TENDÊNCIAS PEDAGOGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR BRASILEIRA
Por: Juliana2017 • 20/11/2017 • 1.229 Palavras (5 Páginas) • 546 Visualizações
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Aprendemos na prática da docência, que há uma interação entre tais ações, ensinar e aprender, ao considerar que quem ensina também aprende algo, seja refazendo sua prática ou refletindo sobre ela, seja pelas relações construídas com seus alunos. Essa troca de saberes é o que nos constitui cultural e socialmente.
3.4 O QUE É AVALIAR?
A concepção de avaliação da aprendizagem vem mudando muito, pois já não é mais um processo apenas técnico. É um procedimento que informa os critérios através dos quais será julgada uma realidade. A avaliação da aprendizagem não é um julgamento de valor apenas acerca do aluno, mas também acerca da prática docente, que tem como resultado o desempenho do aluno. Segundo Paulo Freire, a avaliação não é um ato pelo qual A avalia B, mas sim um processo pelo qual A e B avaliam uma prática educativa.
3.5 PARA QUE VOCÊ AVALIA?
Todo processo requer uma reflexão. De igual modo no processo ensino aprendizagem. A avaliação é um dos instrumentos que sinalizam para um planejar de ações em função de cada uma das realidades encontradas em sala de aula.
3.6 COMO VOCÊ AVALIA SEUS ALUNOS?
Na prática utilizada pela a mesma, procura repensar seus critérios de avaliação direcionando-os para aquilo que desejo julgar. Para isso, considera a diversidade da turma e busca instrumentos que auxiliem na avaliação/acompanhamento do processo ensino-aprendizagem.
3.7 VOCÊ ATRIBUI FEEDBACK A SEUS ALUNOS? DE QUE FORMA?
A prática do feedback é um importante instrumento para fazer uma aproximação com o aluno e também no acompanhamento do desempenho do mesmo. Seja por meio de uma fala geral para a turma ou com comentários individuais, o objetivo é motivar e orientá-los para que possam melhorar sua aprendizagem. Quando avaliamos o trabalho do aluno e lhes devolvemos nossos comentários, eles se motivam mais e prosseguem mais confiantes para uma melhor produção.
- ABORDAGENS E FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Através da concepção dos métodos aplicados pela entrevistada, nota-se que a sua prática pedagógica está com ênfase na pedagogia progressista, na tendência progressista libertadora abordada por Libâneo. Mais conhecida como pedagogia de Paulo Freire, que vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido. Que aborda um contexto da luta de classes. Para Libâneo, aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, ou seja, da real situação vivenciada pelo educando, que só tem sentido se for resultado de uma aproximação crítica dessa realidade. Desta maneira o conhecimento que o educando transfere representa uma resposta à situação de opressão a que se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica.
Após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de n.º 9.394/96, revalorizam-se as idéias de Piaget, Vygotsky e Wallon. Um dos pontos em comum entre esses psicólogos é o fato de serem interacionistas, porque concebem o conhecimento como resultado da ação que se passa entre o sujeito e um objeto.
- CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com a teoria de José Carlos Libâneo, deduz-se que as tendências pedagógicas liberais, são consideradas neutras, nunca assumiram compromisso com as transformações da sociedade. Porém as tendências pedagógicas progressistas é contraria às liberais, logo que possuem uma análise crítica do sistema capitalista. Valoriza o texto produzido pelo aluno, a partir do seu conhecimento de mundo e relação com outros homens, possibilitando uma negociação de sentido na leitura.
A partir da LDB 9.394/96, principalmente com a propagação das idéias de Piaget, Vygotsky e Wallon, numa perspectiva sócio-histórica e o ponto de vista introduzido pela professora entrevistada, que a linguagem tem um papel primordial no desenvolvimento intecletual, além da função comunicativa, é um mediador externo, entre o mundo e o com outras pessoas, ou seja, o processo de interação verbal e as trocas de experiências determina todo o desenvolvimento social e cultural do sujeito.
BIBLIOGRAFIA
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São Paulo : Loyola, 1990.
WIKIPEDIA, a enciclopédia livre, disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional> acessado em 12 de outubro de 2015.
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