A DE EDUCAÇÃO COM PRINCÍPIOS E PROPÓSITOS PARA ESCOLAS CONTEMPORÂNEAS
Por: YdecRupolo • 25/10/2018 • 4.694 Palavras (19 Páginas) • 263 Visualizações
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Essa questão faz refletir, que o modelo de educação atual, apesar do crescente investimento do Estado não está atendendo as expectativas da população, pois as estatísticas mostram que a educação brasileira está aquém do desejado.
O discurso dos representantes e políticos sobre o assunto educação é sempre muito utilizado como plataforma política em época de campanhas eleitorais. As falsas promessas tem gerado insatisfação da população que tem apresentado isso nos movimentos sociais na busca de um direito que lhe é constitucional.
O princípio de que a educação é dever do Estado não implica no imobilismo da população e de cada indivíduo: a educação é também dever de todos, pais, alunos, comunidade. Com essa mobilização da população em defesa do ensino público, é possível pressionar ainda mais o Estado para que cumpra o seu dever de garantir a educação pública, gratuita e de bom nível para toda a população: uma população acostumada a receber um bom serviço se mobilizará para continuar a tê-lo. (GADOTTI, 2004, p. 34).
Outro aspecto relevante nos mostra Darcy Ribeiro (1995), afirmando que,
"A rica direita brasileira, desde sempre no poder, sempre soube dar, aqui ou lá fora, a melhor educação a seus filhos. Aos pobres dava a caridade educativa mais barata que pudesse indiferente à sua qualidade (...)". (RIBEIRO, 1995:2)
É fato, que para que se consiga alcançar a solução de diversos problemas enfrentados em no país, não basta apenas que se façam investimentos reais no processo educacional, com foco exclusivamente na infraestrutura, na capacitação do magistério e na sua devida valorização, ou na ampliação do acesso ao ingresso a escolarização básica e superior, pois a questão é muito mais complexa. Essa temática envolve o modelo didático-pedagógico, que historicamente vem sendo desenvolvido nas escolas, de forma tacanha e míope, pois tem em seu bojo apenas a ideia utópica de que o Estado está imbuído em formar cidadãos cultos, reflexivos, e protagonista de sua carreira profissional e/ou acadêmica. Com base no estudo de Leite apud Ranghetti (2008) (LEITE, 2009, p.19) os atuais educadores ainda mantem uma conduta pedagógica que não consegue desvincular-se da formação humanista-jesuíta de vocação sacerdotal do magistério, que historicamente compromete a capacidade, autoridade e autonomia de gerir uma prática pedagógica bem estruturada e sistematizada em princípios (verdades) e propósitos (intencional) que se integram e permanecem fortes para enfrentar as ondas de interesses subjetivos e ideológicos de manipulação de poder, que a nossa sociedade sofre intensamente e constantemente num mundo globalizado e dinâmico.
A baixa qualidade da educação pode ser observada sob diversos aspectos, em que o principal personagem, é o estudante, que vive a margem da discriminação social por depender de uma escola pública que não satisfaz a necessidade de escolarização para sua inserção de forma igualitária na sociedade, que cada dia tem se tornado mais competitiva. A realidade das instituições públicas de ensino é assustadora, visto que, em muitas instituições nem profissionais preparados para professarem o ensino possuem, e quando os tem não valorizam nem o tempo que é dispensado para o exercício de sua profissão, quanto mais a qualidade daquilo que ensinam. Salários baixos, conteúdos retrógrados, falta de infraestrutura, são algumas das dificuldades enfrentadas pela educação brasileira, e mesmo com mudanças no exercício do poder político continuam no mesmo patamar de desenvolvimento. Simplesmente acabar com o analfabetismo não resolve o problema, pois a visão crítica de mundo não se adquire assinando o nome ou fazendo contas; essa se desenvolve através de discussões aprofundadas sobre a realidade que acontece a sua volta, mas parece que o problema está justamente no medo da conscientização.
Diante disso, cabe uma discussão sobre o atual padrão de atendimento no ensino brasileiro, bem como uma reflexão sobre alguns aspectos do padrão de qualidade que se almeja para assegurar o direito à educação não apenas do ponto de vista do acesso.
Sobre esse assunto, Paulo Freire enfatiza bem a verdadeira condição da escolarização democrática vivida pela sociedade atual, onde afirma que,
um desses sonhos para que lutar, sonho possível mas cuja concretização demanda coerência, valor, tenacidade, senso de justiça, força para brigar, de todas e de todos os que a ele se entreguem, é o sonho por um mundo menos feio, em que as desigualdades diminuam, em que as discriminações de raça, de sexo, de classe sejam sinais de vergonha e não de afirmação orgulhosa ou de lamentação puramente cavilosa. No fundo, é um sonho sem cuja realização a democracia de que tanto falamos, sobretudo hoje, é uma farsa. (FREIRE, 2001,p.25)
Mediante ao exposto até aqui, cabe fazer o seguinte questionamento:
Há uma metodologia de ensino que realmente se preocupa com a formação do sujeito integral, reflexivo? Que seja capaz de fazer o aluno alcançar um elevado nível de escolarização, com qualidade acadêmica e cultural, preparando-o para ser protagonista da sua história?
As respostas a essas e outras questões é a proposta desse artigo que tem como objetivo principal propor o resgate histórico da educação com bases cristãs, apresentando uma proposta de Educação com Princípios e Propósitos para escolas contemporâneas de nosso país. A Educação por Princípios bíblicos como uma alternativa, para a formação de cidadãos reflexivos e conscientes de seus deveres para com a sociedade, pode ser um caminho possível, sem com isso perder de vista a preocupação com a proposta curricular estabelecida pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.
Mediante pesquisa bibliográfica, verificar-se-á se a proposta de Educação por Princípio embora seja totalmente pautada na Palavra de Deus, tendo a Bíblia como fonte primária de todas as disciplinas, possibilitará uma cosmovisão do todo e o que transcende a ele, o que se torna superior a visão holística do ponto de vista humanista, mostrará uma organização em relação a estrutura escolar e corpo docente que irá pensar sua prática pedagógica de propósitos previamente definidos com base nos princípios cristãos, fazendo com que todos falem a mesma língua e tenham o mesmo objetivo na busca por um resultado satisfatório, que é ver seus alunos saindo da escola sabendo pensar e raciocinar melhor diante o mundo em que vivemos, contribuindo assim para a mudança da realidade atual.
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