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A Análise Funcional do Comportamento

Por:   •  22/11/2018  •  2.151 Palavras (9 Páginas)  •  425 Visualizações

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dos computadores, os participantes utilizaram caneta, cronômetro, folhas de registros e um pen drive para salvar os arquivos no final das sessões.

2.3 Procedimentos

Foram necessárias 5 sessões, sendo uma sessão para cada exercício, em que, o critério de encerramento das sessões foi a obtenção do comportamento alvo. A primeira sessão consistiu em os participantes observarem as ações do sujeito em nível operante, registrando as ações de farejar, levantar, limpar-se, beber água e pressionar a barra, durante 15 minutos. A segunda sessão foi destinada a registrar as mesmas ações em CRF, onde um dos participantes modelou o sujeito através do emparelhamento de som/alimento e treino ao comedouro e o outro participante se encarregou de registrar as ações nas folhas de registro e controlar o tempo através do cronômetro, também de 15 minutos. Após concluir o condicionamento do sujeito, passou-se para a terceira sessão, esta de 30 minutos, onde foi retirado o reforço (pelota de alimento), e através do controle de tempo feito pelos participantes, observou-se que a partir do 18º minuto, o comportamento de RPB entrou em extinção. A quarta sessão consistiu em treino discriminativo do sujeito já modelado em reforço contínuo, onde se registrou as respostas do sujeito em SD e S∆, durante 30 minutos. Para realização do experimento, foi estabelecida uma intensidade de som em 1.75 para S+ e 2.0 para S-, intercalando-se os minutos, assim, um dos participantes observava e ditava as ações de RPB tanto na presença do reforço, quanto na ausência do mesmo, enquanto o outro participante registrava. A quinta e última sessão foi realizada em esquema de Razão Fixa durante 15 minutos, sendo que o primeiro registro se deu após o sujeito ter sido previamente treinado, onde recebia o reforço, inicialmente a cada 2 respostas, passando para cada 4 respostas, depois para cada 8 respostas e finalmente para cada 10 respostas, que era o objetivo do exercício. Após o condicionamento se estabilizar em 10 pressões a barra para obter o reforço, então um dos participantes observava mencionando todas as ações do sujeito e o outro se ocupava de registrar e controlar a passagem do tempo por meio de cronômetro.

3. RESULTADOS

Figura 1. Gráfico de resultados da 1ª e 2ª sessões em NO e CRF

Durante a primeira sessão se observou e se registrou durante 15 minutos, os comportamentos comuns do sujeito, especificamente farejar, levantar, limpar-se e beber água, a fim de produzir dados comparativos para o objetivo posterior, ou seja, o condicionamento verificado na segunda sessão.

Os resultados apresentados na figura 1 mostram que as taxas em Nível Operante para as ações de farejar 11,6; levantar 6,33; limpar-se 6,8 e beber água 1,73, foram superiores em relação à resposta de pressionar a barra 0,73.

Na segunda sessão foram feitos procedimentos de treino ao comedouro e modelagem, o qual consistiu em emparelhamento entre som e alimento; modelagem do sujeito por aproximações sucessivas à barra e reforçamento da ação de pressionar a barra para obter alimento, onde se observa que a taxa RPB aumentou para 16,13, enquanto que a frequência dos outros comportamentos diminuiu, a saber: farejar 3,26; levantar 2,8; limpar-se 2,73 e beber água 0,4.

Figura 2. Gráfico representativo do Reforçamento Contínuo CRF

Na figura 2, a curva em ascensão demonstra que o experimento obteve a resposta desejada, portanto conclui-se que, após terem sido reforçadas todas as vezes, com o passar do tempo, as respostas do sujeito de pressionar a barra para receber o alimento como consequência, passaram a serem mais frequentes e mais precisas.

Figura 3. Extinção do Operante pela ausência do reforço

A figura 3 demostra que, após o reforço ser retirado, o sujeito logo em seguida passou a pressionar a barra aceleradamente durante os primeiros 6 minutos a uma frequência média entre 20 a 30 pressões por minuto, acumulando 119 pressões durante este tempo. A partir do 7º minuto essa frequência diminuiu consideravelmente até que a partir do 18º minuto, o sujeito parou de pressionar a barra, retornando aos níveis operantes, houve então a extinção do comportamento modelado em CRF.

Figura 4. Representação gráfica de curvas em SD e S∆

A figura 4 apresenta os resultados do treino discriminativo, onde a intensidade de estabelecida em S+ 1.75 kHz, sinalizava o reforço (SD) e intensidade de S- 2.0 kHz, sinalizava a ausência do reforço (S∆). Os valores iniciais demonstram que o sujeito respondia indiscriminadamente, com frequência maior em S- nos primeiros 14 minutos da sessão, a partir do 15º minuto, os valores da curva em S+ ultrapassam os de S- indicando que o sujeito aprendeu a discriminar os estímulos respondendo apenas em S+, a frequência de respostas do S∆ diminuem nos próximos minutos até que no 22º minuto entra em extinção.

Figura 5. Curva de esquema de reforçamento intermitente em Razão Fixa

Na figura 5, a curva demonstra em uma maior proporção gráfica, que o reforço intermitente obteve taxas superiores em relação ao reforço contínuo. Neste esquema de reforçamento, a pelota de alimento era apresentada somente depois de 10 respostas de pressão a barra serem emitidas pelo sujeito, sendo que uma maior frequência de RPB foi observada imediatamente antes da apresentação do alimento (reforço) e uma pausa imediatamente depois de receber o alimento.

4. DISCUSSÃO

O objetivo deste trabalho foi demonstrar através dos experimentos, as possibilidades reais básicas de modelagem dos comportamentos, analisando as interações entre sujeito e ambiente.

Importante salientar que todos os treinamentos foram realizados a partir de um sujeito virtual, representado pelo programa de computador desenvolvido por Alloway, Wilson e Graham (2005).

Nos experimentos de treino discriminativo descritos neste trabalho, foi possível verificar como os organismos aprendem por reforço

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