UM BREVE OLHAR SOBRE A DEPRESSÃO E SÍNDROME DO NINHO VAZIO NA TERCEIRA IDADE
Por: Lidieisa • 12/3/2018 • 2.430 Palavras (10 Páginas) • 591 Visualizações
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seja, das atividades que gosta de realizar a colaboradora emocionou ao lembrar que foi graças a atitude de sair de casa e pelo apoio da família de frequentar grupos de idosos que a ajudou a sair da depressão adquirida devido passar pela síndrome do ninho vazio que agravou devido a outros fatores como a menopausa e sentimento de abandono por parte profissional. Atualmente frequenta os grupos de oração, grupo de Mulheres de Lenço e sempre participa de eventos familiares coisas que algum tempo atrás não fazia. Deixa claro que o que mais gosta de fazer é ir às quartas-feiras no Centro de Idosos aqui da cidade conta que realiza várias atividades lá, mas que prefere dançar, paixão antiga que ficou esquecida devido aos afazeres da vida. Relata que lá estão amigos que também já tiveram depressão e que espantam um vai ajudando o outro. O centro do idoso atualmente tem 360 idosos, conta com atividades de jogos, crochê, baralho, dominó, danças de ciranda, recebem atendimento de saúde a médica vai uma vez por mês, afere a pressão arterial, vacinação e espera se futuramente também haver atendimento psicológico. Quanto a participação da psicologia neste caso a mesma desconhece o papel do psicólogo e garante se tivesse condições iria consultar.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. O envelhecimento como processo natural
Vecchia (2005) define que o envelhecimento é constituído de um conjunto de modificações fisiológicas irreversíveis e inevitáveis acompanhadas de mudança do nível de homeostasia do corpo. De acordo com o autor as pesquisas do fenômeno biológico do envelhecimento representa a última das três fases do ciclo vital do organismo sendo as duas primeiras a infância e a maturidade.
O termo “terceira idade” foi proposto para esse estágio de vida pelo francês Huet, na revista Informations Sociales (1962), que dedicava o número aos aposentados, e logo ganhou aceitação geral e adeptos, na medida em que se refere às pessoas idosas sem menosprezá-las.
O processo de envelhecimento numa perspectiva biopsicossocial abrange diferentes aspectos que podem influir para a melhoria das relações sociais da terceira idade. Para Vecchia (2005) o envelhecimento é tido em quatro estágios na meia-idade, que compreende pessoas entre 45 e 59 anos de idade, nos idosos, pessoas entre 60 e 74 anos, nos anciões, pessoas entre 75 e 90 anos e na velhice extrema, pessoas acima de 90 anos de idade.
Para Zimerman (2000) o processo de envelhecimento embora difícil para muitos, é algo que acontece naturalmente, trazendo junto consigo algumas mudanças. Segundo o autor as pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizada em 2003, no Brasil, em 2020, os idosos chegarão a 25 milhões de pessoas, numa população de 219,1 milhões representando 11,4% da população.
Além das alterações no corpo, o envelhecimento traz ao ser humano uma série de mudanças psicológicas, segundo Vecchia (2005) pode resultar em dificuldade de se adaptar à novos papéis, falta de motivação e dificuldade de planejar o futuro, necessidade de trabalhar as perdas orgânicas, afetivas e sociais, dificuldade de se adaptar as mudanças rápidas, alterações psíquicas que exigem tratamento, depressão, hipocondria, somatização, paranoia, suicídios e, por fim, baixas autoimagem e autoestima (VECCHIA, 2005).
Os avanços tecnológicos em todas as áreas têm contribuído para melhorar a qualidade de vida das pessoas e, consequentemente, têm elevado a expectativa de vida para que possam usufruir da vida e o que tem de melhor.
2. A depressão na terceira idade
O mundo está envelhecendo e se entristecendo, só no Brasil, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (publicada em 2014), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os idosos são os que mais sofrem com a depressão. Dos 11,2 milhões de adultos diagnosticados com a doença naquele ano, a faixa etária mais afetada foi a de 60 a 64 anos: 11,1% do total.
A depressão na terceira idade é um caso que merece bastante atenção, pois, embora todo ser humano em qualquer fase de sua vida pode experimentar sintomas depressivos, nos idosos a probabilidade de padecer desta doença é ainda maior (ZIMERMAN, 2000).
Como as pessoas estão vivendo mais e desenvolvendo mais problemas médicos e neurológicos, podemos ver um aumento nos sintomas depressivos. Desta forma, podemos considerar que os idosos merecem atenção e cuidado e que embora em qualquer fase da vida a depressão seja uma doença preocupante na terceira idade os cuidados devem ser maiores.
Conforme Machado et al (2012) a depressão é uma doença complexa e seu diagnóstico tardio dificulta ainda mais o tratamento. Por isso, é importante que as pessoas que convivem com o idoso estejam atento aos sintomas, pois dificilmente o idoso depressivo irá procurar um tratamento por conta própria.
Por mais que existem estudos que abordam aspectos psicológicos, ambientais e bioquímicos que tentam explicar o número significativo de casos de depressão, ainda não existe um consenso sobre o que realmente causa a depressão.
Para Machado et al (2012) várias são as causas da depressão na terceira idade, entre elas o luto, as mudanças que ocorrem nessa fase, físicas e sociais podem desencadear a doença. É muito importante para o idoso que ele esteja inserido em um ambiente saudável.
Por isso, é fundamental que o idoso com depressão tenha cuidados de familiares e pessoas próximas, é importante ter paciência e conhecimento sobre as doenças que atingem a terceira idade. A depressão pode ser tratada e quase sempre têm cura, por isso a importância de se conhecerem os sintomas, pois quanto mais cedo se procurar ajuda mais rápido e eficaz é o tratamento.
A depressão é uma doença complexa, principalmente pela dificuldade do doente em entender e aceitar a enfermidade sabe se que não existe ainda uma cura, sabemos como lidar com ela, como fazer com que as pessoas melhorem como mantê-las bem e, agora, devemos aprender como preveni-la.
3. Síndrome do Ninho Vazio
Sartori & Zilberman (2009) definem o ninho vazio sendo uma fase em que os filhos começam a ganhar independência da família, lutando por mais autonomia. De acordo com Gomes et al (2014) esta fase costuma ser vivida com dificuldade pelas mulheres, que passam boa parte da vida se dedicando à família, ficando muito tempo envolvidas na criação dos filhos.
Vecchia (2005) relata que quando são expostos a um processo em que perdas e rejeições são sempre iminentes,
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