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Resumo do livro - Ciência, Conceitos-Chave em Filosofia, de Steven French

Por:   •  1/11/2017  •  3.166 Palavras (13 Páginas)  •  1.224 Visualizações

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Logo após o autor apresenta “A EXPLICAÇÃO HIPOTÉTICO-DEDUTIVA”, que é uma explicação mais geral do método cientifico que une os contextos da descoberta e justificação, ou seja, momentos eureca deduzem hipóteses e testes experimentais as estudam usando a lógica, as confirmando ou não. Como exemplo, é citada a teoria ondulatória da luz, considerada um dos maiores avanços científicos. Então é levantada a questão: É A CRIATIVIDADE UM MITO? Aqui é citado o filosofo radical Feyerabend, que condena o contexto da descoberta e French frisa que muitas vezes é criada uma visão presunçosa do genial que dá lugar a excêntricos, que se convencem de seus momentos eureca, inibindo todo o trabalho cientifico realizado por trás. Como exemplo, é retomado o caso de Mullis e o PCR, que na verdade não foi uma ideia singular, mas havia todo um precedente trabalho em equipe. Arquimedes é novamente citado para frisar que por trás do seu momento eureca havia um cientista brilhante e inovador. Edward Jenner também é citado, pioneiro da técnica da vacinação e descobridor da vacina da varíola. No caso de Edward, a descoberta ocorreu a partir da observação, e através da indução são construídas as hipóteses.

No tópico que fala da EXPLICAÇÃO INDUTIVA, Steven inicia apresentando a indução enumerativa, composta por afirmações chamadas por ele de afirmações “singulares” que levam através da indução a uma conclusão “universal”. Em seguida ele compara a indução com a dedução, na qual uma afirmação universal leva a afirmações singulares. No entanto, Steven levanta indagações para concluir que o processo indutivo pode ser enganoso. Betrand Russel é citado com o seu exemplo do jovem peru e nos parágrafos seguintes o autor mostra que apesar do processo indutivo ser provavelmente verdadeiro, ele não garante a verdade da conclusão, inclusive a respeito da indução feita sobre a descoberta das hipóteses. Steven retoma o exemplo de Jenner para afirmar que não apenas as observações são importantes, mas também quem as realiza e seu conhecimento adquirido.

No terceiro capítulo, denominado Heurística, o autor inicia afirmando que as duas visões – a hipotético-dedutivista e a da explicação dedutiva – citadas anteriormente são inadequadas, e que existe uma terceira visão mais adequada, a heurística. Steven cita George Polya e sua abordagem para resolver problemas, e em seguida apresenta algumas parcialidades cognitivas, citando exemplos como o da doença e sua taxa de abrangência geralmente desconsiderada; o caso de Linda e a heurística da “representatividade”, que viola a regra da conjunção da teoria da probabilidade. French chega a conclusão de que as pessoas, inclusive as mais instruídas, estão usando representações não-padrões, onde não há incorporação da taxa básica ao modelo intuitivo. O autor evidencia que uma descoberta estruturada não significa que deve haver um conjunto de regras para se obter teorias, mas que existe um mínimo de lógica aqui, não surgindo apenas da criatividade.

Para avaliar movimentos do nível experimental, é citado o exemplo do raio, onde Benjamin Franklin observou pontos de similaridade e apresentou a hipótese de que os raios eram uma forma de descarga elétrica. Essa hipótese passou por dois testes, o de Dalibard e a vara de 40 pés e o de Franklin empinando uma pipa, e assim, a observação de similaridades funcionou como um poderoso passo heurístico.

No caso do âmbito experimental/teórico, as similaridades mostram-se importantes. O autor cita Oerstd, Ampere e Arago e suas experiências sugeriram associação entre eletricidade e magnetismo. Cita Henry e Faraday, e apresenta Maxswell que unificou esses dois campos de estudo, e Hertz que reformulou as equações de Maxswell e construiu experimentos para confirmar tais ideias. Ele também cita a teoria eletrofraca, fruto de observações de Weinberg, Salam e Glashow.

No subtópico “TEORICO: CORRESPONDENCIA”, o autor trata da ideia de que o progresso científico é um processo essencialmente cumulativo e classifica essa tese como polêmica, citando revoluções conflitantes como a da teoria quântica, a einsteiniana, a cientifica e a do DNA. Para Kuhn, essas revoluções mudam inclusive a metodologia cientifica, atingindo a matriz disciplinar de determinado campo a partir da analise de anomalias. Como exemplo, cita a divergência entre a visão aristotélica e a newtoniana para a análise do movimento dos corpos. Outros cientistas afirmam que através das rupturas não só houve progresso, mas permite ver como as teorias foram criadas a partir das predecessoras, ideia consagrada no “Princípio da Correspondência Geral”.

Uma outra manobra heurística é procurar falhas numa teoria que servirão de pistas para uma nova teoria retificada e melhor. O autor cita como uma influente falha a inconsistência e exemplifica com o modelo atômico de Bohr, substituído pela mecânica quântica. Outro movimento heurístico é a construção de modelos ao invés de uma teoria completa. Como exemplo, é citado o caso do pendulo que pode ser afetado muitas variáveis, mas tem o estudo simplificado para obtenção de resultados acurados; outros exemplos são o modelo das bolas de bilhar para o gás e o modelo da “gota liquida” do núcleo atômico. Modelos baseados em sistemas físicos com o qual estamos familiarizados facilitam os estudos, apesar das analogias positivas ou negativas assim chamadas por Hesse, que considera a analogia neutra ligada ao fato da descoberta. Steven também discorre um pouco sobre a história do modelo do DNA de Crick e Watson, influenciado pelos estudos de Asturby, Bragg, Wilins e Franklin, e Pauling. A partir dessa história, ele destaca três passos importantes para a construção dos modelos: o conhecimento prévio, o experimento e a construção do modelo teórico. A combinação complexa de diferentes movimentos heurísticos foi fundamental para a descoberta, ao invés da pretensão do método hipotético-dedutivo.

No capítulo 4, o autor aborda sobre a “Justificação”, o modo como as teorias relacionam-se com as evidencias. Ele explica que os dados podem agir sobre as teorias de duas formas: verificando-as ou falsificando-as. No primeiro caso, entram em cena os positivistas lógicos, e é levantada a questão sobre a diferença entre metafisica e física. O autor cita Carnap, o positivista que ficou impressionado ao ler sobre a Teoria da Relatividade de Einstein, e Eddington, astrônomo que confirmou o efeito de tal teoria através da observação. O nome de Einstein tornou-se estabelecido graças ao impacto da confirmação de sua teoria através da verificabilidade observacional. Von Hofmann também é citado como um exemplo da visão

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