Por que as mulheres optam pelo o parto cesáreo?

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A cesariana, é um procedimento realizada através de um ato cirúrgico, no qual é feita uma incisão no abdome e outra no útero para se chegar ao bebê. A cesárea ainda é a via mais comum de parto no Brasil, apesar do parto normal (parto vaginal) ser considerado pela organização mundial de saúde (OMS) e por diversas entidades médicas a melhor forma do bebê nascer. 6

Com relação ao motivo “medo da dor” observou-se que esta opção foi mencionada uma única vez por primigesta justificando sua escolha pela via de parto vaginal. Ao contrário da presente pesquisa no estudo de Miranda, a dor foi o item mais relatado. Assinala que a percepção da dor é individual e depende de um conjunto de fatores e que, na cesárea, o aspecto dor aparece como próprio do processo cirúrgico, portando comum ao período após o procedimento. 7

As justificativas alegadas revelam que o principal motivo para preferência pelo parto cesáreo foi o medo da dor associada ao parto vaginal. O medo é apontado por algumas mulheres como influenciador na escolha pelo tipo de parto. Ao delimitar o tema desse projeto de pesquisa, levou em consideração a finalidade de alertar as gestantes a decidir o melhor tipo de parto, a mulher deve conversar com o obstetra e expor seus medos e desejos em relação ao grande momento. Pois o parto deve ser escolhido baseado principalmente na saúde da gravida.

Este estudo teve como objetivo investigar os motivos da preferência das gestantes pelo parto cesáreo.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Tipos de partos

A introdução da cesárea na prática obstétrica só teve início a partir do século XVIII. Tinha uma alta mortalidade fetal e materna e só era praticada em casos muito especiais. “Apesar de que não se pode admitir que a operação seja absolutamente mortal, é o número das operadas que escapam muito limitado”. A preferência dos obstetras era para o uso do fórceps ou, se necessário, a embriotomia. Somente no século XX a cesárea tornou-se uma operação rotineira. 8

A cesariana é o parto mais realizado no Brasil, pois as mães não querem sentir dor na hora do parto, o arrependimento acontece nas primeiras horas de recuperação pois devido ao grande corte na região da barriga as dores são muito intensas. A vantagem da cesárea é poder retirar o feto no momento apropriado, com mais rapidez, quando existem dificuldades para que esse nascimento ocorra pelas vias normais, essa é a indicação primordial da cesariana. A desvantagem da cesárea são que os riscos de infecções são muito maiores, a cicatrização é muito demorada, a mãe pode sofrer com fortes dores abdominais, a mãe pode vir a sofrer com problemas de hérnias, os pontos podem inflamar, dói bastante para se movimentar durante toda a cicatrização. As desvantagens do parto cesáreo para o bebê incluem: em a criança que nasce de cesárea passar por mais intervenções como aspiração nasogástrica, reanimação, encubação e respiração artificial, o pulmão do bebê não é comprimido durante a cesárea e ele tem maior risco de ter desconforto para respirar após o nascimento, pode acontecer uma síndrome que leva a criança à UTI neonatal, e há chances maiores do bebê não chorar quando nasce.9,10

O parto normal é aquele em que ao final dos nove meses de gestação a mãe sofre com as contrações que ocorrem entre intervalos de cinco minutos, esse é o sinal de que parto normal será bem-sucedido. Nesse primeiro momento é necessário que haja dilatação ou seja a abertura do canal vaginal por onde o bebê deverá sair. A vantagem do parto normal é que a recuperação é muito mais rápida, os riscos de complicações são muito baixos, a mãe pode sair da sala de cirurgia com o bebê nos braços a amamentação é muito mais tranquila, a sensação de ter seu bebê naturalmente é a maior das vantagens, não deixa marcas na barriga, o parto normal ajuda a eliminar o líquido amniótico do pulmão do bebê. A única desvantagem é a dor provocada pela passagem do bebê, mas comparado ao corte no abdômen esse quesito nem pode ser considerado uma desvantagem. As vantagens do parto normal para o bebê incluem: Maior facilidade para respirar, maior receptividade ao toque, mais atividade ao nascer. Quando evolui naturalmente, não há desvantagem para o bebê.11, 12,13

2.2 Política nacional da assistência da mulher

No Brasil, a saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX, sendo limitada, nesse período, às demandas relativas à gravidez e ao parto. Porém atualmente, sabe-se que o Ministério da Saúde (MS) criou, em 2004, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher – Princípios e Diretrizes (PAISM), com inúmeros objetivos sobre a integralidade e a promoção da saúde. Dentre as metas da PAISM destacam-se o enfoque na atenção obstétrica e planejamento familiar, a assistência em todas as fases da vida, o acompanhamento clínico ginecológico, além da atenção no campo da reprodução (planejamento reprodutivo, gestação, parto e puerpério).14

2.3 Indicações para o parto cesáreo

A cesariana tem sido a forma de nascimento mais recorrente nos últimos tempos. Mais de 50% dos nascimentos no Brasil são através de cesarianas, mas afinal é por alguma indicação ou simplesmente por comodidade? A cesariana pode ser indicada por questões médicas, relativas a problemas na gravidez, ou simplesmente por solicitação da gestante. Por tanto a cesárea não deve ser encarada sempre como vilã. Em alguns casos, quando há risco iminente de morte para a gestante ou para o bebê a cesariana pode ser sim indicada, e com a justificativa de ser um procedimento.15,16,17

As indicações mais frequentes para a realização da cesárea foram: ocorrência de cesárea anterior, sofrimento fetal, apresentação pélvica, placenta previa, sangramento incontrolável no terceiro trimestre, cesariana previa, desproporção feto-pélvica, mãe portadora de HIV, apresentação anormal do feto, prolapso de cordão, iminência de rotura uterina, ruptura prematura das membranas, “líquido amniótico”, “mecônio” e “frequência cardíaca fetal”, entre outras.18,19,20

2.4 Fatores associados à escolha do parto cesáreo

Os medos estão presentes mesmo antes de engravidar, oriundos de histórias ouvidas. E os fatores associado ao medo são: medo da dor vivida no parto normal, medo do sofrimento imposto pela dor, medo de não conseguirem fazer a força