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Escrita e linguagem no direito

Por:   •  13/6/2018  •  1.021 Palavras (5 Páginas)  •  413 Visualizações

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De modo inverso, ignorar ou limitar a totalidade lingüística e empobrecer a expressão inteligente. É o que ocorrer quando a oralidade, a comunicação gestual e a interpretação das imagens passam a representar o segundo plano do que se convencionou chamar de alfabetização. Desconsiderando todos os recursos expressivos conquistados pela criança, a escola pretende ensinar um novo sistema de comunicação, a escrita, como se ele pudesse ter completa autonomia: independente da fala, do desenho, do gesto da mímica e, pior que isso, independente da idéia.

Poucos são os que concebem a alfabetização como mais uma possibilidade de lidar com a linguagem, isto é, como um estágio do desenvolvimento dos recursos comunicativos, que compreender o mundo e de ser fazer presente aos outros.

Tal como foi para os nossos ancestrais pré-históricos, as inscrições infantis (desenhos, peseudo-escrita ou escrita efetiva)fazem parte de um quadro mais amplo de possibilidade expressivas que se manifestam por meio de um incontável número de vivências orais, físicas, gestuais, sensoriais e motoras. Todas esssas experiências, reflexos de um “eu” efetivo e congnitivo, ampliam as possibilidades de interação, deixando o sujeito na condição de “inventor de linguagem”.

Particularmente no que diz respeito à conquista da escrita, a criança revive a história busca de registros funcionais (apoio à memória, correspondência a distância, sistematização ou institucionalização de regras, leis e informações) que tem na escrita a mais adequada forma de expressão . o registro gráfico concretizado no ato de escrever é a extensão de outras possibilidades comunicativas (como, por exemplo, falar) que puderam ser adaptadas e organizadas numa nova linguagem. Mas assim como não existe indícios de que a humanidade chegou as estágio final da aprendizagem, limitando a alfabetização ao puro conhecimento das letras, na primeira série do ensino fundamental. Muito pelo contrário, aquele que escreve deve estar sempre descobrindo novas formas de manifestação e, nesse sentido, a conquista da escrita pressupõe o aproveitamento de todo repertório lingüístico (a linguagem total) numa aprendizagem permanente, que nunca se conclui porque traz em si a possibilidade de novas formas de manifestação. A escrita, em qualquer estágio de produção, faz parte de um processo essencialmente criativo.

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