UM ESTUDO SOBRE A INTERVENÇÃO DO PROFISSIONAL DE CAPELANIA NUMA ESCOLA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS.
Por: Carolina234 • 21/12/2018 • 11.002 Palavras (45 Páginas) • 524 Visualizações
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Palavras-Chave: CAPELANIA, ATUAÇÃO DE ESCUTA NA ESCOLA, INTERVENÇÃO.
SUMÁRIO
Dedicatória...............................................................................................................04
Agradecimentos.......................................................................................................05
Resumo.....................................................................................................................06 Sumário.....................................................................................................................07
Introdução................................................................................................................08
CAPÍTULO: 1.0 A História e os fundamentos da Capelania..............................09
1.1. A Capelania no Brasil ..............................................................11
1.2. A Capelania Escolar no Brasil .................................................12
CAPÍTULO: 2.0. Estudo de Campo: A Escola e as Intervenções......................17
2.1. Elaboração das Ações de Intervenções...................................22
CAPÍTULO 3.0 Execuções das Ações de Intervenções.......................................24 CAPITULO 4. Resultados: conquistas e sucessos................................................27
CAPITULO 5. Considerações finais......................................................................33
INTRODUÇÃO
A presente pesquisa versa sobre um projeto social de Capelania Escolar, realizado na escola de ensino médio no município de Petrópolis, RJ, a Escola Estadual Princesa Isabel, e tal Projeto tem o nome de Capelania Escolar. O tema é pouco pesquisado no Brasil apesar de ser uma área vasta e com muito potencial de abrangência, contudo a literatura a respeito é escassa.
Esta é uma das grandes dificuldades encontradas para fazer um trabalho nos moldes acadêmicos, pois nos documentos históricos dos colégios confessionais ao se buscar a atuação dos primeiros capelães nada é encontrado em registros oficiais. Aqui foram apresentadas as definições sobre “capelania” partindo da forma mais genérica até enquadrá-la especificamente na área educacional. Para isso, foi necessária também uma visão panorâmica da utilização do termo como de sua abordagem histórica até os tempos atuais.
Será apresentado em uma breve descrição o alicerce necessário para uma simples contextualização histórica, para que a partir disso possamos também descrever as atividades capelânicas em escola não confessional, uma escola estadual do município de Petrópolis, RJ. Pretende-se também apontar para as responsabilidades que a capelania possui atualmente, considerando seu legado e as atuais propostas da área num contexto educacional.
O diferencial deste trabalho está na abordagem da proposta, focada no amparo, aconselhamento e ações de intervenções ordinárias e psicoteológicas, visto que a capelã possui formação em teologia e em psicanálise.
A maioria dos adolescentes atendidos pelo projeto de capelania nesta unidade escolar possui um histórico de vulnerabilidade social, e em alguns casos, o rompimento de vínculos familiares, residindo somente com o pai, a mãe ou com outros membros da família como tios e avós. Outros são oriundos de famílias com precário acesso a renda ou a serviços públicos, sendo que a maioria das famílias é beneficiária de programas de transferência de renda como o Bolsa Família.
O trabalho pretende apresentar a área de capelania, principalmente a modalidade escolar, apresentar a escola onde o Projeto Capelania foi realizado e citar alguns cases de sucesso.
CAPÍTULO 1: A História e os Fundamentos da Capelania.
No presente capítulo, faremos um breve relato sobre a história da origem da Capelania. O termo capelão vem do latim ‘capellanus’ (...) “Parece que o termo foi aplicado, pela primeira vez, ao padre que tomava conta da capa (cappela) de São Martinho de Tour.” (CHAMPLIN & BENTES, 1999, p.625). Com o crescimento e desenvolvimento de vários tipos de capelania, o ofício de capelão também cresceu e se fortaleceu, tornando-o um grande líder com poderes eclesiásticos. Na França onde ficava a capela de São Martin de Tours, era que se levava a relíquia, preservada pelo rei da França e conduzida para o acampamento militar em tempos de guerra. Um sacerdote era mantido para o ofício religioso e o aconselhamento. A ideia progrediu e mesmo em tempo de paz a capela continuava no reino sempre com um sacerdote que era o conselheiro. O costume passou a ser observado também em Roma. (FERREIRA e LITI, 2002)
Em 1789 este ofício foi abolido na França, mas restabelecido em 1857 pelo Papa Pio IX. A esta altura o sacerdote que tomava conta da capela - ele era chamado capelão - passava a ser o líder espiritual do Soberano Rei e de seus representantes. Naqueles tempos, este ofício incluía homens que serviam à realeza e nobres. Tempos depois, estes homens, clérigos passaram a ser nomeados para servirem em quartéis, hospitais, prisões e instituições de ensino. Quando se fala de Capelania militar, entende-se que esse ofício é antigo. Quando se refere ao trabalho do capelão em instituições de ensino, usualmente fazem parte deste trabalho ministros evangélicos, rabinos ou padres católicos romanos, que tomam conta de uma capela centralizada no campus, onde a instituição cuja denominação religiosa é fundadora. Um serviço religioso particular não era comum. Assim, surgia a figura da capela. Aliás, o Código de Direito Canônico em vigência, foi promulgado pelo Papa Gregório IX e regulamenta a instituição e o funcionamento de Capelas dos Cânones desde 1229, o que remonta uma tentativa de instituir esta função de capelão desde longa data. (Capelania Familiar, 2012)
Segundo o sítio eletrônico Capelania Familiar, [...] o movimento moderno e mais definido de capelania, com tendências a institucionalização da atividade, começou a surgir no final do século XIX com uma acirrada discussão sobre psicologia pastoral nos Estados Unidos e na Inglaterra. O principal protagonista da ideia foi um pastor congregacional
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