Avaliação psicológica no contexto escolar
Por: Ednelso245 • 1/9/2018 • 2.114 Palavras (9 Páginas) • 295 Visualizações
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entendido este como complexo processo de transmissão cultural e de espaço de desenvolvimento de subjetividade.
Dentro do contexto escolar o psicólogo poderá atuar de diversas maneiras e em diversas ocasiões, tais como, na aprendizagem e desenvolvimento humano, na educação especial, organização e funcionamento escolar, com técnicas de aconselhamento e modificação de comportamento, organização e administração de serviços, na promoção da inclusão, integração entre família-escola, com foco na prevenção, capacitação prática dos profissionais, dentre outras.
Tradicionalmente os psicólogos tendem a basear a sua prática em modelo médico de prestação de serviço, realizando avaliação, diagnóstico, encaminhamento e tratamento aos alunos que foram encaminhados a eles. Como relata Cruces (2003), citado por Oliveira & Marinho-Araújo (2009 p. 649) assim como o psicodiagnóstico, aplicações de testes, avaliações e outras atividades consideradas exclusivas do psicólogo, prevalece também no âmbito escolar.
De forma geral, a psicologia escolar, enquanto prática em construção, deve ser capaz de compreender a Educação e através dos princípios éticos aliados a técnicas e instrumentais bem estruturados, ser agente de mudança e geradora de novas possibilidades através da criticidade, competência e dinamismo profissional (Joly, 2001)
Avaliação psicológica no âmbito educacional
A escola é um espaço de várias possibilidades de trabalho em Psicologia. Com uma abordagem institucional, o psicólogo educacional pode compreender e intervir nas relações que se estabelecem entre os diversos setores da escola, propiciar entendimento e manejo de situações especificas, seja com o corpo docente, famílias ou estudantes, participar da elaboração do projeto político pedagógico da instituição, colaborando com a promoção de cidadania e efetiva inclusão social. (Gonzatti, Courel, Susin & Oliveira, 2011, p. 10)
Ainda segundo as autoras Gonzatti, Courel, Susin e Oliveira (2011, p. 10) avaliações psicológicas no âmbito educacional podem contar com o auxílio de instrumentos científicos, pode ajudar na compreensão de algumas características que estão vinculadas ao processo de aprendizagem, como por exemplo capacidades de leitura, escrita, aritmética, funções executivas, memória, atenção, inteligência, habilidades psicomotoras, habilidades sociais, motivação para aprender, criatividade, investigação de interesse vocacional, de sintomas de estresse, depressão, ansiedade, hiperatividade dentre tantas outras situações que aparecem no ambiente escolar. Neste aspecto, cabe salientar a importância da avaliação psicológica estar integrada ao processo de avaliação multidisciplinar, sendo ainda mais eficaz e válida em seus objetivos, tanto para a escola e para a família, quanto para os estudantes.
O avanço nas técnicas utilizadas só tem a contribuir para uma avaliação que privilegie o sujeito como um todo, conhecendo suas potencialidades e limitações. Estes procedimentos tem como objetivo geral visar a construção de conhecimento sobre um sujeito, grupo, organização, comunidade ou fenômeno, a partir de um escopo teórico e metodológico, gerando um diagnóstico e consequentemente a possibilidade de um plano de intervenção. (Silvestre, 2009)
Cabe ao psicólogo, que irá realizar a entrevista ou aplicação de teste, a não rotulação dos aluno, trabalhando com a queixa trazida de uma forma cautelosa, investigando todo o contexto escolar e levando em consideração a subjetividade de cada aluno, bem como seus aspectos sociais. Os reflexos de uma avaliação psicológica podem ser integradores ou motivo de discriminação e exclusão do aluno. (Cunha, 2014)
Etapas da avaliação
Para a realização da avaliação psicológica é necessário seguir uma estrutura. (CFP, 2007).
* Primeira: Identificar os objetivos da avaliação considerando a individualidade dos sujeitos. Também definir um plano de ação juntamente com a seleção de instrumentos que serão utilizados;
* Segunda: é o momento de por em prática, utilizando as ferramentas selecionadas na etapa anterior. Tendo como finalidade, levantar as informações e hipóteses;
* Terceiro: integração das informações coletadas e a confirmação das hipóteses;
* Quarto: este item da estrutura esta voltado para a conclusão do profissional seguido do feedback de acordo com cada sujeito e/ou motivo que levaram a Avaliação Psicológica.
No contexto escolar a avaliação segue a mesma estrutura, com o objetivo de compreender, orientar e realizar o encaminhamento, se assim for necessário. É neste momento que o trabalho multidisciplinar ganha maior destaque, pois nele torna-se possível entender o sujeito de forma mais ampla tornando a avaliação mais eficaz, dessa forma espera-se uma avaliação bem sucedida destacando as restrições, mas também as potencialidades.
Instrumentos e testes
Segundo Freitas e Noronha (2005), os instrumentos mais utilizados na prática do psicólogo escolar/educacional São: ENTREVISTAS, DINÂMICAS DE GRUPO, TESTES PSICOLÓGICOS.
Entrevistas: são instrumentos fundamentais para o psicólogo e outros profissionais como sociólogo, psiquiatra e assistente social e se diferencia das outras formas de entrevista devido a seus objetivos puramente psicológicos (investigação, diagnóstico, terapia, etc.). Pode ser de dois tipos fundamentais: aberta e fechada. Na entrevista aberta há uma maior flexibilidade, pois o entrevistador conduz o curso das perguntas de acordo com a necessidade e o caso, em detrimento da entrevista fechada onde tanto a ordem quanto a maneira de formular as perguntas já estão previstas e não podem ser alteradas. (Silvestre, 2009)
Dinâmica de grupo: estas são adequadas para todos, na escola permitem trabalhar, por parte dos educadores e animadores, diversas questões como a apatia, agressividade, instabilidade, emotividade promovendo que os alunos adquiram a
capacidade de se apreciarem de forma realista e positiva facilitando as relações interpessoais de forma saudável e equilibrada. (Educamais, 2016)
Testes psicológicos: Os testes psicológicos são instrumentos de uso privativo dos psicólogos, com base na Lei nº 4.119/62. Esses instrumentos podem ser utilizados em vários contextos de atuação do psicólogo como em instituições (escolas,
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