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ASSÉDIO MORAL, DANO MORAL, DANO MATERIAL E DANO À IMAGEM

Por:   •  28/2/2018  •  9.442 Palavras (38 Páginas)  •  435 Visualizações

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Adriane Reis de Araújo (2006, p. 107) ao definir o assédio moral organizacional, leciona:

[...] configura o assédio moral organizacional, o conjunto de condutas abusivas, de qualquer natureza, exercido de forma sistemática durante certo tempo, em decorrência de uma relação de trabalho, e que resulte no vexame, humilhação ou constrangimento de uma ou mais vítimas com a finalidade de se obter o engajamento subjetivo de todo o grupo às políticas de metas da administração, por meio da ofensa a seus direitos fundamentais, podendo resultar em danos morais, físicos e psíquicos.

O termo "assédio moral" é a nomenclatura adotada no Brasil surgiu no ano de 1998 com o lançamento do livro Assédio Moral – A Violência Perversa, pela psicóloga francesa Marie-France Hirigoyen, que conceitua o assédio moral como “toda conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude...)

O assédio moral não ser confundido com formas aceitáveis de pressão nas relações de trabalho, exercidas por chefias dotadas de liderança, também vale lembrar que assédio moral não ocorre somente no ambiente de trabalho, ele pode estar presente nas relações entre cônjuges, no ambiente familiar, nas escolas, etc. A questão do assédio moral pode ocorrer em qualquer organização, seja ela pública, privada, sindical ou não governamental, visto que está relacionada à competitividade, inimizade ou até mesmo busca por promoção na organização profissional.

CONDUTAS QUE CARACTERIZAM O ASSÉDIO MORAL

Atitudes narcisistas, egocêntricas, necessidade de atenção, intolerância, busca por poder, entre outros, levam pessoas a agir de forma inesperada, chegando a assediar outro indivíduo, nem sempre são patologias, muitos vivenciam situações onde uma pessoa manipula outra para obter vantagem e todas as pessoas já vivenciaram situações de ódio a ponto de ser destruidor.

Qualquer ser humano pode passar por um momento de crise e ser levado a tomar atitudes muitas vezes de forma perversa com o objetivo de defender-se. O que difere o agressor e uma pessoa com uma raiva passageira, apesar de falta de ética é que o agressor é porque as atitudes vão se agravando e lhe traz uma sensação de prazer ao agredir a outra pessoa, atitude esta que não ocorre em pessoas comuns, pois após atingir uma outra pessoa vem o sentimento de culpa e/ou arrependimento. Para Hirigoyen[1] (2010), a guerra psicológica no local de trabalho, caracterizada pelo assédio moral, agrega dois fenômenos: o abuso de poder, que é rapidamente desmascarado e não é necessariamente aceito pelos empregados, além da manipulação perversa, que se instala de forma mais insidiosa e que, no entanto, causa devastações muito maiores. Este último deve ser combatido com base na instituição de legislação protetora dos direitos dos trabalhadores. Para agredir, o agressor se utiliza de estratégias perversas, jamais imaginadas por pessoas que possuem moral e ética. Assim existem algumas atitudes de agressor de procedimentos omissivos:

- Fazer a indiferença em relação ao outro;

- Senso de grandeza própria;

- Ignorar a vítima e atitudes de desprezo;

- Fantasias de sucesso ilimitado de poder;

- Ser especial e singular;

- Necessidade excessiva de ser admirado;

- Pensa que tudo lhe é devido;

- Explora a vítima nas relações interpessoais;

- Rigor excessivo no trato com o trabalhador

- Falta de empatia e inveja;

- Atitudes e comportamentos arrogantes;

- Tratamento desrespeitoso, humilhante.

O agressor tem diversas táticas são utilizadas por finalidade desestimular, desacreditar, deprimir, isolar, agregar a tarefas inúteis, indução do erro, as vezes até mesmo assédio sexual para fragilizar a auto-estima do assediado, com a finalidade de obter sucesso absoluto em suas agressões, transformando a vítima em culpada, fazendo com que a vítima tenha dificuldade de comprovar a um superior imediato a prática do assédio. Suas atitudes sempre estão em evidencia e superioridade e moral supera aos demais a sua volta, seus sentimentos podem ser julgados como conflito de personalidade, lembrando que são sentimentos irreais, porque na realidade estes são deficiências, para não se contradizerem com o próprio “eu” usa de assédio moral, para usar o melhor que existem em suas vítimas, esquecendo da moral e ética, o agressor não tem o senso de qualquer natureza, são pessoas frias, tendo como único objetivo sua auto-realização, satisfazendo seu próprio ego. O agressor quando questionado em relação a sua forma perversa de agir, volta sua condição de individuo normal e o ato de reverter toda e qualquer situação é comum, se tornando a vítima.

O assédio pode se manifestar de diversas formas, escolhendo a vítima o agressor a isola e a impede de se expressar sem explicação ou motivo aparente menosprezando e fragilizando a vítima sendo invasivo com comentários até mesmo sobre seu âmbito familiar.

ALVOS FREQUENTES DO ASSÉDIO MORAL

Homens e mulheres se submetem ao assédio moral, porem mulheres são os principais alvos, podemos incluir os homossexuais, pessoas com limitações físicas ou de saúde, pessoas introvertidas ou que como características se expressão de forma conservadora e tímida, submissas ou até mesmo sem voz ativa, nos homens o mais comum são ações contra a virilidade este é o ponto fraco nas vítimas do sexo masculino.

Com relação às mulheres: Estas são intimidadas, proibidas de falar, tem seu tempo de permanência no banheiro controlado.

Com relação aos homens: o assediador tenta atingir sua masculinidade.

FASES DE HUMILHAÇÃO NO TRABALHO

O assédio moral é de certa forma muito comum sobre o poder de um superior ao subordinado, mas existem também na rotina do dia a dia e são caracterizados espécies típicas de assédio, denominados assédio moral vertical, assédio moral horizontal ou assedio coletivo.

Marie-France Hirigoyen nos traz ensinos que fala sobre este tipo

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