objetivos gerais da psicoterapia breve no contexto hospitalar são: conscientização das dificuldades e ou limitações físicas e psíquicas: a substituição de informações errôneas ou distorcidas por informações corretas com espaço para serem compreendidas, com as angustias e fantasias mobilizadas, podendo ser pensadas e assimiladas; a busca de novas respostas mais adaptativas e condizentes com a forma de ser do paciente; melhora da auto-estima e consequentemente na qualidade de vida: adesão aos procedimentos de tratamento adotados.

Esses objetivos funcionam como um molde geral que deverá ser compreendido considerando-se a subjetividade e a demanda de casa caso e de cada relação terapêutica estabelecida, sempre única e transformadora.

Uma das dificuldades com a qual nos deparamos é a pobreza de uma população que tem dificuldade de se locomover, dificuldade para se alimentar e para acompanhar alguém e a impossibilidade de faltar no trabalho. Essas questões devem ser levadas em consideração ao se indicar e planejar uma psicoterapia breve. A modalidade de psicoterapia oferida, de apoio, suportativa, de mobilização de ansiedades, em grupo, individual, familiar, precisará considerar a demanda de casa caso, a capacitação dos profissionais e estrutura dos serviços. A psicoterapia breve pode ser oferecida para crianças e adolescentes jovens torna-se aconselhável trabalhar

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