Teoria das Necessidades de Maslow

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Na sequência, ele busca a necessidade de estima (status, realização, confiança e admiração pelos outros), onde o faz buscar um restaurante com um preço mais elevado ou até mesmo que o inclua em certa comunidade.

Por fim, a necessidade de autorrealização. Este nível pode ser alcançado em um restaurante caríssimo em Paris ou em um dos mais simples em pequenas comunidades, pois está diretamente ligado ao fato de ‘sentir-se bem’ em um dia que é reservado a este tipo de evento e não ao fato de procurar um restaurante ou uma comida boa. Aqui, ele busca sua autosatisfação” (Paulo Lima).

Esses pontos podem ajudar a entender melhor sobre os funcionários de uma organização e saber administrar as necessidades de cada um. Em uma empresa, assim como no jantar citado anteriormente, as pessoas são motivadas da mesma maneira. As necessidades fisiológicas são refletidas em necessidades por uma temperatura adequada, ar fresco e um salário que assegure sua subsistência. As necessidades de segurança refletem nas necessidades por tarefas sem risco, com benefícios e segurança do trabalho. As necessidades de pertencimento influenciam o desejo por bons relacionamentos com os colegas de trabalho e relacionamento positivo com os supervisores. As necessidades de estima refletem uma motivação para reconhecimento, aumento de responsabilidade, status elevado e crédito pelas contribuições para a organização. As necessidades de autorrealização refletem oportunidades de crescimento, de criatividade, de treinamento e de progresso.

4 INTERFACE COM A ADMINISTRAÇÃO

A preocupação com questões motivacionais também foi enfoque do trabalho de Taylor em seus trabalhos sobre a administração científica, mas ele somente observou uma das necessidades posteriormente abordadas pela Teoria Motivacional de Maslow, sendo esta a fisiológica quanto à questão financeira.

Com o tempo, outros estudos foram realizados com enfoque nos funcionários, a exemplo dos experimentos de Hawthorne, onde se começa a perceber que não bastavam apenas as questões financeiras e as condições de trabalho. Algo mais importante influenciava a produtividade, só esperando ser descoberto.

A Teoria da Motivação de Maslow deu um passo adiante, abrangendo as necessidades dos indivíduos como a essência de suas vidas. Esta se relaciona intimamente com a administração por proporcionar uma nova visão para o administrador, fornecendo uma base para que ele consiga entender os indivíduos nas organizações e, de certa forma, influenciar no comportamento das pessoas, a fim de alcançar os objetivos organizacionais.

Na organização, caberá sempre ao administrador lidar com as diferenças entre as necessidades individuais de cada funcionário da melhor forma possível, compreendendo seu ponto de vista e endireitando-o conforme possível com o da organização, possibilitando assim que cada um satisfaça suas necessidades dentro do ambiente de trabalho e ajude o todo organizacional, ao mesmo tempo (LACOMBE, 2009).

5 TEORIAS CONCORRENTES

Mesmo com tamanha popularidade, a teoria de Maslow recebeu críticas e alterações para reforçar sua aplicabilidade. Clayton Alderfer propôs a Teoria ERC (também conhecida como ERG), com algumas poucas modificações ao modelo de Maslow. A nomenclatura ERC deriva dos três grupos de necessidades centrais: existência, relacionamento e crescimento (ROBBINS, 2002).

O primeiro grupo, a existência, corresponde aos requisitos básicos para a existência, se assemelhando com as necessidades fisiológicas e de segurança de Maslow. O grupo de necessidades de relacionamento trás o desejo de manter relações interpessoais e de status e sociabilidade para com os outros, equivalendo às necessidades de associação de Maslow. Por último, o grupo de crescimento traça um paralelo com as necessidades de autorrealização, na busca pelo crescimento pessoal (ROBBINS, 2002).

A Teoria das Necessidades Manifestas, de Henry Murray entra em contraste direto com a Teoria de Maslow, por afirmar que as necessidades eram aprendidas conforme surgissem e não só herdadas, e que não eram ativadas por estímulo do ambiente. A Teoria de Murray “(...) propunha que múltiplas necessidades motivam simultaneamente o comportamento, e não em uma ordem preestabelecida”. (ROBBINS, 2002)

David McCleland, na Teoria das Necessidades Aprendidas, propõe um grupo de três tipos de necessidades: de realização, de afiliação e de poder. A primeira necessidade, a de realização, é o impulso que o indivíduo tem de buscar situação pela qual ele tenha a resposta, obtendo assim responsabilidade pessoal pela descoberta de soluções de problemas. Na necessidade de poder, o indivíduo deseja exercer impacto, ser influente e controlar as pessoas. A terceira e última necessidade, é a necessidade de afiliação, onde o indivíduo deseja fazer amizades, agindo de forma amistosa e cooperativa (ROBBINS, 2002).

A Teoria do Reforço, baseada no trabalho de B. F. Skinner, dita que o comportamento que é reforçado tem mais chances de se repetir, enquanto os comportamentos que não são reforçados têm menos chances. “Os comportamentos são aprendidos à medida que se acrescentam consequências na forma de recompensas e punições” (CHARNOV; MONTANA, 2010).

Victor Vroom propôs a Teoria da Motivação das Expectativas, onde os indivíduos podem determinar quais resultados mais lhe agradam dente suas opções e trabalhar para alcançar aquele resultado. Também conhecido como Teoria da Expectativa-Preferência. A motivação é igual à soma das expectativas de aumento no esforço melhorará desempenho, e que com um desempenho melhor as recompensas-objetivo serão alcançadas. “A Teoria da Motivação das Expectativas admite as diferenças individuais e diz que os indivíduos serão motivados por suas expectativas pessoais de recompensas e suas preferências por essas recompensas” (CHARNOV; MONTANA, 2010).

A Teoria da Equidade, de Stacy Adams, sugere uma luta pela igualdade, que surge quando nota-se a ausência desta. Os