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A INTERAÇÃO DOS AGENTES ECONÔMICOS E AS QUESTÕES-CHAVE DA ECONÔMICA

Por:   •  29/9/2018  •  2.118 Palavras (9 Páginas)  •  354 Visualizações

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O processo de interação é resultando da divisão do trabalho, especialização e trocas, que se fundamenta em dois benefícios principais, decorrentes do princípio das vantagens comparativas: 1) maior eficiência: a medida que a divisão do trabalho e a especialização se intensificam, as operações de produção se tornam mais eficientes. As técnicas rudimentares sedem lugar a tecnologias avançadas, os trabalhadores tornam-se altamente especializados e interdependentes e as linhas de produção se dedicam a atividades especificas e especializadas; e 2) ganhos de escala: que resultam das vantagens derivadas da especialização. Com maior especialização, a produção é maior, reduzindo os custos do tempo de execução e ampliando a qualidade.

O estabelecimento de um sistema de trocas se deu por meio da interação entre os agentes econômicos. Cada um dos agentes opera uma parte desse sistema de trocas, fazendo a economia funcionar. Cada componente depende do outro, direta ou indiretamente.

O ESCAMBO COMO SISTEMA PRIMITIVO DE TROCAS

O sistema de trocas é uma síntese de todos os processos de interação dos agentes econômicos, resultantes da divisão do trabalho e da especialização.

Um sistema de trocas eficiente exige o emprego de uma moeda - uma das mais importantes instituições econômicas inventadas pelo homem. É com a descoberta e ampla utilização dela que a prática de trocas indiretas foi possível.

O escambo, forma de trocas diretas, precedeu a descoberta desse instrumento de trocas diretas. O escambo é um sistema direto de trocas, sem intervenção de um sistema monetário. As trocas eram realizadas em espécie.

Esse sistema de trocas tem sua operacionalidade dificultada por duas exigências: 1) a existência de necessidades coincidentemente inversas: o parceiro de troca deve ter excedentes disponíveis e necessidades inversamente coincidentes; e 2) a definição de uma relação quantitativa de troca:necessidade de um acordo sobre a relação de troca, uma relação de valor entre os produtos para efetivação da troca.

AS MERCADORIAS-MOEDA: a evolução para as trocas indiretas

Ao evoluir do estágio primitivo de trocas no escambo, as negociações de mercadorias criaram as mercadorias-moeda, facilitando a troca de mercadorias. É com o emprego dela que os mercados se ampliaram e que o comercio evoluiu. Por mais rudimentar que fosse, as mercadorias-moeda possibilitaram as trocas indiretas, elas poderiam ser trocadas por quaisquer bens ou serviços desejados.

As suas duas características básicas: eram relativamente raras (para que tivessem valor) e atendiam necessidades essenciais e comuns (para que fossem aceitas como instrumento de troca, sem restrições).

Apesar dessa evolução, as mercadorias-moeda não preenchiam características essenciais da moeda. Um dos principais problemas está relacionado à não serem homogêneas, o valor variava muito, e divisibilidade, gerando dificuldades em pagar exatamente o valor de troca efetuado.

O METALISMO: origem e evolução

Apesar dos benefícios que a mercadorias-moeda tenham trazido para a estruturação dos sistemas monetários, essas moedas de troca não preenchiam requisitos essenciais da moeda, levando os povos mais desenvolvidos da Antiguidade a desenvolverem um sistema monetário baseado em metais e que atendiam aos 5 requisitos essenciais da moeda: homogeneidade, inalterabilidade e indestrutibilidade, divisibilidade, transferibilidade e facilidade de manuseio e de transporte.

A maioria das antigas civilizações compreenderam a importância de uma moeda que atendesse a esses requisitos e entenderam que os metais reuniam características para serem utilizados como instrumentos monetários. Consequentemente, na maioria das civilizações culturalmente mais avançadas, a utilização de metias com fins monetários propagou-se rápida e eficazmente.

Do estágio inicial, em que os metais preciosos eram usados como espécies diferentes de mercadorias-moeda, podem aparecer de diversas formas físicas, evoluiu-se para a cunhagem, passando a ter curso legal e poder liberatório, já que eram divididas por autoridades públicas, passando a ter aceitação obrigatória.

A aparição da Moeda-papel

Paralelamente a evolução do metalismo, desenvolve-se a intermediação bancária, um dos mais importantes momentos da evolução da moeda, por ter sido a base e a origem da moeda-papel.

Devido a expansão das operações de crédito e sendo fundamental para a continuidade do crescimento econômico, tornou-se necessário a criação de um novo instrumento monetário, meios alternativos de pagamento, como as letras de câmbio ou dos certificados de depósito de moedas metálicas emitidas pelas casas de custódia de valores ou pelas ourivesarias, estabelecimentos que são considerados os precursores do sistema bancário moderno.

As casas de custodio passaram gradativamente a suprimir o caráter nominal dos certificados, passando a emiti-los como uma espécie de título ao portador. Como esse sistema passou a ser confiável, ele passou a circular e ter aceitação generalizada como um novo tipo de instrumento monetário - a moeda-papel. Assim, a moeda-papel passou a substituir as moedas metálicas.

Da moeda-papel para o papel-moeda: a criação da moeda fiduciária

As casas de custódia transformam-se em casas bancárias e passaram a conceder créditos, descontando títulos representativos de operações comerciais, através da emissão de notas bancárias. Assim, passaram a circular formas puramente fiduciárias de moeda, representadas pelas notas bancárias.

Essa passagem das primeiras formas de moeda-papel (certificados emitidos mediante lastro metálico integral) para as primeiras formas de papel-moeda ou de moeda fiduciária (notas bancárias emitidas a partir de operações de crédito, sem lastro metálico).

Após um longo processo evolutivo, o direito à emissão de notas, em cada país, seria confiado a uma única instituição bancária oficial, controlada pelo poder público. As notas emitidas por eles tinham garantias anunciadas pelas autoridades monetárias.

Essa evolução corresponde à passagem da moeda-papel ao papel-moeda. O papel moeda passou a receber a garantia de disposições legais que envolviam sua emissã0, seu curso e seu poder liberatório. O papel-moeda se desvinculou de seu substrato metálico e produziu grandes mudanças nas instituições monetárias,

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