AS Teorias da Administração
Por: Kleber.Oliveira • 4/12/2018 • 5.218 Palavras (21 Páginas) • 272 Visualizações
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quarenta anos do século XX no cenário administrativo das instituições empresariais. (CHIAVENATO, 2003).
3 ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Frederick Winslow Taylor (1856-1915), conforme Chiavenato (2003) foi fundador da Administração Científica, nascido na Filadélfia, Estados Unidos; veio de família rígida e obteve educação com forte disciplina e dedicação ao trabalho. Iniciou sua carreira como operário, galgando a pirâmide das funções até tornar-se engenheiro. Na época, o método de pagamento era por peça ou tarefa; os patrões tentavam obter o máximo no momento de firmar o valor da tarefa, e por outro lado os operários diminuíam a velocidade de produção para compensar o pagamento por peça fixado pelos patrões. Essa situação levou Taylor a estudar esta dificuldade de produção para tentar uma solução agradável tanto a patrões como empregados. Ele começou analisando as tarefas (que é a ênfase de seu estudo) de cada operário, seus movimentos e processos no trabalho pra aprimora-los e tornar a produção mais ágil. (CHIAVENATO, 2003)
Administração Científica: abordagem desenvolvida por Frederick Taylor, apoiada em quatro princípios básicos para aprimorar o desempenho organizacional: estudo das tarefas, usando medidas objetivas, visando determinar “a melhor maneira” de executá-las; seleção das melhores pessoas para a tarefa, treinamento das mesmas nos métodos mais eficientes e incentivo monetário para os que desempenham as tarefas. (CARAVANTES,PANNO E KLOECKNER,2005,p. 58)
Dos estudos do engenheiro resultou a publicação de seu livro Shop Management (1903) que corresponde ao chamado primeiro período de Taylor, livro no qual abordava técnicas de coerência no trabalho do operário. De acordo com Silva (2008) na essência do livro o autor defende os seguintes pontos:
- A meta da administração é pagar salários elevados e possuir gastos menores com a produção;
- A administração precisa aplicar métodos de pesquisa e experimentos com a finalidade de elaborar princípios e determinar procedimentos padronizados para controlar o processo de produção;
- Os empregados precisavam ser cientificamente postos em funções com materiais e condições de trabalho selecionadas, para assegurar que cumprissem as normas;
- Empregados deviam ser cientificamente treinados para potencializar suas habilidades para executar as suas tarefas segundo o tempo estabelecido para produção;
- O nível alto da administração devia gerar um ambiente de cooperação para com os empregados, de maneira que haja uma atmosfera propícia para a aplicação de outros aspectos apontados.
O segundo período de Taylor corresponde a criação do seu livro Princípios de Administração Científica, de 1911 e nesta obra, segundo Maximiano(2000), Taylor apresenta uma idéia relevante insistindo na distinção entre os princípios e as técnicas da administração científica, os mecanismos ou técnicas eram as seguintes:
- Estudo de tempo e movimento para cada trabalho, decompondo as tarefas para maior rapidez e desempenho, movimentos inúteis eram eliminados,dando lugar a movimentos úteis e simplificados;
- Padronização de máquinas,ferramentas, e dos movimentos;
- Pagamento de acordo com o desempenho.
A tentativa de Taylor de substituir métodos rudimentares por métodos Científicos recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho(ORT), os aspectos nos quais estão embasadas a ORT são análise de tempo e movimento,estudo da fadiga humana,divisão das tarefas e aperfeiçoamento do operário,desenho de cargos e tarefas, incentivos salariais por produtividade, boas condições no ambiente de trabalho, supervisão das funções. (CHIAVENATO, 2003)
Os estudos de Taylor influenciaram outros autores e pesquisadores,defensores e seguidores de suas idéias, dentre eles destacam-se: Henry Ford, fundador da Ford Motor Company e criador da linha de montagem móvel e ainda Frank e Lilian Gilbreth que desenvolveram técnicas para minimizar tempo e movimentos.
A administração Científica com o passar dos anos recebeu apontamentos de falhas e críticas, dentre elas conforme Silva (2008):
- O fato de tornar o operário como parte da máquina, sem estímulo para iniciativas e desconsiderando os aspectos humanos(psicológico e social);
- Devido o pagamento ser conforme a produtividade, havia o esgotamento do operário.
Ainda outras citadas por Chiavenato(2003):
- Ausência de comprovação científica: utilizou-se pouca pesquisa científica que comprovasse a teoria. O método utilizado para o estudo foi essencialmente empírico e concreto, resultando em conhecimento obtido somente pela evidência e não pela abstração.
- Limitação de aplicação: a teoria de Taylor se limitou aos problemas de produção da empresa. Os aspectos financeiros, comerciais e logísticos, por exemplo, ficaram de fora do estudo.
4 TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
Henry Fayol (1841-1925), nascido em Constantinopla, engenheiro, foi o criador da Teoria Clássica, mais precisamente por volta do ano de 1916 na França e expandindo-se por toda Europa. Silva (2008, p. 131) afirma que “Fayol é considerado pai da administração moderna e tem 80 por cento mais aplicação nos dias atuais que Taylor, apesar de ambos serem da mesma época”.
O autor Maximiano (2000) relata o fato de Fayol assegurar que administração é algo comum a todos os grupos humanos, seja família, negócios ou governos; e que exigem um planejamento e organização, por isso havia a necessidade de ser do conhecimento de todos. Mediante a esse princípio, do ensino de uma teoria geral sobre administração e a falta da mesma, levou Fayol a criar e divulgar a sua teoria. Ele foi o primeiro a desconectar as funções da administração com as demais nas empresas, através de sua identificação de que o trabalho do gerente distingue-se da produção, sendo que se houver maior envolvimento da gerência nas técnicas de produção e prestação de serviços, haverá uma falha nas funções administrativas. Enquanto Taylor e seus seguidores apostavam na disposição administrativa e sua estrutura de baixo (operários) para cima (gerencia), Fayol partiu em sua teoria de cima para baixo, compartilhando a visão de que a potência geradora de energia parte do administrador, o nível mais alto da hierarquia. (MAXIMIANO, 2000)
Conforme discorreu Chiavenato (2003),
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