UM BREVE OLHAR SOBRE A CONSTRUÇÃO CIVIL
Por: Carolina234 • 13/11/2018 • 1.941 Palavras (8 Páginas) • 343 Visualizações
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DO PAÍS
Mesmo atravessando um momento de crise, provocada principalmente por problemas políticos, ainda assim apresentamos uma economia forte e sólida. O país é um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais, agrícolas e manufaturados. A agricultura, indústria e serviços são suficientemente desenvolvidos e encontram-se, atualmente, em bom momento de expansão. Considerado um país emergente, o Brasil ocupa o 9º lugar no ranking das maiores economias do mundo (em volume de PIB de 2015). O Brasil possui uma economia aberta e inserida no processo de globalização.
No entanto, as expectativas para 2016 do FMI não são animadoras, como se vê no gráfico a seguir:
(FONTE: FMI, 2016)
Ademais, para o IBGE, Ministério de Minas e Energias, Banco Mundial, CIA The World Factbook, os prognósticos não são os melhores como se vê:
PIB de 2015 (Produto Interno Bruto): R$ 5,904 trilhões ou US$ 1,53 trilhão* taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 3,85 (em 03/03/2016)
Renda per Capita de 2015 (PIB per capita): R$ 28.876 ou US$ 7.500 * taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 3,85 (em 03/03/2016)
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Evolução do PIB nos últimos anos: 1,3% (2001); 3,1% (2002); 1,2% (2003); 5,7% (2004); 3,1% (2005); 4% (2006); 6% (2007); 5% (2008); - 0,2% (2009); 7,6% (2010); 3,9% (2011); 1% (2012); 2,5% (2013); 0,1% (2014); -3,8% (2015).
Desempenho do PIB no ano de 2015 (de janeiro a dezembro): -3,8%
Desempenho do PIB no ano de 2016 (de janeiro a março): -0,3% (em relação ao trimestre anterior)
Desempenho do PIB no ano de 2016 (de abril a junho): -0,6% (em relação ao trimestre anterior)
Inflação: 10,67% (IPCA de 2015) | 0,26% (IPCA de outubro de 2016) | 5,78% ( IPCA de janeiro a outubro de 2016) .
Taxa de desemprego: 11,8% da população economicamente ativa (3º trimestre de 2016) e 8,5% (taxa média anual de 2015).
Taxa básica de Juros do Banco Central (SELIC): 14,00% ao ano (referência: 20 de outubro de 2016).
Resultado primário do setor público (união, estados e municípios): deficit de R$ 23,8 bilhões (no 1º semestre de 2016)
Reservas internacionais: US$ 372 bilhões (em março de 2016)
Produção industrial: -8,3% (em 2015) em relação ao ano anterior. De agosto para setembro de 2016, o setor industrial apresentou crescimento de 0,5%. De janeiro a setembro de 2016, a produção industrial brasileira apresentou queda de 7,8%.
Arrecadação federal (impostos e tributos recolhidos): R$ 1,274 trilhão (valor atualizado pelo IPCA) no ano de 2015 / R$ 676 bilhões (no 1º semestre de 2016).6
O quadro delineado mostra que a inflação, na era Tombini, ultrapassa a meta prevista, consoante os dados do IBGE, como se pode verificar no gráfico apresentado:
(FONTE: IBGE, 2016)
6 ECONOMIA Brasileira. Informações, Índices e Dados da economia brasileira. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/geografia/economia_brasileira.htm>. Acesso em: 10 nov. 2016.
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3 A CONSTRUÇÃO CIVIL E A CRISE
A crise política teve reflexo direto no setor da construção civil, como efeito dessa crise veio o aumento dos juros, a restrição no crédito, o desemprego, entre outras consequências que foram sendo desencadeadas à medida que a operação lava-jato ia progredindo e novos escândalos iam sendo descobertos. A crise da construção chegou a uma velocidade estonteante.
Apesar do cenário caótico, segundo Amorim7, quando a recuperação vier, terá ritmo bem diferente. No entanto, o cenário atual mostra que financiamento caro e queda da renda representam desafios ao setor.
Após retração de 10,2% em dois anos, a construção civil, um dos setores mais afetados pela recessão econômica, começa a sinalizar uma retomada. A recuperação da confiança de empresários brasileiros indica um horizonte mais favorável nos próximos meses.
Apesar da economia real continuar dando tropeços, indicadores apontam que a crise no setor pode estar perto do fim. Depois de oito trimestres de queda, o setor teve leve reação e avançou 1% entre abril e maio. A confiança dos donos de construtoras, por exemplo, já anda para frente há seis meses consecutivos, conforme mostra indicador calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A recuperação é expressiva no segmento de preparação do terreno, atividade que costuma registrar aceleração no início efetivo de obras previamente contratadas.8
Neste sentido, para haver uma melhora nesta área, empresários do setor e bancos negociam com representantes do Banco Central para aumentar o limite do valor dos imóveis financiados com recursos do FGTS de R$ 750 mil para R$ 1 milhão.
7 AMORIM, Lucas. Construção civil vive crise sem precedentes no Brasil. Exame.com, 16 jul. 2015. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-exame/a-crise-e-a-crise-da-construcao/>. Acesso em: 14 nov. 2015.
8 CALDAS, Cadu. Construção Civil dá sinais de recuperação. ZH economia, 19 set. 2016. Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2016/09/construcao-civil-da-sinais-de-recuperacao-7504005.html>. Acesso em: 10 nov. 2016.
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A retomada da construção civil deve começar pelo setor imobiliário e só mais adiante em obras de infraestrutura — boa parte paralisadas pela crise política em Brasília e o envolvimento de grandes empreiteiras na Lava-Jato.9
Para alavancar de vez a construção de novas residências e empreendimentos comerciais, é preciso antes ultrapassar dois importantes obstáculos: o juro alto e o desemprego.
Os gráficos abaixo mostram que o ciclo de contração da atividade pode estar, finalmente, se encerrando. De qualquer maneira, será uma recuperação mais demorada, tendo em vista que o ciclo econômico da construção é mais lento que o da indústria, que já começa a dar sinais mais concretos – disse Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre.10
Isso revela a expectativa dos empresários, o que, de alguma forma, se alinha à expectativa de que haja uma melhora na crise política, tendo em vista as mudanças ocorridas no país.
9 CALDAS, Cadu. Construção Civil dá sinais de recuperação.
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