O OLHAR REFLEXIVO SOBRE O ABORTO NA VISÃO DA ENFERMAGEM
Por: YdecRupolo • 7/12/2018 • 7.447 Palavras (30 Páginas) • 377 Visualizações
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Descritores: Aborto; humanização; adolescente; cuidados em enfermagem.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 7
2. METODOLOGIA 11
2.1 Método do Estudo 11
3. REVISÃO DE LITERATURA 14
3.1 Contexto Histórico do Aborto Provocado 14
3.2 Recursos utilizados para a prática do aborto 16
3.2.1 Cytotec 16
3.4.2 Sucção 16
3.4.3 Curetagem 17
3.4.4 Solução Salina 17
3.4.5 Extração 18
3.4 Aspectos sociais e psicológicos 21
3.5 Acolhimento do Enfermeiro com a adolescente 21
4. ANALISE DE DADOS 24
5. CONCLUSÃO 25
REFERÊNCIAS 26
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- INTRODUÇÃO
Linha de Pesquisa: Relacionamento e Comunicação em Enfermagem.
Área de pesquisa: Enfermagem no cuidado à Saúde da Criança e do Adolescente.
Tema: O olhar reflexivo sobre o aborto na visão da enfermagem
Esse trabalho é um projeto de pesquisa desenvolvido por acadêmicos de enfermagem da Universidade Estácio de Sá, do nono período, para elucidação da abordagem do cuidado do enfermeiro no apoio a adolescente no aborto provocado.
O conceito aborto, que deriva do latim abortus, tende a ser usado para fazer referência à interrupção da gravidez, seja por causas naturais ou provocada de forma intencional. O aborto provocado é a interrupção voluntária da gravidez, a prática consiste em provocar a finalização prematura da gravidez, impedindo o desenvolvimento vital do embrião ou do feto para a sua eliminação (CONCEITO.DE, 2013).
Atualmente, no Brasil, é considerado crime pela Coordenação de Estudos Legislativos do decreto – Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 do código penal, legalizado nos casos de estrupo, risco de morte da mãe e anencefalia (BRASIL. CONSTITUIÇÃO,1940). Existem diversos procedimentos que provocam o abortamento (métodos químicos, procedimentos cirúrgicos) e métodos não convencionais, muitas vezes realizado em clínicas clandestinas, onde não há segurança, controle de higiene, conforto e na maioria dos casos por profissional pouco qualificado.
É preciso olhar além das próprias questões morais ou impostas pela sociedade e pensar no número crescente de adolescentes que estão morrendo ao realizar tais tipos de procedimentos de maneira inadequada, sem nenhum tipo de cuidado e/ou profissional apto. Ao estudar sobre a temática aqui abordada observamos a escassez de estudos e de materiais, ao tratar-se de um assunto de grande relevância, assim, surgindo o encorajamento em abordar essa temática.
A maturidade e o desenvolvimento do adolescente vão depender de diversos fatores, tais como: o ambiente social em que está inserido, a cultura local e seu histórico de vida em que o adolescente está inserido, tais como sociais, culturais e históricos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu como período cronológico de idade dos adolescentes de 10 aos 19 anos (SPINDOLA, RIBEIRO, FONTE, 2015).
A adolescência passou a ser vista com olhar analítico além do que ela representava no passado, que seria somente um momento de transformações, pois os adolescentes estão cada vez mais em busca de novas sensações (LIMA, NASCIMENTO, ALCHIERI, 2015).
Dessa maneira, o desafio atualmente é a falta de uma política pública atualizada e direcionada para esse adolescente, assegurando sua integralidade e a qualidade de vida (HORTA; LAGE; SENA, 2009).
Nos dias de hoje, nos deparamos com um grande número de adolescentes grávidas, às vezes com falta de estrutura tanto física quanto emocional e econômica. Porém o nosso estudo obtém um foco maior sobre a temática a assistência humanizada do enfermeiro com as adolescentes que provocam o aborto.
De acordo com os estudos, leitura de artigos e teses, as adolescentes gestantes que vão diretamente as clínicas clandestinas e usam métodos químicos e métodos não convencionais, quando sentem os primeiros sinais de abortamento, geralmente estão em choque, com sentimento de desespero, apreensivas, estão submetidas a autocensura de serem punidas ou humilhadas, com queixas físicas, inseguras, ficam desesperadas e com sentimento de alívio que se sobressai. Contudo elas buscam um atendimento hospitalar em busca de uma assistência, sendo esta realizada primeiramente por um profissional de enfermagem da admissão.
A prioridade desta assistência consiste em estabelecer uma ação de aproximação e posteriormente realizar uma averiguação de sinais e sintomas, definindo níveis de gravidade e prazo de atendimento, sistematizando assim o acolhimento e prevenindo agravos à saúde e graus de sofrimentos através da classificação de risco. Apesar de ser averiguado um abortamento, muitas vezes a adolescente por medo e às vezes culpa, não relata a verdade do que está acontecendo, cabe ao profissional de saúde acolher, assistir e orientar, deixando para si suas próprias opiniões e objeções sobre o abortamento, garantindo um cuidado de excelência, viabilizando conforto, segurança e confiança, assim realizando um acolhimento integralizado, humanizado e sucinto, pois a adolescente precisa de apoio, entendimento e aconselhamento.
A motivação desse trabalho foi o relato de uma jovem de 17 anos que optou em realizar aborto através dos meios químicos, antes suas tentativas fracassaram devido plantas medicinais como: folha de café, canela, arruda e raiz de café, no qual não obteve o resultado esperado. Mas sua busca continuou até que conseguiu através do medicamento Cytotec, porem houve uma intercorrência onde essa adolescente veio a ser hospitalizada, e a mesma realizou uma curetagem. Relatou que ao chega na unidade teve sentimento de medo do que poderia lhe acontecer devido a pratica malsucedida, por isso acabou relatando uma história falsa de como teria ocorrido a condição do
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