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OS MITOS E VERDADES SOBRE A RELIGIÃO QUE MAIS CRESCE NO MUNDO

Por:   •  7/12/2018  •  2.660 Palavras (11 Páginas)  •  316 Visualizações

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Sunitas – defendem que o chefe do Estado mulçumano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas ações. Além do Alcorão, os sunitas utilizam como fonte de ensinamentos religiosos as Sunas, livro que reúne o conjunto de tradições recolhidas com os companheiros de Maomé.

Xiitas – alegam que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupada por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele. Afirmam que o chefe da comunidade islâmica, o imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser infalível. Aceitam somente o Alcorão como fonte sagrada de ensinamentos religiosos.

Alguns pontos em comum entre Xiitas e Sunitas são: a individualidade de Deus, a crença nas revelações de Maomé e a crença na ressurreição do profeta no Dia do julgamento.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A expansão do Islamismo pelo mundo

Há muitas razões para essa explosão. As taxas de natalidade nos países islâmicos são altas. Depois, o materialismo crescente da civilização moderna intensifica a busca de espiritualidade e transcendência, multiplicando seitas e religiões – desde as evangélicas à islâmica. Além disso, a filosofia do Islã tem carisma próprio: ela se propõe como síntese do judaísmo e do cristianismo, pregando ética, tolerância e responsabilidade social.

Mas, em contradição com sua doutrina, o islamismo também cresce com a intolerância, prejudicando sua própria imagem, sobretudo no Ocidente. Em vários países, multiplicam-se as correntes radicais fundamentalistas que rejeitam violentamente os valores modernos e estimulam movimentos terroristas.

Polêmico e adorado, o Islã inspira 41 países e uma multidão de tendências, escolas e movimentos. E se expande cada vez mais.

Islamismo no Brasil

No Brasil, o Islamismo chegou, primeiramente, através dos escravos africanos trazidos ao país. Posteriormente, ocorreu um grande fluxo migratório de árabes para o território brasileiro, contribuindo para a expansão da religião. A primeira mesquita islâmica no Brasil foi fundada em 1929, em São Paulo. Atualmente existem aproximadamente 27,3 mil muçulmanos no Brasil.

Já existe o Alcorão em português. Mas faltava a tradução oficial, que depende da aprovação da Liga Islâmica Mundial, da Arábia Saudita. Para fazê-la, o professor Helmi Nasr tirou licença do Centro de Estudos Árabes, da Universidade de São Paulo, por nada menos do que quatro anos. O pedido de licença foi feito pelo governo brasileiro que, por sua vez, atendia a uma solicitação do governo saudita.

Agora, com todos os 6 239 versículos das 114 suras (capítulos) traduzidos, só falta a fase de checagem, que cabe à Liga. Pode demorar. “A edição francesa foi examinada durante 15 anos”, diz o professor.

Estima-se que já existe meio milhão de muçulmanos no Brasil, principalmente em São Paulo, Brasília e Foz do Iguaçu. O número de mesquitas passou de 1, em 1955, para 45, em 1997. Dessas, 16 estão no interior paulista. O islamismo cresce entre descendentes de árabes e entre negros empenhados em recuperar as raízes islâmicas dos escravos africanos trazidos para o Brasil.

A primeira tiragem da edição oficial do Alcorão em português, a ser vendida em todos os países de língua portuguesa, terá 500 000 exemplares. Talvez não seja suficiente.

2.2 A fé contra o materialismo

O islamismo é a última das três grandes religiões monoteístas, depois do judaísmo e do cristianismo – seus vizinhos na península arábica. Para os muçulmanos, Maomé é o último dos profetas de Deus (Allah, em árabe), numa linhagem que começa com Adão e passa por Noé, Abrãao, Moisés, Davi, Salomão, João Batista e Jesus Cristo. Todos, mensageiros de um mesmo Deus. Vários princípios islâmicos vêm do judaísmo e do cristianismo, como a circuncisão, o culto aos mortos, o juízo final e o próprio conceito de um Deus absoluto, justo e amoroso. Os Dez Mandamentos também valem para os muçulmanos.

A tolerância do Islã é histórica. Árabes, judeus e cristãos misturaram suas culturas na Península Ibérica dominada pelos muçulmanos de 711 até 1492. No Oriente Médio, as três religiões não tinham maiores atritos até as Cruzadas cristãs (1095-1291) acirrarem as tensões. Na Índia, islamismo, hinduísmo e budismo coexistem desde 647.

2.3 Unidade árabe

Em contraste com Jesus Cristo, sabe-se tudo sobre Maomé (570- 632), um pastor da tribo quraich, de Meca, que gostava de perfumes e casou onze vezes. No dia 22 de dezembro de 609, sua biografia sofreu uma brusca mudança, quando o anjo Gabriel lhe apareceu, numa visão, com as primeiras revelações do Alcorão, que viria a ser o livro sagrado do Islã. Achou que estava ficando louco e chegou a pensar em suicídio. Mas, aos poucos, acabou aceitando sua condição de profeta.

Durante 23 anos, Maomé recebeu a visita mística do anjo e ditou as palavras divinas que ouviu dele. Abandonou a profissão de condutor de caravanas e assumiu a missão de pregar a fé, opondo-se aos governantes de Meca. Fugiu para Medina, virou chefe da comunidade e, no ano 630, voltou, à frente de um exército, para tomar Meca e fundar o primeiro Estado do Islã – o governo da lei divina. Na verdade, unificou os árabes: o dialeto quraich, a língua do Alcorão, virou língua árabe, falada hoje em 24 países.

O islamismo, portanto, é uma religião jovem. Tem só 1 400 anos. “É a mais apropriada à época em que vivemos”, acha o escritor Mateus Soares de Azevedo, autor de Iniciação ao Islã e Sufismo. “Ela engloba a doutrina judaica e cristã com uma perspectiva universalista, democrática e totalizante, que orienta o crente desde o dia-a-dia até o plano espiritual. Serve para europeus, negros, asiáticos, pobres e intelectuais. E dispensa intermediário, pois cada muçulmano é seu próprio sacerdote.”

2.4 Mulheres e crianças no islamismo

As mulheres não são obrigadas a trabalharem, porém em casa são, a obrigação de cuidar de seus filhos, de sua casa, de alimentos, etc. Há uma desigualdade nessa parte pois os homens são considerados superiores para os muçulmanos, como por exemplo, no governo, é muito raro a mulher conseguir ser ministra ou algo do tipo, mulheres há pouco tempo atrás eram

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