O DIREITO PREVIDENCIARIO

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A ligação entre tais fatores torna-se fácil de demonstrar, senão vejamos: a evolução e revolução na área das comunicações favorecem e permitem a integração econômica. Esta por sua vez influencia sobremaneira as relações políticas. Finalmente os valores e princípios que antecedem ou precedem os elementos políticos irão influenciar na medida da presença ou ausências dos valores éticos e morais das pessoas que comandam a política no cenário mundial. Tal interação entre os fatores citados é fundamental para a compreensão da evolução da Humanidade e, consequência, do processo de globalização em curso.

Infelizmente a globalização também nos traz episódios desagradáveis e ao mesmo tempo aterrorizantes, como os atentados terroristas recém- deflagrados. O que se observa nestes episódios resume o anteriormente citado, vez que a informação, favorecida pela comunicação, se faz necessária para tomarem-se decisões econômicas. Estas por sua vez, deveriam fazer com que a economia estivesse a serviço da política, e neste sentido, perseguir o bem da sociedade. Nos tristes fatos narrados, houve um desserviço da globalização, com o fanatismo e a violência disseminada além das fronteiras soberanas. Por tratar-se de fatos isolados, merece apenas breve citação, com o intuito de estabelecer a conexão da globalização com o mal, infelizmente.

Globalização econômica

Não se pode deixar de dedicar um tópico específico, em relação a globalização econômica, por tratar-se de uma faca de dois gumes. Explico:

De um lado descortinam-se novos horizontes para a economia global; do outro aumenta o abismo entre beneficiados com o processo e os desfavorecidos da fortuna. E mais, abre-se ainda mais o fosso que separa pessoas e países.

Muito embora o grande crescimento econômico tenha favorecido aos pobres, distante está a solução da pobreza no mundo, por conta do já narrado, em se tratando de aumento dos lucros e redução dos custos, pois é grande a utilização de outsourcing por parte das multinacionais, e este é um tópico tratado a seguir.

Definição de outsourcing

Outsourcing é uma palavra de origem do idioma inglês, cuja tradução literal seria “fonte externa”, ou como é mais conhecida no Brasil, terceirização, entendida como o contrato firmado entre uma empresa X contratar a mão-de-obra de uma empresa Y, objetivando principalmente economia financeira e administrativa, garantindo maior autonomia e tempo para a empresa X(contratante) gerir a sua atividade-fim.

Convém abrir um parêntese neste tópico, uma vez que a terceirização, tecnicamente falando, se adstringe somente à prestação de serviços rotineiros, de menor valor percebido, portanto mais distantes do “core business” (vocação da empresa) ou sua atividade fim. Nesse contexto podemos citar os serviços de limpeza, segurança, transportes etc

Em sua essência, o outsourcing pode ser definido como terceirização, porém tem um alcance mais próximo do “core business”, com a prestação de serviços tais como a gestão financeira da empresa principal, sistemas de informação (TI), além de outros que possibilitem a definição da melhor estratégia para obtenção de sucesso com os produtos por ela produzidos.

Muito mais do que uma simples terceirização, o outsourcing deve ser visto como um processo de transformação estratégica, concentrando-se naquilo que se faz de melhor e entregue o restante a especialistas que contribuirão de maneira efetiva para solidificar a empresa contratante.

Exemplificando, existem diversas multinacionais que possuem empresas terceirizadas à elas prestando serviços e dentre elas pode-se citar a McDonald’s, Coca-Cola e Nike.

As vantagens principais são as reduções de custos e, de maneira geral, o aumento da produtividade, já que a empresa principal ao contratar a empresa terceirizada, repassa a esta responsabilidades pela administração, contratação e pagamento dos funcionários que irão prestar os serviços terceirizados, no caso de serviços rotineiros.

Quando uma empresa terceiriza um serviço, podem eventualmente surgir desvantagens que se traduz na terceirizada prestar um mau serviço ou não prestar o serviço para o qual fora contratada. O fato de criar uma dependência excessiva de terceirizadas é outro ponto negativo, ocasionando para a empresa principal, pelo fato de ter terceirizado algum serviço, deixá-la inapta a praticar tal serviço por não possuir funcionários ou setores aptos para executarem-nos.

Cabe ao empresário/administrador separar o joio do trigo, sendo ideal, na contratação da empresa terceirizada, obter informações sobre a mesma. Após a contratação necessário se faz acompanhar o desempenho das funções para as quais a terceirizada fora arregimentada, e principalmente antes de tudo, preparar a transição dos colaboradores para outros setores da empresa, bem como a manutenção de alguns junto à contratada/terceirizada.

Estudo de caso-UNILEVER

A Unilever é uma companhia multinacional anglo-holandesa que produz bens de consumo em 190 países, nas categorias de cuidados pessoais, alimentos, limpeza, refreshment (bebidas de soja e sorvetes) e alimentação fora do lar (restaurantes). No Brasil, seus produtos incluem 700 itens de 25 marcas – entre elas, nomes consagrados como Omo, Comfort, Fofo, Seda, Lux, Dove, AdeS, Close Up, Rexona, Knorr e Kibon.

A história da Unilever começou no século XIX, na Inglaterra. Numa época em que sabão era um produto genérico, vendido por peso, William Hesketh Lever, através de sua empresa Lever Brothers, teve uma ideia simples, porém muito bem aceita: dar nome e embalagens individuais aos sabões que fabricava. Assim nasceu o sabão Sunlight.

Devido ao sucesso da ideia, em 1929 a Lever Brothers expandiu o negócio para outros países e uniu-se ao grupo holandês Margarine Unie, da área de alimentos, já que ambos utilizavam o azeite de palma como matéria-prima para seus produtos. Desta fusão veio a Unilever. Neste mesmo ano, a empresa montou sede na cidade de São Paulo sob o nome de Irmãos Lever e, assim, passou a comercializar o sabão Sunlight no Brasil.

Em 1960, ao adquirir a Cia. Gessy Industrial, a Irmãos Lever passou a adotar o nome Gessy Lever. Em 1970, a companhia decidiu entrar no mercado de alimentos, com o lançamento da margarina Doriana. Em 2000, a Gessy Lever adquiriu a Bestfoods, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, que havia acabado de incorporar as operações