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Cultura Egípcia na Antiguidade: Antigo Egito

Por:   •  9/10/2017  •  1.167 Palavras (5 Páginas)  •  593 Visualizações

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Os túmulos eram verdadeiras habitações, repleto de confusas passagens subterrâneas que deveriam proteger o cadáver dos ladrões de túmulos e evitar que estes fossem violados, pois os egípcios acreditavam que se um túmulo fosse assaltado ou destruído, os componentes da alma de quem estava enterrado ali morreriam. Entretanto, muitas vezes os ladrões de túmulos conseguiam invadir as sepulturas e roubar os pertences reais, as pirâmides deixaram ser sinônimo de segurança e os faraós deixaram de usá-la como sepultura. A partir da Décima Primeira Dinastia os faraós passaram a ser enterrados nos penhascos do Vale do Reis . (WHITE, 1966)

O egípcio manifestava sempre grande interesse nos assuntos da vida após a morte. O túmulo era o “lar da eternidade” de um homem, era o local onde ele passaria um tempo mais longo do que sua vida na terra, assim, o cidadão egípcio fazia questão de providenciar tudo o que fosse necessário para seu corpo e sua alma, eram guardados seus melhores móveis, comidas, bebidas, jogos, roupas e jóias.

Segundo WHITE (1966), os afrescos nos palácios, templos e dos túmulos possibilitaram conhecer com detalhes como os egípcios se vestiam, o que comiam e como viviam. Foram registrados os trajes usados desde a alta costura da côrte até as mais simples vestimentas dos camponeses. Inicialmente os reis eram representados com o tronco nu até a cintura e com adornos afeminados. A partir da Dinastia XVIII o rei era apresentado usando uma simples túnica, sendo diferenciado de seus súditos pelo uso característico da Coroa Azul, conhecida também como khepresh. A coroa era feita de couro com detalhes em ouro e decorada com o uraeus ou cobra sagrada. Outros adornos utilizados pelo faraó eram a barba e cabelo falsos. O chapéu mais associado ao faraó é o nems, era um simples tecido listrado que envolvia os cabelos postiços, passado pela testa e por atrás das orelhas, depois era amarrado atrás do pescoço e deixava duas pontas caídas sobre os ombros.

Para as classes mais pobres, o vestuário era uma túnica de linho branco, os camponeses não possuíam trajes para festas ou cerimônias, e usavam a mesma roupa tanto no verão como no inverno, sendo que quase sempre trabalhavam nus. Já na classe da nobreza, os homens usavam túnicas de linho sustentadas por alças nos ombros ou presas na cintura com um cinto largo, as mulheres vestiam túnicas apertadas, também de linho.

Além dessas túnicas, os egípcios se adornavam com vários colares e pulseiras coloridas. As jóias, adoradas por ricos e pobres, além da função decorativa, traziam valores religiosos, muitas delas significavam proteção divina. (WHITE, 1966)

JOHNSON (2002) afirma que cada aspecto da vida egípcia foi cercado por um intenso contexto religioso. CLARK (2004) ainda completa: A religião no Egito era complexa, não só pela grande diversidade da civilização, mas porque dominou e contornou toda a perspectiva da vida. A religião egípcia, que será explanada a seguir, ”constituía o coração da civilização”. (CLARK, 2004, p. 22)

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