Política e Poder na Antiguidade Tardia
Por: SonSolimar • 8/8/2018 • 906 Palavras (4 Páginas) • 376 Visualizações
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A recepção da monarquia clássica entre os germanos trouxe novas interpretações. Chefes guerreiros eleitos apenas em época de guerra – grupos que na visão clássica viviam da guerra e de forma nômade – [...]passaram a uma condição de interlocutores entre seu povo e as autoridades imperiais, bem como responsáveis, na posição de aliados do Império Romano, pela defesa de determinadas áreas nas quais foram estabelecidos e fixados por meio de pactos de federação e auxílio – o foedus. (p.168.)
A noção de monarquia clássica é acompanhada de dois elementos básicos: a autoridade reconhecida e legitimada e o estabelecimento de certos limites territoriais para o exercício do poder. A delimitação de um espaço territorial aparece como condição sine qua non para a existência de um regnum.
Desfrutar do mesmo legado político-institucional, ou seja, ser detentor da monarquia clássica e do seu exercício sobre um reino espacialmente definido, assim como os romanos, retirava parte da ideia pejorativa de “barbárie” dos ombros germânicos. (Vide exemplo dos visigodos no texto)
Imitatio Imperii – Preocupação dos monarcas em seguir os modelos da monarquia e do exercício do poder político vinculados à tradição imperial romana e as práticas imperiais em voga no Império Romano do Oriente, para assim, se destacar dos demais nobres que o apoiavam ou que eram seus rivais diretos.
CONCLUSÕES PARCIAIS
[...]muitos elementos do binômio política-poder estavam diretamente relacionados com a tradição do passado imperial, que servia como força legitimadora para o desenvolvimento do exercício do poder. (p.172)
[...]Indubitavelmente que tanto a teoria como a prática política sofreram alterações em relação à sua matriz clássica primordial, pois o Cristianismo, niceno ou herético, adaptou-os aos novos tempos. (p.173)
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