As Tendências Pedagogicas

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desenvolvendo sua cultura individual. Com isso as diferenças entre as classes sociais não são levadas em conta, já que, a escola não leva em consideração as desigualdades sociais.

Existem quatro tendências pedagógicas liberais:

Tradicional: tem como meta a transmissão dos padrões, normas e modelos dominantes. Os conteúdos escolares são separados da realidade social e da capacidade cognitiva dos estudantes, sendo impostos como verdade absoluta em que unicamente o professor tem razão. Sua metodologia é embasada na memorização, o que favorece para uma aprendizagem mecânica, passiva e repetitiva.

Renovada: a educação escolar assume a função de levar o estudante a aprender e construir conhecimento, levando em conta as fases do seu desenvolvimento. Os conteúdos escolares passam a adaptar-se aos interesses, ritmos e fases de raciocínio do estudante. Sua proposta metodológica tem como característica os experimentos e as pesquisas. O professor deixa de ser um simples expositor e assume o papel de construir situações desafiadoras da aprendizagem. A aprendizagem é construída por meio de planejamentos e testes. O professor passa a respeitar e a levar em conta as necessidades individuais dos estudantes.

Renovada não-diretiva: existe uma maior preocupação com o desenvolvimento da personalidade do estudante, com o autoconhecimento e com a realização individual. Os conteúdos escolares passam a ter significação pessoal, indo de encontro aos interesses e motivação do estudante. São inseridas atividades de sensibilidade, expressão e comunicação interpessoal, acentuando-se a relevância dos trabalhos em grupos. Aprender torna-se um ato interno e intransferível. A relação professor x aluno passa a ser determinada pela afetividade.

Tecnicista: aborda a profissionalização e modela a pessoa para integrá-lo ao modelo social vigente, tecnicista. Os conteúdos que ganham destaque são os objetivos e neutros. O professor administra os procedimentos didáticos, enquanto o estudante recebe as informações. O educador tem um vínculo profissional e interpessoal com o estudante.

Já as tendências pedagógicas progressistas verificam de maneira critica as realidades sociais, cuja educação favorece a compreensão da realidade histórico-social, explicando o papel da pessoa como um sujeito que constrói sua realidade. Ela assume um caráter pedagógico e político ao mesmo tempo. É divida em três tendências:

Libertadora: o papel da educação é conscientizar para transformar a realidade e os conteúdos são retirados da pratica social e do dia a dia dos estudantes. Os conteúdos pré-selecionados são vistos como uma invasão cultural. A metodologia é caracterizada pela problematizarão da experiência social em grupos de discussão. A relação do professor com o estudante é tida como horizontal em que ambos passam a fazer parte da prática de educar.

Libertaria: a escola proporciona praticas democráticas, pois acredita que a consciência política resulta em conquistas sociais. Os conteúdos dão prioridade nas lutas sociais, cuja metodologia é está vinculada com a vivência grupal. O professor torna-se um orientador do grupo sem determinar suas ideias e convicções.

Crítico-social dos conteúdos: a escola tem a função de garantir a apropriação critica do conhecimento cientifico e universal, tornando-se uma arma de luta relevante. A classe trabalhadora deve apoderar-se do saber. Adota o método dialético, esse que é visto como o responsável pelo confronto entre as experiências pessoais de cada aluno e o conteúdo transmitido na escola. O estudante participa com suas experiências e o professor com sua visão da realidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

José Carlos Libâneo divide em duas correntes a pedagogia: a Pedagogia Liberal e a Pedagogia Progressista. Com isso, ele pretende abranger as principais maneiras de pensamento referentes aos métodos e modos de ensino.

Logo, existe necessidade na vida do professor de um aperfeiçoamento maior sobre tais tendências, uma vez que na prática diária das escolas e dos professores, há misturas de tendências e posturas. Elas não se manifestam puras nas práticas pedagógicas, mas constituem uma mesclagem, que forma o nosso sistema educacional.

É preciso que se relacione o que se está aprendendo com os conhecimentos e as experiências do dia a dia; que se incentivem os estudantes a questionar e apresentar questões que as envolvam, possibilitando-lhes que entrem em contato com situações reais da vida.

Assim, ao analisar essas tendências e compará-las com a concepção tradicional, chegamos à conclusão que os professores devem , como educadores, lutar para que o ensino seja feito de modo a torná-lo concreto e interessante. Algo que vá ao encontro dos interesses do aluno, que considere sua cultura, e lhe transmita um saber que possa de fato ser agente na transformação social. Então, acredita-se serem extremamente válidas as discussões feitas a cerca da formação de professores e da metodologia empregada. Os educadores devem ser peças fundamentais na transformação da escola e agentes capazes de intermediar o conhecimento contextualizado à vida diária dos estudantes a fim de torná-los pessoas habilitadas à praticar sua plena cidadania.