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O TDA DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR

Por:   •  28/9/2017  •  3.315 Palavras (14 Páginas)  •  482 Visualizações

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- A AJUDA DOS PAIS EM RELAÇÃO AOS FILHOS COM TDA

A criança que tem TDA precisa de muita atenção e cuidados da parte dos pais ou responsáveis por elas. Os pais na sua maioria desconhecem doenças que não sejam físicas e muitas vezes sentem-se culpados, ou se negam aceitar e a levar essa criança para obter ajuda especializada, sem o diagnóstico e o tratamento ideal faz com que a criança fique muito mais desatenta, frustrada e com baixa autoestima criando fatores prejudiciais de relacionamento pessoal, incluindo vida social e no trabalho, podendo agravar para situações muito piores.

Nas pesquisas de caracterização sócio-emocional, o estilo de criação e as características de personalidade dos pais são considerados fatores que interferem no desenvolvimento e curso do transtorno.

Ajuriaguerra e Marcelli (1984/1986) abordam a questão clínica da síndrome, considerando que o transtorno hipercinético pode ser um estado reacional a uma situação traumatizante ou ansiogênica que responde a uma angústia permanente.

Psicólogos orientam os pais uma série de precauções que devem ser tomadas para que a criança sofra o menos possível nas quais se adaptem melhor ao ensino, e na parte afetiva/social, muitos profissionais indicam métodos delicados para melhor convivência com essas crianças, são eles:

- Não ficar dando ordens à criança de longa distância, porque a criança habitualmente desatenta não poderá entender o que deseja da parte dela.

- Não dificultar as atividades, pois a criança fixa na memória em curto prazo suas atividades que deve fazer, e se as sobrecarregar nada será feito. Não exigir muito da criança, ou dar muitas explicações, pois no final de tudo a criança já não se lembrará do que foi dito.

- Dar ordens claras para as crianças porque elas não sabem o que seus pais esperam de seu comportamento em relação a lugares e pessoas.

- Não converse com a criança como se estivesse fazendo perguntas, seja claro nas suas palavras, pois os pais podem deixar margens para a criança decidir o que dizer inclusive um não.

- Os pais não devem fazer ameaças ou perder a paciência com a criança, isso pode levar a criança a estabelecer o mesmo comportamento em que ela se encontra, incluindo fazer o contrário do que é proposto pelo adulto.

- Dar ordens com antecipação também não é uma boa saída, se a criança estiver fazendo algo prazeroso no momento e os pais vierem dar ordens para fazerem depois, ao mesmo tempo em que a criança não vai lembrar, estragará o momento bom em que a criança se encontra no momento.

- Muitas ordens repetidas para a criança quando ela se nega a algo, também é um reforçador de sua desobediência.

Segundo Barkley e cols. (1998), para esta “desatenção seletiva” relaciona-se à motivação e ao prazer desencadeado pela tarefa, como se essa criança fosse movida por estímulos excitantes, onde o mundo tem que ser interessante e tudo aquilo que for aborrecido, tedioso, prolongado ou repetitivo não tem um atrativo intrínseco.

Os pais como figuras fundamentais, devem procurar informações sobre os direitos educacionais, fazer parcerias nas escolas tentando acompanhar o progresso de seus filhos, reforçar e valorizar os talentos e as qualidades de seus filhos para que a autoestima dessas crianças possa ser aumentada, sabendo que seus pais os apóiam e os amam se sentirão valorizados e confiantes.

Na rotina da criança os pais ainda podem ajudar na associação dos comportamentos com as consequências dos erros das mesmas, podendo ajudar na aproximação com outras crianças sem serem rejeitadas.

No mundo de muita correria, os pais devem preservar um tempo especial para estar com os filhos e fortificá-los sem esperar perfeição deles, não se esquecendo de que no dia a dia colocar limites claros para que as crianças entendam o que se esperam delas, pois todas têm dificuldades em espaços ambíguos, não entendem entre linhas, não significa que são preguiçosas desobedientes ou mal educadas.

Os profissionais e psicoterapeutas experientes que conhecem as causas do fracasso escolar, dizem ser muito proveitoso o acompanhamento dos pais com a criança, pois podem dar o suporte necessário para que os filhos superem os obstáculos escolares encontrados sem interrupções nas suas tarefas, pois a criança com TDA tende deixar suas atividades inacabadas.

Um grande fator propício para criança se sentir melhor é deixar a casa o mais organizado possível, ventilação e luz adequados para os estudos, lugares sem estímulos são recomendados para que não tirem a concentração da criança, e procurar estimular a criança em fazer amizades e atividades prazerosas.

A criança com TDA pode levar uma vida como outra criança qualquer, basta seus cuidadores atentar-se aos cuidados e procurar especialistas no assunto para ajudar resgatar os pontos fortes e aperfeiçoar as dificuldades.

- TDA E O AMBIENTE ESCOLAR

Devido ao fato de não conseguirem manter a atenção e concentração por tempo suficiente e com a intensidade adequada, crianças com TDA tem, frequentemente, dificuldades em aprender e memorizar. Com o turbilhão de acontecimentos e coisas para fazer em sua mente, a criança TDA apresenta dificuldade para manter a concentração, trazendo problemas para reter informações e concluir tarefas. Por causa de estímulos exteriores que as atraem, normalmente não terminam as tarefas que começam. Isso acontece não porque não possa, não queira ou porque seja pouco capacitada, mas devido à consequência de sua hiperatividade/impulsividade física e/ou mental.

Em virtude à estreita convivência dos professores com seus alunos, esses profissionais podem efetuar importantes observações sobre o comportamento e relações interpessoais dos estudantes assumindo o papel de colaboradores no processo de avaliação do transtorno, já que os sintomas do TDA apresentam-se mais visivelmente na escola, levantando hipóteses e encaminhando-os a profissionais habilitados que possam realizar um diagnóstico preciso.

Para que isso ocorra, o profissional precisa ter conhecimento das principais características que fundamentam o comportamento de uma pessoa com Transtorno de Déficit de Atenção, que se encontram no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais cuja sigla é DSM-lV (Diagnóstic and Statistical Manual of Mental Disorders) da Associação Norte Americana de Psiquiatria,

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