SUCESSO OU FRACASSO: Os desafios da gestão em uma empresa familiar
Por: Hugo.bassi • 30/3/2018 • 2.101 Palavras (9 Páginas) • 480 Visualizações
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As Ricca (2001: 07), the biggest concern of family businesses is their survival. Most of them facing existential or strategic problems, that is, difficulties related to the inadequacy, both in use and in the choice of available resources to achieve market advantages.
Keywords: Success. Relatives. Marketplace. Company. Disadvantage.
Introdução
As empresas familiares são formadas por membros da mesma família e que geralmente possuem duas ou mais gerações presentes em sua gestão. Essas empresas são de grande importância na economia, sociedade e na política mundial e representam a maioria em todos os países (BERNHORET, R., 2011).
No meio empresarial a forma que uma empresa é administrada sofre influência direta da cultura regional e do modelo de gestão aplicado pelos gestores.
Em uma empresa familiar muitas das vezes encontra-se ao menos três gerações trabalhando em diversos cargos. E isso muitas das vezes é visto como vantagem, já que a convivência, o interesse e o desempenho pelas atividades trabalhistas são necessidades comum e podem tornar o trabalho mais produtivo.
Em contrapartida, porém, a empresa sob esse tipo de administração também apresenta muitas desvantagens e enfrenta muitos desafios, que se não adequadamente enfrentados podem vir a destruir a organização. Dentre esses, as desvantagens poderiam ser exemplificadas como: um alto interesse particular, e problemas familiares particulares que afetam os assuntos da empresa.
Para lidar adequadamente com tal situação, faz-se necessário criar um conselho que realmente represente os interesses dos familiares e/ou sócios, para dar diretrizes e poderes claros a fim de fiscalizar, avaliar e cobrar a atuação de todos os membros, pois as relações entre os indivíduos, em uma situação de desigualdade de poder ou conflito particular, podem causar conflitos entre líderes e liderados.
Fundamentação Teórica
Especialistas do mercado afirmam que o modelo de empresa familiar está designado ao fracasso, já que não há espaço para tal modelo de gestão. Pois cada vez mais é necessário a profissionalização, transparência e modernização.
No Brasil, desde pequenas e médias empresas a grandes grupos como Odebrecht e Votorantim foram fundadas por familiares. Mas apenas 25% das empresas familiares conseguem passar o negócio para outra geração e menos de 10% para a quarta geração e isso envolve a sucessão.
Isso é recorrente devido as dificuldades que as empresas familiares podem apresentar em sua gestão tornam-se ainda mais visíveis durante o processo de sucessão. A sucessão é definida como “a transferência do poder ligado à geração presente (dirigente e controladora da empresa) para a futura geração constituída dos herdeiros (parentes legalmente reconhecidos como herdeiros)” (MOREIRA JUNIOR, 1999, p. 74). Percebe-se que o autor exclui a possibilidade de a gestão ser transmitida a herdeiros que não sejam reconhecidos legalmente como tais.
A lealdade e o comprometimento dos elementos da família deve ser incondicional, em todos os sentidos para servir de exemplo, de esforço para que os sócios, funcionários, herdeiros e sucessores entendam a filosofia empresarial e reconheçam os avanços da empresa, trazendo benefícios não somente para os membros da família, mas também para o corpo geral da sociedade e de colaboradores, aperfeiçoando qualidade de seus produtos, serviços, estabelecendo diretrizes e critérios que possam servir para a empresa e utilizados como orientação para outras organizações que desejam gerenciar com qualidade (FLORIANI, 2002).
A solução para que essa empresa cresça realmente é adquirir um alto grau de profissionalização, pelo qual todos os familiares sejam vistos como exemplo pelo trabalho “duro”, colocando a empresa em primeiro plano. Ela deve priorizar o interesse sobre o da família, onde o coletivo deve estar acima do individual. O trabalho deve acender ao confronto. Blecher (2003), nessa direção, enfatiza que como os valores da família e da empresa nem sempre são os mesmos, a postura contrária a esse princípio levará a mesma a sofrer desgastes graduais que mimam suas bases através da insatisfação, insegurança entre os colaboradores, profissionais e até mesmo dos próprios membros da família.
As vantagens e desvantagens de empresas familiares
Lodi (1993:3) cita como pontos condideráveis de força positiva os itens seguintes:
- A lealdade dos empregados é mais acentuada dentro deste tipo de empresa
- O nome da família pode ter grande reputação na região, no estado, ou no país inteiro.
- A escolha correta do sucessor na direção do negócio, causa um grande respeito pela empresa.
- O sistema de decisão é mais rápido.
- A união entre os acionistas e os dirigentes, facilita a comunicação entre a Diretoria Executiva, o Conselho de Administração e a Assembléia dos Acionistas, e também faz com que, mesmo nos momentos de perdas, os acionistas sustentem a empresa.
E cita como desvantagens:
- Os conflitos de interesse entre família e empresa.
- A falta de sistema de planejamento financeiro.
- O uso indevido de recursos da empresa por membros da família, o famoso complexo da "galinha dos ovos de ouro".
- O emprego e promoção de parentes por favoritismo e não por competência, anteriormente provada.
Conforme Martins e Bernhoeft (1999:113), cada vez mais os estudiosos do assunto chegam à mesma conclusão: "a questão da sucessão é o ponto chave do sucesso da empresa familiar". O fundador deve se preocupar em oferecer uma formação adequada a seus filhos, e precisa estar ciente de que não viverá para sempre; portanto, para ele é muito mais fácil resolver o problema da sucessão enquanto é vivo, pois, se não o fizer, depois de sua morte a família pode acabar entrando em conflito; isso fará com que a empresa quebre, ou seja, vendida. Assim, uma sucessão mal resolvida pode acabar com o patrimônio de anos.
A gestão e a sucessão
Segundo Soares, além da gestão, outro tema sempre lembrado quando falamos de empresas familiares refere-se à sucessão
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