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EDUCAÇÃO E SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO: UM OLHAR À LUZ DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Por:   •  15/10/2017  •  3.917 Palavras (16 Páginas)  •  524 Visualizações

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Demonstrar que é possível a professores e alunos navegar em mares menos revoltos, buscando intercambiar os meios tradicionais de ensino com as novas tecnologia é um dos objetivos deste artigo.

Apresente produção textual aborda a educação e sociedade de informação, num olhar à luz das novas tecnologias da informação e comunicação, destacando na seção 2 a incorporação das novas tecnologias pela escola e a formação do professor, na seção 3 são apresentados os métodos utilizados para o desenvolvimento da produção textual, na seção 4, os resultados obtidos e na seção 5, o parecer conclusivo dos resultados obtidos.

2 A INCORPORAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS PELA ESCOLA.

No Brasil, tecnologias como os computadores foram inseridos na escola recentemente e, segundo Novais (s/d), essa inserção “decorreu da ação de educadores ligados a universidades públicas e algumas particulares como a PUC-SP, e se deu com o objetivo de fazer do computador um aliado do processo de desenvolvimento cognitivo dos alunos”. Um processo diferente do que ocorreu em outros países, como os Estados Unidos, por exemplo, nos quais essas tecnologias entraram na escola em virtude da necessidade de atender a um mercado que cada vez mais exigia mão de obra que lidasse com elas.

Portanto, a inserção do computador nas escolas brasileiras foi concebida mais como uma ferramenta de aprendizagem que poderia ser utilizada na resolução de situações-problema e no trabalho com projetos, envolvendo uma ou mais disciplinas, do que como preparação efetiva para o mercado de trabalho, explorando as potencialidades dessas ferramentas da forma como elas são exploradas nos diversos campos profissionais.

Essa não é a única limitação na abordagem brasileira do uso do computador na educação. Costuma-se pensar que ele é uma ferramenta mágica: basta colocá-lo na escola, e estarão abertas as portas para um novo mundo. O reflexo disso pode ser observado nas frequentes reportagens nos meios de comunicação sobre computadores e laboratórios abandonados e obsoletos, por falta de projetos para sua utilização e até de manutenção.

A utilização do computador em algumas escolas baseia-se no tecnicismo, ou seja, no simples fato de ensinar o manuseio técnico da máquina”. (ALTOÉ E FUGIMOTO, 2009, p. 1)

Mas a popularização de algumas dessas tecnologias tornou seu uso indispensável na escola. Como lembram Marconi e Pulga (2010), “no contexto de uma sociedade do conhecimento, a educação exige uma abordagem diferente em que o componente tecnológico não pode ser ignorado”. É o caso, por exemplo, dos projetores multimídia e dos computadores portáteis. Muitos professores passaram a usá-los como recurso didático, para a projeção de conteúdos, fotos e vídeos, substituindo o quadro e giz usuais. Essas tecnologias foram inseridas de forma lenta e, é claro, há professores que não as aceitam, preferindo os recursos tradicionais Isto se dá pelo fato de que ser professor.

Está profundamente associado ao papel de alguém que se dirige ao quadro negro e valendo-se de um giz, de gestual próprio e de sua capacidade de comunicação, procura desenvolver raciocínios, elucidar conceitos, propor atividades, assim por diante, da forma que supõe seja a mais adequada [...] para que seus alunos aprendam. (NOVAIS, 2001, p. 1)

A organização da escola também se baseia nesse modelo de professor. Assim, desde currículos e projetos até a sequência de conteúdos e a organização das cadeiras nas salas de aula vão ser planejadas em torno desse modelo. Por essa razão é que a sociedade costuma atribuir o sucesso ou o fracasso do processo de aprendizagem dos alunos na escola ao professor, deixando de ver que na realidade o resultado faz parte de um processo bem mais amplo. Então, sendo o professor essa figura central na escola, ele pode definir o que entra e permanece nela.

Na atualidade, vivemos em um mundo saturado de imagens e sons. As mudanças para isso ocorreram tão rapidamente que há cinquenta anos ninguém poderia supor o alcance dessa revolução. Entramos em uma etapa histórica, que foi antecedida por outras duas importantes eras: a da oralidade, quando o homem descobre que pode se comunicar através de sons e signos verbais, e a da aquisição da escrita, que se consolida mais tarde com a invenção da imprensa e da fotografia. Observe-se que se essas fases levaram mais tempo para se desenvolver, a atual, a era da imagem e do som, tem se consolidado de forma veloz. Na contramão de tudo isso, a escola mudou pouco. Sua estrutura permanece praticamente a mesma de quando foi criada: as salas de aula, a disposição das carteiras, o quadro negro, o papel central do professor, os horários, os conteúdos etc.

Assim é que o papel das tecnologias nas escolas depende muito do uso que os professores, de forma pessoal, fazem dela: não há uma política educacional verdadeiramente ampla nesse sentido. Quando se pensa em uso de tecnologia na escola como preparação para o mercado de trabalho, logo se pensa em aulas sobre o uso do computador, para aprender a manipulá-lo, empregando aplicativos como Word e Excel ou a Internet. Novais (s/d) aponta que: “quando assim agimos, estamos pensando em desenvolver um conteúdo ou alguns tipos específicos de habilidades, totalmente desligados uns dos outros”. Isso, aliás, é o que costuma ocorrer com o ensino das diversas disciplinas que não se conectam umas as outras, resultando em um ensino e uma aprendizagem fragmentados.

O fato é que os envolvidos no processo ensino-aprendizagem têm muita dificuldade em analisar de forma mais ampla a situação geral, já que na escola o trabalho se realiza de forma isolada, cada um em sua sala, seja na aula ou nas atividades burocráticas, de gestão, pedagógicas e de acompanhamento escolar. Os professores têm dificuldade de analisar seu trabalho como parte de um processo escolar mais amplo. Conforme Novais sustenta, “há aspectos que explicam a interiorização de crenças e modelos de atuação que fazem parte da cultura escolar, de modo que se torna difícil para quem faz parte dela analisá-la e questioná-la com certa isenção”. Nesse sentido, um problema recorrente é a dificuldade de atribuir alguma falha no processo educacional a um professor ou disciplina.

Muitos administradores educacionais se queixam de os professores não utilizam as tecnologias disponíveis na escola em suas aulas, costumam ser conservadores em seus planejamentos e têm dificuldade em lidar com mudanças. (CYSNEIROS, 2000, p. 1)

Mas considera “injusta essa atitude de responsabilizar os professores pelo atraso tecnológico

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