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Campo profissional do psicologo em organizações

Por:   •  19/11/2018  •  1.591 Palavras (7 Páginas)  •  289 Visualizações

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também foram desenvolvidas e construíram o crescimento da área no país.

As funções do psicólogo no Brasil até meados do século XX, não ultrapassavam do treinamento, recrutamento, analise ocupacional, avaliação de desempenho e seleção de pessoas.

A gestão desenvolvimentista, com o comando do Presidente Juscelino Kubitscheck, acarretou na vinda das montadoras internacionais ao Brasil, contribuindo assim para que as décadas seguintes fossem marcadas pela importação tecnológica e modismos trabalhistas.

A atividade no trabalho é de elevada importância na construção das interações humanas, permitindo comprovar que as modificações no mundo do trabalho, ao longo dos séculos, promoveram diferentes formas de subjetivação e de formação dos agrupamentos humanos e da sociedade em geral, como também no plano psicológico do círculo profissional, pois as pessoas são diretamente afetadas em seus valores, projetos de vida e autoestima.

Com o aumento do desemprego e do subemprego, a reconfiguração organizacional e do trabalho são fontes de tensão psicossocial, desde consequências para o individuo e até para a comunidade, buscando estruturas organizacionais mais flexíveis.

Surge então às organizações em redes e as redes intra-organizacionais do psicólogo em equipes multidisciplinares de recursos humanos, que conduziu atividades até então desempenhadas por outros profissionais, e que foram incorporadas nas competências de atuação do psicólogo.

Na ausência de um sistema amplo de especialização em Psicologia Organizacional e do Trabalho no Brasil, fez com que os psicólogos adentrassem em cursos de especialização, mestrados em administração, a qual se pode explicar o aumento das competências na área de administração de pessoal, surgindo psicólogos comprometidos e com planejamento de cargos, remuneração e benefícios, tendo também um enfoque no planejamento global das necessidades de recursos humanos.

Houve grande transformação na carreira do psicólogo, com estruturas mais sólidas passou a prestar serviços de assessoria e consultoria integrada aos procedimentos.

A organização teve que se esforçar para acompanhar as transformações a sua volta e as ações internas da comunidade organizacional, onde cabe ao psicólogo conhecer o processo total de trabalho, ter consciência das suas atribuições e das unidades, de modo a articular valores, metas, missões, visões, e estratégias organizacionais para colaborar com os processos administrativos, objetivando a aumentar a capacidade estratégica consolidada e uma organização apta às mudanças, fortalecendo também a formação de equipes com alto desempenho concomitantemente visando desenvolver a capacidade gerencial de refletir e questionar as próprias finalidades, a forma de efetivar os processos a serem utilizados e assim para atuar com base nesses princípios requer que o psicólogo tenha persistência e integração multiprofissional, combatendo toda forma de opressão, visando o bem estar coletivo.

O desenvolvimento do campo passa a ter outro foco além de tentar compreender o desempenho individual, das equipes e da organização, mas com atenção direcionada aos problemas de saúde do trabalhador.

O psicólogo passa a ter preocupação não só com as organizações na sua profundidade, competitividade e qualidade e com a gestão de pessoas e politicas de pessoas, mas com a saúde dos trabalhadores e sua qualidade de vida, de uma forma integrada, com fenômenos articulados em uma complexa rede de multideterminações recíprocas e que define o campo presente.

Um marco se /faz presente com essa compreensão, revelando a institucionalização da POT como domínio específico da psicologia, que define interface com inúmeros campos científicos e profissionais.

Podemos assinalar também outro marcos importante dessa trajetória, o primeiro número da Revista de Psicologia: Organização e Trabalho, primeiro periódico da área no Brasil, que foi resultado de debates entre os membros dos Grupos de Trabalho em Psicologia Organizacional e do Trabalho (GTOPOT), originados em simpósios da Associação Nacional de Pesquisa e Pós Graduação em Psicologia (ANPEPP), com a finalidade de agregar profissionais da área no país, onde em 2004 realizou o primeiro Congresso Brasileiro de Psicologia Organizacional e do Trabalho, que aconteceu em Salvador (BA) com um numero expressivo de participantes e trabalhos apresentados revelando a maturidade de uma área profissional e cientifica que precisava de estruturas para dar visibilidade à sua produção. Essas iniciativas fortaleceram a reflexão sobre os conhecimentos produzidos e sobre a identidade pessoal.

Apoiados na hipótese de que a psicologia é um campo disperso e que o respeito à diversidade é fundamental, destaca a centralidade do trabalho com atividade humana e social e a importância de organizar como processo o mecanismo socialmente criado para atender as necessidades coletivas.

As transformações ocorridas no campo de atuação do psicólogo revelam um processo contínuo de argumentação. A base do bem-estar ou do adoecimento no trabalho está nas decisões políticas organizacionais, pois as condições de trabalho podem ser desumanizadoras e precárias em inúmeros segmentos como, indústria, comércio, escola, hospital, sindicato, cooperativas populares, entre outras. Assim podemos dizer que a compreensão do trabalho não se dá pela cisão, mas, pela análise de sua interdependência com múltiplos aspectos do meio, com destaque para os contextos definidos como organizações. Todas as áreas disciplinares experimenta um processo histórico de construção e assim surgem momentos distintos da história que vivenciam processos de transformação que podem conferir diferentes configurações

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