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O Plantio com sucesso, deve-se escolher a finalidade do bambu

Por:   •  11/10/2018  •  1.436 Palavras (6 Páginas)  •  282 Visualizações

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Ao realizar o transporte das varas, pode-se eliminar os galhos (corte em direção ao topo da vara). Nesta etapa, pode-se também cortar as varas em tamanho menor, dependendo de sua futura utilização. No Brasil, existe uma crença, que afirma que bambus colhidos em época de lua minguante não sofrem ataques de carunchos. A influência da lua em fenômenos biofísicos é fato, inclusive no aumento e diminuição da seiva vegetal, entretanto, a ocorrência de açúcares(principalmente o amido), permanece em qualquer estágio da planta e em qualquer época do ano. Fatores muito mais determinantes do que o ciclo lunar é que influenciam na maior ou menor quantidade da seiva doce.Portanto, todo bambu in-natura, apresenta atrativo para o ataque de diferentes insetos xilófagos (que atacam seiva vegetal).

Para maior durabilidade nas várias aplicações, o bambu deve ser tratado. Existem vários tipos de tratamento, basicamente tratamentos industriais, semi-industriais e domésticos.

Segundo a botânica Ximena Londoño da Colômbia e diversas culturas de bambu, o fator principal para se obter colmos resistentes de bambu é a forma e hora da colheita. A época do ano que o bambu guarda uma maior parte de suas reservas nas raízes (rizomas) é o inverno, o momento antes do aparecimento dos novos brotos. Colhendo nesta hora obtemos um bambu com menos açúcar, que é o alimento dos insetos e fungos que se alimentam do bambu, e estes aparecem menos no inverno. No Brasil e no Hemisfério Sul esta época acontece no meio do ano. Por isso a cultura popular brasileira afirma que são os meses sem a letra "r" (maio, junho, julho e agosto). Após este período começa a geração de novos brotos.

Dentro da fase adequada da lua, escolhem-se as horas antes do amanhecer como as ideais. Após o corte aconselha-se deixar o bambu em pé no local de colheita, ainda apoiado nos vizinhos, por cerca de 2 a 3 semanas. Neste tempo ele secará, mas ainda nos estados de temperatura, pressão e umidade em que sempre viveu. Os passos seguintes diferem muito entre si na quantidade de colmos, disponibilidade de recursos e transporte.

O colmo cortado ainda estará úmido por dentro, e, desejando utilizar-se o bambu para fins de construção de objetos ou estruturas deve-se secá-lo para obter resistência e durabilidade. Pode-se apoiar o bambu, ainda com as folhas, em um aposento arejado com chão e parede livres de umidade, sob proteção da chuva e do sol, e, dependendo da espécie e das condições climáticas, deixar a seiva escorrer e evaporar de duas a oito semanas.

Com fogo podem-se obter resultados mais rápidos, mesmo com climas mais frios e úmidos. Segundo Johan Van Lengen, do Instituto Tibá, no seu livro "Manual do Arquiteto Descalço" ele diz: "faz-se um buraco pouco profundo e cobre-se o solo e as esquinas com tijolos, para que não perca calor. O bambu deve ser colocado a uns 50 cm acima do fogo. Para que seque de maneira uniforme, deve-se virar os troncos de vez em quando. Com este método, a parede do tronco fica mais resistente aos insetos, mas cuidado! Se o fogo é muito forte pode abrir ou deformar os troncos."

Um modo muito utilizado para tratamento de bambu é ferver o bambu em água. Aconselham-se períodos de 15 a 60 minutos para cada grupo. Os fornecedores de bambu da região serrana do Rio de Janeiro costumam passar um pano molhado de óleo diesel no bambu antes de ferver. A soda cáustica é outra forma recomendada de tratamento, e deve-se misturar à água na proporção de 10 (água) para 1 (soda cáustica), mantendo o tempo de cocção de aproximadamente 15 minutos.

O ácido bórico é o elemento mais utilizado no tratamento químico de bambu. Pode-se utilizar um produto pronto (como o BORAX) ou preparar uma solução, como a sugerida por Johan Van Lengen: substância Kg sulfato de cobre 1 ácido bórico 3 cloreto de zinco 5 dicromato de sódio 6. Para banhar os troncos na solução pode-se construir uma banheira com barris de ferro cortados ao meio e soldados, como na sugestão mais uma vez de Johan Van Lengen: banheira de barril de ferro pg. 356- Johan Van Lengen - "Manual do Aruiteto Descalço" - Ed. Tibá. Esta banheira pode ser adaptada para cozinhar os bambus, se afastada do chão para queimar lenha.

Bibliografia: http://coral.ufsm.br/righi/agenteeficiente/bambu.php

https://tudosobreplantas.wordpress.com/2012/03/03/cultivo-de-bambu/

http://espaconaturalmente.blogspot.com.br/p/bambu.html

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