A ética e o comportamento Organizacional
Por: Hugo.bassi • 10/11/2018 • 5.896 Palavras (24 Páginas) • 394 Visualizações
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Sabendo que a ética se tornou um fator essencial e necessário para garantia da sustentabilidade das organizações, e que esta influencia diretamente no comportamento organizacional, e na medida em que nesse comportamento contém práticas antiéticas, põe em risco a cultura da organização, trazendo consequências e riscos à continuidade da empresa. Segundo Santos (2013):
A adequação das organizações aos comportamentos éticos dos profissionais e candidatos e a identificação, a mitigação, a análise das consequências e a prevenção das atitudes inadequadas é uma tarefa difícil para as organizações, mas, ainda assim, necessária (SANTOS, 2013, p. 54).
Assim, se faz necessário reafirmar por meio de estudos desta natureza, a importância dos comportamentos éticos nos ambientes empresariais para dar visibilidade aos valores internos que fazem a cultura da empresa, corroborado com o sentimento de cumprimento da justiça social e idoneidade que tem sido tão requerida no mercado competitivo, e inibindo as pessoas a adotarem atitudes contrárias a conduta organizada.
Este trabalho busca uma reflexão as principais causas que levam o homem a desenvolverem condutas antiéticas nas organizações e a influência dessas práticas no comportamento organizacional.
Nessa abordagem, iniciaremos este estudo com um breve histórico sobre o comportamento ético do homem e a influência nas organizações, em seguida definiremos conceitos como: ética, comportamento organizacional e cultura organizacional e de que forma os três conceitos se relacionam, seguiremos mostrando quais são as principais atitudes consideradas como antiéticas e de que forma reflete negativamente para a organização nos diferentes aspectos, em seguida apontaremos os principais setores que compõe uma organização como: RH, Contabilidade, Tecnologia da Informação, Logística e Administração de serviços terceirizados e quais os comportamentos organizacionais mais comuns nesses setores, a partir disso, mostraremos as principais atitudes consideradas como antiéticas nesses setores. Por fim, abordaremos medidas que podem ser utilizadas pelas organizações para estimular e motivar atitudes éticas e como isso ira refletir na empresa. E assim, trazer uma compreensão mais solida a esta reflexão, com o fim de defender que o comportamento organizacional deve ser ético, e deve está sempre alinhado à cultura das instituições.
- METODOLOGIA
2.1 Tipo de Estudo
Este artigo consiste numa pesquisa de analise teórica, de cunho bibliográfico, pois dialoga com autores que tratam do tema escolhido como objetivo de estudo. Sendo visto como descritivo, oferecendo explicações e analises muito ricas de contextos específicos.
Godoy (1995, p.25) descreve que:
[...] abordagem qualitativa, enquanto exercício de pesquisa, não se apresenta como uma proposta rigidamente estruturada, ela permite que a imaginação e a criatividade levem os investigadores a propor trabalhos que explorem novos enfoques (GODOY 1995, p.25).
Portanto, com a abordagem qualitativa e método dedutivo contidas neste estudo, buscou-se proporcionar ao leitor uma reflexão, dando-o a possibilidade de interpretar os fatos ocorridos em seu cotidiano que se assemelhem as situações mencionadas nesta pesquisa.
2.2 Campo de Estudo
A metodologia aplicada baseia-se na observação, analise síntese, interpretação de fenômenos, sem nela interferir para modifica-la entre outras competências cognitivas superiores, buscando contato com os autores para melhor esclarecimento sobre a temática analisada, além dos teóricos apresentados no referencial.
2.3 Instrumentos de Coleta de Dados
A coleta de informações foi feita por meio da analise de dados retirados de artigos e livros publicados entre os anos de 2008 a 2016 e pesquisados em sites eletrônicos como o Google Acadêmico e Scielo.
- BREVE HISTÓRICO SOBRE O COMPORTAMENTO ANTIÉTICO DO HOMEM E OS REFLEXOS NAS ORGANIZAÇÕES
Para Vasquez (2012):
As doutrinas éticas fundamentais nascem e se desenvolvem em diferentes épocas e sociedades como respostas aos problemas básicos apresentados pelas relações, e, em particular, pelo seu comportamento moral efetivo (VASQUEZ, 2012 p.269).
Observa-se durante a historia que o comportamento ético do homem se vincula a sua realidade social e está sujeita historicamente a mudanças. Portanto, “as doutrinas éticas não podem ser consideradas isoladamente, mas dentro de um processo de mudança e de sucessão que constitui propriamente a sua história” ( VASQUEZ, 2012 p.269).
A convivência em comunidade contribuiu de forma significativa ao desenvolvimento do homem, na medida em que essa integração proporcionou proteção e ajuda mútua, sendo garantia de sobrevivência nos períodos pré-históricos, nesse período eram favorecidos os interesses coletivos. De acordo com Vasquez (2012), na filosofia grega na antiguidade clássica, problemas éticos eram objetos de atenção especial quando se democratiza a vida politica nesse período especialmente em Atenas. Segundo o autor, a grande preocupação dos filósofos desse período eram com os problemas do homem, sobretudo políticos e morais.
Na idade média a ideologia do teocentrismo disseminada pela igreja colocou a religiosidade e a busca incessante pelo perdão divino como o principal anseio social “a ética cristã tende a regular o comportamento dos homens com vistas a o outro mundo” (VASQUEZ, 2012, p.279). Com isso o homem começa a olhar para o seu eu, estando dispostos a realizarem o que fosse preciso para ter a vida eterna, como pagamentos de indulgências e penitências a fim de santificar as práticas condenadas pela igreja.
Como afirma Vasquez (2012):
Nesta sociedade, caracterizada também pela profunda fragmentação econômica e politica, devida à existência de uma multidão de feudos, a religião garante uma certa unidade social, porque a politica está na dependência dela e a igreja- como instituição que vela pela defesa da religião-exerce plenamente um poder espiritual e monopoliza toda vida intelectual. A moral concreta, efetiva, e a ética-como doutrina moral-estão impregnadas, também, de um conteúdo religioso que encontramos em todas as manifestações da vida medieval (VASQUEZ, 2012 p.277).
Com o renascimento surge a excelência da racionalidade humana
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