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O Construtivismo e Prática Pedagógica

Por:   •  19/11/2017  •  1.590 Palavras (7 Páginas)  •  552 Visualizações

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Para que a atuação do professor venha de encontro com os objetivos educacionais, é imprescindível considerar o currículo escolar como um projeto educativo que favoreça o planejamento e a implementação de experiências educacionais oriundas de uma seleção cultural de conhecimentos relevantes socialmente. O currículo é o instrumento que vai direcionar a formação do cidadão.

Segundo os epistemólogos construtivistas, o conhecimento não é simplesmente depositado em nossa mente, nem é algo que já nasce conosco. É o resultado da interação entre organismo e ambiente. Construir é criar ações físicas e mentais para lidar com os elementos da realidade de acordo com uma adaptação mútua e contínua entre organismo e ambiente.

Os principais conceitos da teoria do conhecimento de Jean Piaget revolucionaram a maneira de conceber o desenvolvimento humano e contribuíram na construção de novas teorias pedagógicas na medida em que o sujeito passa a ser visto como capaz de construir o conhecimento na interação com o meio físico e social. Assim, a concepção de inteligência “[...] como desenvolvimento de uma atividade assimiladora cujas leis funcionais são dadas a partir da vida orgânica e cujas sucessivas estruturas que lhe servem de órgãos são elaboradas por interação dela própria com o meio exterior” (PIAGET, 1987, p. 336), fundamenta teoricamente muitas investigações no campo educacional em busca de novas práticas pedagógicas embasadas no construtivismo.

Ao lado de Piaget, considerados pais da psicologia cognitiva e contemporânea, temos ainda uma abordagem sociointeracionista, de Vygotsky, que propôs que o conhecimento é construído em ambientes naturais de interação social, estruturados culturalmente. Um pressuposto importante na teoria de Vygotsky consiste em dizer que o homem não é passivo nas relações sociais, mas sim, um ser ativo, que transforma e interage. Cada aluno constrói seu próprio aprendizado num processo de dentro para fora, baseado em experiências psicológicas.

A também importante teoria fortemente interacionista de Henri Wallon aborda o desenvolvimento simultâneo de quatro dimensões: cognição, afetividade, motricidade e a pessoa completa que é o resultado entre as três primeiras. Indissociáveis dimensões, nos mostra que não há como compreender o desenvolvimento cognitivo sem tratar de desenvolvimento afetivo e motor.

Dentre estes importantes conceitos, identificamos a tendência pedagógica liberal renovada progressista por se adequar a teoria construtivista, de acordo com LIBÂNEO em seu livro Democratização da Escola Pública. Pois trata como papel da escola adequar as necessidades individuais ao meio social, e para isso, deve se organizar de forma a retratar a vida. Como pressuposto da aprendizagem, essa tendência considera que aprender se torna uma atividade de descoberta, uma auto-aprendizagem tendo o ambiente como estimulador.

Portanto, percebemos que a compreensão adequada das concepções construtivistas por parte dos docentes tem facilitado novas posturas e práticas em sala de aula. Observa-se que atualmente há um aumento progressivo de professores que dizem estar desenvolvendo práticas pedagógicas inspiradas na teoria construtivista em sala de aula.

Acredita-se que a teoria construtivista contribui para a superação do antigo modelo de ensino/aprendizagem em que o aluno era visto como sujeito passivo recebendo o conhecimento transmitido pelo professor. Essa teoria provocou mudanças concretas, principalmente na relação professor-aluno e abriu possibilidades de trabalho também na relação aluno-aluno. Santos (1990) sugere que o trabalho deve ser pautado pelas vivências cotidianas dos alunos, priorizando a ação destes e as interações professor-aluno-aluno-processo.

CONSIDERAÇÕS FINAIS

O trabalho atingiu os objetivos propostos, foi de grande valia o texto lido e a as reflexões feitas. Conclui-se que a ética, pensada desde a perspectiva do professor, implica um compromisso com a justiça social, tendo em vista não a mera conservação de tradições e da ordem social; mas sim, a formação de novas gerações, herdeiras de um presente estruturado em um passado cultural que não pode ser esquecido. Isso nos sugere que o professor, como norteador do processo de ensino aprendizagem, serve de “modelo” e inspiração de procedimentos sócio-morais positivos.

Percebeu-se que muito se fala sobre a valorização dos profissionais de Educação,que é um dos pilares da qualidade de ensino socialmente referencia- da, ao lado do financiamento e da gestão democrática. Falar de valorização implica aprimorar a formação inicial, a formação continuada, a definição de um piso salarial e, também, da carreira do professor.

Refletiu-se que os professores, como agentes de mudanças e formadores das novas gerações, são essenciais para a sociedade e para o desenvolvimento de um país, mas infelizmente nem sempre são respeitados nos seus direitos e valorizados pela sociedade e o Poder Público.

REFERÊNCIAS

Interacionismo e construtivismo. Disponível em: http://pedagogiadidatica.blogspot.com.br/2008/11/construtivismo.html>. Acesso em: 19 out. 2015

Teorias e práticas de professores considerados construtivistas. Disponível em: Acesso em: 20 out. 2015

PERANZONI, Veneza Cauduro. CAMARGO. Maria Aparecida Santana. Proposta construtivista: um desafio sempre atual. 2011. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd161/proposta-construtivista-um-desafio-sempre-atual.htm> Acesso em: 19 out. 2015.

UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ. Psicologia da educação: desenvolvimento e aprendizagem. 2014. Londrina: UNOPAR

LIBÂNEO,

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