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DETERMINANTES DA BIOÉTICA / ÉTICA E DEOTOLOGIA NA CCIH - COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Por:   •  12/4/2018  •  1.497 Palavras (6 Páginas)  •  359 Visualizações

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O controle de infecção hospitalar tornou-se uma grande preocupação a partir da década de 80 onde a precursora da enfermagem Florence Nightingale iniciou as práticas voltadas para uma boa assistência aos pacientes, desenvolvendo princípios filosóficos como a valorização do meio ambiente, suas condições de limpeza, odor, calor, ruído e sistema de esgoto. A atenção a esses pressupostos visa evitar a infecção e a sua disseminação.

A Enfermagem representa papel importante no controle de infecções porque mantém maior contato com os pacientes. Assim, a Enfermagem através de sua chefia, poderá prestar valiosa colaboração à C.C.I.H. assumindo responsabilidades como as que seguem:

- Cooperação consciente na elaboração das normas, rotinas e técnicas adotadas pela Comissão;

- Orientação e supervisão do pessoal na execução das normas e rotinas elaboradas pela comissão;

- Elaboração das normas e rotinas referentes às técnicas de Enfermagem;

- Realização de trabalhos de investigação para certificar-se da observância das normas e rotinas;

- Programação e realização de cursos de atualização no que concerne à prevenção e a controle de infecções;

- Assessoria nas construções e reformas do Hospital para possibilitar a implantação das medidas de prevenção e controle das infecções;

- Ampliação dos conhecimentos sobre antissépticos e desinfetantes;

- Conscientização dos pacientes, visitantes e servidores sobre os perigos das infecções hospitalares e a importância de sua participação na prevenção das mesmas.

Na assistência à saúde, independentemente de ser prevenção, proteção ou tratamento e reabilitação, o indivíduo deve ser visto como um ser integral, que não se fragmenta para receber atendimento em partes. As IH são multifatoriais, e toda a problemática de como reduzir as infecções, intervir em situações de surtos e manter sob controle as infecções dentro de uma instituição, deve ser resultado de um trabalho de equipe. É necessário que os profissionais que participam de uma CCIH e possuam treinamento para a atuação nessa área. Há exigência legal para manutenção de pelo menos um médico e um profissional enfermeiro na CCIH de cada hospital. Isso está regulamentado em portaria do Ministério da Saúde. Outros profissionais do hospital também devem participar da CCIH. Eles contribuem para a padronização correta dos procedimentos a serem executados. Esses profissionais devem possuir formação de nível superior e são: farmacêuticos, microbiologistas, epidemiologistas, representantes médicos da área cirúrgica, clínica e obstétrica. Representantes da administração do hospital também devem atuar na CCIH para garantir a estrutura necessária na implantação das recomendações. Sem uma clara visão e sublinhe as ações da CCIH, seus membros serão deixados com poucas opções, a não ser repetir comportamentos bem-sucedidos no passado, até que alguém lhes dê novas orientação e suas motivações para mudança serão sempre reacionais. Porque não sabem para onde ir, se consomem em devaneios de onde estiveram no passado.

Vale salientar que a prevenção e o controle da infecção hospitalar é uma ação de todos os trabalhadores da comunidade hospitalar, e não apenas das CCIHs. No entanto, são estes os órgãos que têm a representatividade legal para tanto. Além disto, os trabalhadores que compõem estas comissões, têm o conhecimento mínimo necessário para desencadear, nos demais trabalhadores, ações voltadas às infecções hospitalares. A produção e reprodução de conhecimentos sobre esta temática, a partir destes trabalhadores, faz com que o trabalho seja organizado no sentido da prevenção, de forma a reduzir a ocorrência de casos de infecção hospitalar e de melhorar a qualidade da assistência e a qualidade de vida dos pacientes/clientes e seus familiares e dos próprios trabalhadores, uma vez que, o trabalho em equipe, tanto dentro das CCIHs como nas demais dependências hospitalares onde se dá a assistência, é crucial para que os diferentes conhecimentos que caracterizam cada área específica de atuação, uma vez postos em discussão, possibilitem a construção de um novo conhecimento, o qual, inserido no cotidiano destes trabalhadores, conduza a redução da ocorrência de casos de infecção hospitalar. A interdisciplinaridade, própria do trabalho em equipe, traduz a necessidade posta na forma de organização do trabalho, para que a prevenção seja uma constante nas ações dos trabalhadores. Existe uma lacuna no que diz respeito ao cuidado de enfermagem e a atuação do enfermeiro na CCIH, pois as demandas vão além das atividades administrativas, envolvem questões éticas, sociais, humanas e de direitos dos pacientes e dos trabalhadores havendo a necessidade de atuação em serviço como uma realidade permanente.

Portanto esse estudo abre as portas para uma gama de discussões no âmbito da infecção hospitalar, tornando-se um leque para a realização de inúmeros estudos que contemplem os vários aspectos que envolvem a temática, especialmente por parte dos profissionais de enfermagem, pois são os que passam mais tempo na instituição de saúde e realizam a maior parte dos procedimentos junto aos pacientes.

REFERÊNCIAS:

- Frigotto G. Trabalho, conhecimento, consciência e a educação do trabalhador: impasses teóricos e práticos.

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