ALEGAÇÕES FINAIS SOB A FORMA DE MEMORIAIS
Por: eduardamaia17 • 7/5/2018 • 1.005 Palavras (5 Páginas) • 423 Visualizações
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Com a mesma sorte de entendimento leciona Guilherme de Souza Nucci que:
“Exige-se elemento subjetivo do tipo específico, consistente no ânimo de associação, de caráter duradouro e estável. Do contrário, seria um mero concurso de agentes para a prática do crime de tráfico. Para a configuração do delito do art. 35 (antigo art. 14 da Lei 6.368/76) é fundamental que os ajustes se reúnam com o propósito de manter uma meta comum.” (Leis Penais e Processuais Penais Comentadas. 6ª. ed. São Paulo: RT, 2012, vol. I, p. 334)”
Para que se legitime a imposição da sanção correspondente pelo cometimento do delito em questão (art. 35), a lei exige mais do que o exercício do tráfico em integração pelos criminosos, porquanto em tal situação, a conduta de cada qual, sem um animus específico e duradouro de violar os arts. 33 e 34 da Lei de Tóxicos, evidencia, em tese, unicamente a co-autoria.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer Vossa Excelência digne-se de:
1) Absolver o denunciado Almir da Silva COsta, pela ausência de provas de que este concorreu para a prática do crime, nos termos do art. 386, V do CPP.
2) Caso não seja este o entendimento, que seja absolvido por não existir prova suficiente para a condenação, com base no art. 386, VII, do CPP;
3)Pelo princípio da eventualidade, que seja desclassificada a conduta para a prática do art. 28 da lei 11.343/06, por existirem elementos suficientes para a afirmação de que o denunciado é usuário de drogas.
4)Por necessário, ad argumentum, caso Vossa Excelência entenda pela condenação, requer que a pena seja fixada no mínimo legal e que o denunciado possa apelar em liberdade nos termos do art. 283 do CPP, por preencher os requisitos objetivos para tal benefício.
Nestes termos
Pede e aguarda Deferimento
Juiz de Fora, 04 de novembro de 2016
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Defensor Público
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