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Desafio Profissional

Por:   •  4/10/2018  •  3.268 Palavras (14 Páginas)  •  264 Visualizações

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Diante dos fatos relatados, e com o intuito de buscar soluções e melhorias no ambiente da empresa, Carlos decide reunir sua equipe que terá a responsabilidade de redigir um relatório, contando o caso do funcionário Marcos, apontando o sentido da urgência de evitar os problemas apresentados e sugerindo formas de garantir a segurança no trabalho e a qualidade de vida dos funcionários.

O principal objetivo do relatório é evitar que os problemas tomem proporções maiores, trazendo possíveis prejuízos à empresa. Em parceria com a CIPA e o SESMT, além do setor jurídico, o departamento de Recursos Humanos que investir cada vez mais em melhorias para a empresa e seus profissionais.

INTRODUÇÃO

A empresa Brasfrig Frigoríficos Ltda, sediada no interior do Estado de São Paulo, na cidade de Jaguariúna, foi criada no ano de 2006, através da fusão de duas empresas, a Brasão – Abatedouro de Carnes, no mercado desde o ano de 1992 e do Frigorífico Araújo – e tem como objetivo o atendimento de todo território nacional.

Nesses dez anos de atividades a empresa cresceu e se expandiu para vários Estados do Brasil, e caracteriza-se por ser uma empresa de estrutura organizacional vertical, sustentada em uma gestão familiar com quatro níveis na hierarquia e o conceito enraizado é que o controle é a melhor e única ferramenta de gestão que funciona. Desde a sua fusão os sócios-diretores aprimoraram as suas competências gerenciais, buscando as melhorias dos processos e otimização dos resultados organizacionais. A empresa é alicerçada nos princípios básicos da qualidade, atendimento diferenciado, no aprimoramento constante dos serviços e no relacionamento de parceria firmado com clientes, fornecedores e colaboradores.

Mais do que apenas cumprir a lei, a empresa adota práticas de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) como forma de aumentar significativamente sua receita. Os ganhos estão refletidos em forma de aumento da produtividade, redução de gastos com acidentes e doenças do trabalho, absenteísmo e assistência à saúde, o que consequentemente fortalece a imagem da empresa perante o público consumidor.

Este trabalho desenvolvido pela área de Segurança e Saúde do Trabalho tem como objetivo esclarecer, de forma simples e objetiva, as Normas de SST para os empregados a partir da adequação à legislação, e assegurem os benefícios alcançados pela realização de um trabalho seguro na empresa.

As estatísticas revelam que os acidentes do trabalho reduzem a produtividade dos trabalhadores e das empresas, afetando a competitividade do negócio: todos os anos, cada um dos 4,9 milhões de acidentes registrados no país resulta em pelo menos três dias de falta ao trabalho. O país – governo e empresas – gastam cerca de R$ 14 bilhões anuais com os acidentes, que colocam o Brasil em 4º lugar no ranking mundial dos acidentes do trabalho. Reduzir os acidentes ao máximo possível é, portanto, o objetivo central do Programa de Segurança e Saúde do Trabalho. O efetivo engajamento em um amplo programa de saúde e segurança do trabalho representa ganhos importantes para os trabalhadores.

CAPÍTULO I – CENÁRIO GLOBAL DA INDÚSTRIA FRIGORÍFICA NO PAÍS

No Brasil, milhares de trabalhadores da indústria frigorífica estão expostos a riscos, nas atividades de abate, desossa e processamento do gado. O setor tem incorporado tecnologias e investido no cumprimento de normas e a preocupação com a segurança dos trabalhadores, tem sido constante mas insuficiente. Quando as empresas frigoríficas não cumprem procedimentos de segurança, o resultado é doenças e acidentes do trabalho. Lesões ortopédicas são frequentes em trabalhadores do setor. O frio, a umidade das câmaras frigoríficas e os agentes biológicos também são prejudiciais aos empregados do segmento. O risco específico do setor são os acidentes com instrumentos perfuro-cortantes, que podem decepar mãos, dedos e partes do corpo. Logo, o treinamento no manuseio é essencial para reduzir esses acidentes. E não basta treinar, oferecer os equipamentos de proteção individual, mas, sobretudo, é preciso conscientizar os empregados, pois muitos acidentes ocorrem porque eles próprios se descuidam.

Outro aspecto essencial à segurança é o EPI adequado. Não adianta, por exemplo, dar uma luva de raspa ao empregado que vai trabalhar com o couro do animal, pois ele precisa utilizar o tato, daí o correto é a luva aderente. Daí ser preciso unir treinamento, luva de boa qualidade e procedimento de reposição de EPIs desgastados. Também o potencial risco biológico de sangue de animais contaminados é real e a prevenção pode ser precária e há nesse setor a exigência da inspeção do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que vistoria todas as partes dos animais, sem no entanto garantir que as boas práticas estão em todo o Brasil. Isso, inclusive, dá margem à discussão, pois a atividade em frigoríficos é considerada insalubre e depende da análise do ambiente, em função de agentes como calor, umidade e frio, esta parte da atividade é controlada pelo SIF. Sob o ponto de vista do Ministério do Trabalho e Emprego, deve-se aceitar a análise do laudo técnico de condições ambientais do trabalho, que define se os frigoríficos são insalubres ou não. Os trabalhadores reivindicam um descanso maior para quem trabalha no setor de câmara fria que gera grande incômodo. Há relatos que nos túneis de congelamento, chega-se a ficar mais do que 15 minutos, sob 25 graus negativos.

Atualmente o segmento frigorífico tem sido um grande impulsionador da economia brasileira , gerando milhares de empregos, ampliando a renda em diversas regiões do país, mudando cenários no ambiente onde está inserido. O País tem avançado muito nas últimas décadas no tema “segurança e prevenção de acidentes no trabalho”. Segundo registros do INSS, na década de 1970, o Brasil chegou a registrar 1,7 milhão acidentes/ano. Para se ter ideia, à época, 40% dos trabalhadores formais sofriam acidentes num único ano. Em 2013, conforme último dado da Previdência Social, registrou-se pouco mais de 717 mil ocorrências, sendo esse montante o equivalente a 1,5% do total da força de trabalho formalizada. O segmento frigorífico avícola, nos últimos três anos, tem apresentado um desempenho melhor que a média nacional.

Não há como negar que a abertura da economia brasileira promovida na década de 1990 e que obrigou diversas empresas do País, inclusive as do segmento frigorífico, a se tornarem mais profissionais e competitivas. Com as demandas por grandes escalas de produção, iniciaram também os conflitos da relação

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