A Analise das Demonstrações Contábeis
Por: eduardamaia17 • 23/4/2018 • 4.728 Palavras (19 Páginas) • 452 Visualizações
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Para que se tenha ideia do nível exato de endividamento de uma empresa, se faz necessário o conhecimento dos ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL OU DE ENDIVIDAMENTO, os quais se subdividem da seguinte forma:
2.1.1 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS (PCT) OU GRAU DE ENDIVIDAMENTO
Este índice indica o percentual de Capital de Terceiros em relação ao Patrimônio Líquido, mostrando a dependência da empresa em relação aos recursos externos.
Nesse sentido, pode ser obtido/representado pela fórmula abaixo descrita:
PCT=
Capital de terceiros
x100
Patrimônio Líquido
A interpretação do índice de PCT isoladamente, para o analista financeiro cujo objetivo é avaliar o risco da empresa, é no sentido de que “quanto maior, pior”.
Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior for a relação “Capitais de Terceiros/Patrimônio Liquido”, menor será a liberdade de decisões financeiras da empresa ou maior a dependência a esse terceiros.
Do ponto de vista da obtenção de lucro, pode ser vantajoso para a empresa trabalhar com Capitais de Terceiros, desde que a remuneração paga a esses capitais seja menor do que o lucro obtido mediante aplicação nos negócios.
2.1.2 COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO (CE)
Tal índice indica quanto da dívida total da empresa deverá ser paga a Curto Prazo, isto é, há de se fazer uma comparação entre as obrigações a curto prazo x obrigações totais.
CE=
Passivo Circulante
x100
Capital de terceiros
A interpretação do índice de CE é no sentido de que “quanto maior, pior”, mantidos constantes os demais fatores. A razão é que quanto mais dívidas à pagar a Curto Prazo, maior será a pressão para a empresa gerar recursos para honrar seus compromissos.
Admite-se que, quanto mais curto o vencimento das parcelas, maior será o risco oferecido pela empresa. De outra forma, empresas com endividamento concentrado no Longo Prazo, principalmente decorrente de investimentos efetuados, oferecem uma situação mais tranquila no Curto Prazo.
2.1.3 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (IPL)
O índice de imobilização do PL indica quanto do Patrimônio Líquido da empresa está aplicado no Ativo Permanente, ou seja, o quanto do Ativo Permanente da empresa é financiado pelo seu Patrimônio Líquido, evidenciando, dessa forma, a maior ou menor dependência de recursos de terceiros para manutenção dos negócios.
IPL=
Ativo Permanente
x100
Patrimônio Líquido
A interpretação do índice de IPL é no sentido de que “quanto maior, pior”, mantidos constantes os demais fatores.
As aplicações dos recursos do Patrimônio Líquido são exclusivas do Ativo Permanente e do Ativo Circulante. Assim, quanto mais a empresa investir no Ativo Permanente, menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante e, em consequência, maior será a dependência sobre Capitais de Terceiros para o financiamento do Ativo Circulante.
O ideal em termos financeiros é que a empresa disponha de Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela suficiente para financiar o Ativo Circulante.
Em princípio, o ideal é que as empresas imobilizem a menor parte possível de seus recursos próprios. Assim, não ficarão na dependência de capitais alheios para a movimentação normal de seus negócios.
2.1.4 IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES (IRNC)
Este índice indica que percentuais de Recursos Não Correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente.
IIRNC=
Ativo Permanente
x100
Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo
A interpretação do índice é no sentido de que “quanto menor, melhor”.
Os elementos do Ativo Permanente têm vida útil que pode ser de 2, 5, 10 ou 50 anos. Assim, não é necessário financiar todo o Imobilizado com Recursos Próprios, sendo perfeitamente possível utilizar recursos de Longo Prazo, desde que o prazo seja compatível com o de duração do Imobilizado, ou então que o prazo seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de Longo Prazo. Daí a lógica de comparar aplicações fixas (Ativo Permanente) com os Recursos Não Correntes (Patrimônio Liquido + Exigível a Longo Prazo).
2.2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Os índices de liquidez fazem um estudo sobre a capacidade financeira de uma empresa de satisfazer os seus compromissos junto a terceiros fazendo uma comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades de uma entidade. Tendo uma liquidez baixa, a empresa deve ficar em alerta, pois futuramente pode apresentar problemas com o fluxo de caixa.
Segundo Gitman (2010) a liquidez de uma empresa é analisada pela sua capacidade de saldar suas obrigações de curto prazo, em termos mais simples, é a facilidade com que a empresa tem em pagar suas contas em dia.
2.2.1. ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA
Este índice é usado para medir, a capacidade da empresa em honrar seus compromissos à curto prazo com o que possui de disponibilidades, ou seja, quanto a empresa tem imediatamente disponível para pagar suas obrigações.
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2.2.2. ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE
A Liquidez Corrente é um dos índices mais utilizados na análise de balanços, ele é utilizado como medidor de saúde financeira das entidades. Indica quanto a entidade poderá dispor de recursos de curto prazo para honrar suas dividas.
Iudícibus (2009) diz que o Índice de Liquidez Corrente é considerado o melhor indicador para avaliar a situação líquida da empresa.
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